segunda-feira, 30 de junho de 2008

Diga não ao projeto do Senador Azeredo


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Projeto de lei aprovado em comissão do senado coloca em risco a liberdade na rede e cria o provedor dedo-duro. (Por Sérgio Amadeu da Silveira )

Na última semana, em uma sessão corrida e esvaziada, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto de lei (PLC) 89/03 que define quais serão as condutas criminosas na Internet.

Os exageros que constam do projeto podem colocar em risco a liberdade de expressão, impedir as redes abertas wireless, além de aumentar os custos da manutenção de redes informacionais. O mais grave é que o projeto apenas amplia as possibilidades de vigilância dos cidadãos comuns pelo Estado, pelos grupos que vendem informações e pelos criminosos, uma vez que dificulta a navegação anônima na rede. Crackers navegam sob a proteção de mecanismos sofisticados que dificultam a sua identificação.

Veja o aburdo. Com base no artigo 22 do PLC 89/03, os provedores de acesso deverão arquivar os dados de "endereçamento eletrônico" de seus usuários. Terão que guardar os endereços de todos os tipos de fluxos, inclusive a voz sobre IP, as imagens e os registros de chats e mensagerias instantâneas, tais como google talk e msn.

O pior. A lei implanta o regime da desconfiança permanente. Exige que todo o provedor seja responsável pelo fluxo de seus usuários. Implanta o "provedor dedo-duro". No inciso III do mesmo artigo 22, o PLC 89/03 exige que os provedores informem, de maneira sigilosa, à polícia os "indícios da prática de crime sujeito a acionamento penal público". Ou seja, se o provedor identificar um jovem "baixando" um arquivo em uma rede P2P, imediatamente terá que abrir os pacotes do jovem, pois o arquivo pode ser um MP3 sem licença de copyright. Mas, e se ao observar o pacote de dados reconhecer que o MP3 se tratava de uma música liberada em creative commons? O PLC implanta uma absurda e inconstitucional violação do direito à privacidade. Impõe uma situação de vigilantismo inaceitável.

Como ficam as cidades que abriram os sinais wireless? A insegurança jurídica que o PLC impõe gerará um absurdo recuo nesta importante iniciativa de inclusão digital. Como fica um download de um BitTorrent? Deverá ser denunciado pelos provedores? Ou para evitar problemas será simplesmente proibido por quem garante o acesso?

Como fica o uso da TV Miro (www.getmiro.com/)? Os provedores deverão se intrometer no fluxo de imagens e pacotes baixados pelo aplicativo da TV Miro? E um podcast? Como o provedor saberá se não contém músicas que violam o copyright? Se o arquivo trazer músicas sem licença, o provedor poderá ser denunciado por omissão? Pelo não cumprimento da lei?

O PLC incentiva o temor, o vigilantismo e a quebra da privacidade. Prejudica a liberdade de fluxos e a criatividade. Impõe o medo de expandir as redes.

O artigo 22 do projeto deve ser integralmente REJEITADO.

(iii) Art. 22
Art. 22. O responsável pelo provimento de acesso a rede de
computadores é obrigado a:
I - manter em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de três anos, com o objetivo de provimento de investigação pública formalizada, os dados de endereçamento eletrônico da
origem, hora, data e a referência GMT da conexão efetuada por meio de rede de computadores e por esta gerados, e fornecê-los exclusivamente à autoridade investigatória mediante prévia
requisição judicial;
II - preservar imediatamente, após requisição judicial, no curso de investigação, os dados de que cuida o inciso I deste artigo e outras informações requisitadas por aquela investigação, respondendo civil e penalmente pela sua absoluta
confidencialidade e inviolabilidade;
III - informar, de maneira sigilosa, à autoridade competente, denúncia da qual tenha tomado conhecimento e que contenha indícios da prática de crime sujeito a acionamento penal público
incondicionado, cuja perpetração haja ocorrido no âmbito da rede de computadores sob sua responsabilidade.
§ 1° Os dados de que cuida o inciso I deste artigo, as condições de segurança de sua guarda, a auditoria à qual serão submetidos e a autoridade competente responsável pela auditoria, serão
definidos nos termos de regulamento.
§ 2° O responsável citado no caput deste artigo, independentemente do ressarcimento por perdas e danos ao lesado, estará sujeito ao pagamento de multa variável de R$
2.000,00 (dois mil reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais) a cada requisição, aplicada em dobro em caso de reincidência, que será imposta pela autoridade judicial desatendida, considerando-se a natureza, a gravidade e o prejuízo resultante da infração, assegurada a oportunidade de ampla defesa e contraditório.
§ 3° Os recursos financeiros resultantes do recolhimento das multas estabelecidas neste artigo serão destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública, de que trata a Lei n° 10.201, de
14 de fevereira de 2001.



VEJA O OUTRO exemplo de artigo aprovado no PLC:

(i) Art. 2o (ref. art. 285-A)
Art. 285-A. Acessar rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização do legítimo titular, quando exigida:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Parágrafo único. Se o agente se vale de nome falso ou da utilização de identidade de terceiros para a prática do crime, a pena é aumentada de sexta parte.

Este artigo criminaliza o uso de redes P2P e até mesmo a cópia de uma música em um i-pod. Ao escrever que o acesso a um "dispositivo de comunicação" e "sistema informatizado" sem autorização do "legítimo titular", ele envolve absolutamente todo tipo de aparato eletrônico. Se a empresa fonográfica escreve, nas licenças das músicas que comercializa, que não admite a cópia de uma trilha de seu CD para um aparelho móvel, mesmo que seu detentor tenha pago pela licença, estará cometendo um crime PASSÍVEL DE PENA DE RECLUSÃO DE 1 A 3 ANOS.

O projeto de lei é tão absurdo que iguala os adolescentes que compartilham músicas aos crackers e suas quadrilhas que invadem as contas bancárias de cidadãos ou o banco de dados da previdência.

Sérgio Amadeu da Silveira é sociólogo e Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. É professor da pós -graduação da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero. Autor de várias publicações, entre elas: Exclusão Digital: a miséria na era da informação. Militante do Software Livre.

http://samadeu.blogspot.com

domingo, 29 de junho de 2008

Pepetela no Rio - Palestra

Palestra com o escritor angolano Pepetela, autor de A geração da utopia, Mayombe, Predadores entre outros títulos:

dia 8 de julho - às 19 h

Livraria Argumento, à rua Dias Ferreira, 417 - Leblon.

Agradeço à Professora Carmen Lucia Tindó Secco pela informação.

Riso

Banhos


No mínimo, são interessantes os filmes que tratam das mazelas da modernidade e da globalização e, principalmente, da condição humana, tão desmerecida pelo modelo social vigente que condena valores como solidariedade, amor e compaixão com o próximo. Até a família ou algo que lembre tradição é atropelado pela maneira competitiva e neoliberal de ser.

Banhos” (Shower, em inglês, Xizhao), filme chinês de Zhang Yang realizado em 1999, retrata o retorno de um bem sucedido jovem chinês (Da Ming) da cidade de Beijing ao convívio familiar com o pai e o irmão deficiente mental, que vivem do trabalho em uma tradicional casa de banhos chinesa.

A película já começa a mostrar o contraste entre a tradição e a modernidade logo em sua primeira seqüência: ao vermos o jovem Da Ming banhando-se em um chuveiro público moderno, que nos faz recordar imediatamente a semelhança com as máquinas lava-jato de automóveis. Em uma cena mais à frente, teremos a comprovação disso com um carro sendo limpo em um posto. Logo, podemos estender a comparação com a condição insensível imposta pelo mundo atual.

Da Ming resolve visitar sua família. A maneira como vivem não o agrada, por isso o afastamento e a rara presença. Ao chegar, vemos como é o funcionamento da casa de banhos administrada por Mestre Liu, seu pai, e ajudado, apesar das limitações, por Er Ming, seu irmão. Destaca-se o tratamento personalizado com os clientes, as milenares técnicas de massagem e o ritmo lento e descomprometido com o tempo – se compararmos com nossa vida acelerada –, com espaço para conversas, jogos (uma surpreendente briga de gafanhotos) e banhos intermináveis. Todo esse panorama causa estranhamento e repúdio para o ocidentalizado e globalizado Da Ming, que se mantém distante das atividades da casa de banhos e trata com frieza o pai e o irmão, não compreendendo a harmonia, a vida simples e sem maiores perspectivas levada pelos os dois.

Contudo, um breve mal-estar ataca Mestre Liu, que fica com a saúde debilitada devido à idade avançada. Com isso, Da Ming percebe que precisa participar do serviço da casa de banhos, pois Er Ming só pode assumir pequenas tarefas, e esse retorno ao trabalho passa a ser a redescoberta de sua origem e de reaproximação de sua família.

Todavia, o bairro em que se localiza a casa de banho será reformulado com a construção de um shopping center e tudo será demolido. É a presença do neoliberalismo e a sua sanha predatória em adaptar as pessoas e o meio ao seu modelo, eliminando completamente qualquer vestígio da vida tradicional levada naquela região, em que Mestre Liu cresceu e criou seus filhos.

O idoso Mestre Liu morre antes da demolição do bairro. Como não poderia deixar de ser, tais mudanças afetam os homens que convivem naquele ambiente com a aproximação do despejo, que pressentem um futuro nebuloso, carregado em incertezas e fazem críticas ao modo agitado e rápido como se vive na atualidade.

Deve-se destacar a beleza e a delicadeza das cenas de nu, principalmente feminino, sem as costumeiras vulgaridades e apelações que beiram o pornográfico, comuns na televisão e cinema brasileiros. Obrigatório louvar as passagens sensíveis e singelas protagonizadas pela inocência de Er Ming, muito bem interpretado por Jiang Wu. Enquanto isso, a apresentação do contraste entre a China contemporânea e seus hábitos milenares nos fazem refletir sobre as mazelas e o individualismo perpetrados pelo neoliberalismo, com sua sede de ganância, novidade e artificialidade. “Banhos” é um bom filme.

Ricardo Riso

As informações a seguir foram retiradas de
http://www.adorocinema.com/filmes/banhos/banhos.asp

Ficha Técnica
Título Original: Xizhao
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 92 minutos
Ano de Lançamento (China): 1999
Site Oficial: www.spe.sony.com/classics/shower/index.html
Estúdio: Imar Film / Xi'an Film Studio
Distribuição: Sony Pictures Classics
Direção: Zhang Yang
Roteiro: Shangjun Cai, Yinan Diao, Xin Huo, Fendou Lin e Zhang Yang
Produção: Peter Loehr
Música: Ye Xiao Gang
Direção de Fotografia: Zhang Jian
Direção de Arte: Meng Tian
Edição: Hongyu Yang

Elenco
Jiang Wu (Er Ming)
Pu Quanxin (Da Ming)
He Zheng (He Bing)
Zhu Xu (Mestre Liu)
Zhang Jin Zao

sábado, 28 de junho de 2008

Pepetela: Escrever foi tão difícil que valeu uma taça de champanhe

http://jbonline.terra.com.br/editorias/ideias/papel/2008/06/28/ideias20080628005.html

28/06/2008
Escrever foi tão difícil que valeu uma taça de champanhe

Ex-guerrilheiro, Pepetela passa a limpo a recente história de Angola
Alvaro Costa e Silva

Em 2005, ao pôr um ponto final em Os predadores (Língua Geral, 552 páginas, R$ 45), Antônio Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido pelo pseudônimo de Pepetela (palavra que, em umbundo, uma das línguas de Angola, significa pestana), serviu-se de uma taça de champanhe. Um luxo ao qual o ex-guerrilheiro não é chegado.

– Isso foi uma maneira de dizer que me estava a libertar de qualquer coisa que afinal era dolorosa – conta o escritor. – Uma situação de desigualdade social tão forte como a que se vive em Angola não é fácil para quem lutou por uma sociedade mais justa. Os predadores mostra no que se tornou a nossa sociedade.

O livro acompanha a trajetória de Vladimiro Caposso (uma das especialidades de Pepetela, além da clareza de estilo e construção da narrativa, são os nomes), um sujeito disposto a subir na vida a qualquer custo. Na linha dos romances que passam a limpo a história de Angola – de que são exemplos Mayombe, A geração da utopia e Parábola do cágado velho – Os predadores descortinam os últimos 30 anos do país africano, período da guerra colonial. O protagonista, rapaz modesto do Calulo, filho de enfermeiro que tratava a tropa portuguesa, depressa descobre que sobreviver em Luanda em muito depende do vitorioso MPLA e, por isso, muda o nome de José para o mais revolucionário Vladimiro.

Outro personagem chama-se Nacib porque nasceu na altura em que a televisão angolana transmitia pela primeira vez uma telenovela, Gabriela, baseada no livro de Jorge Amado: "Estava combinado há muito na família: se nascesse menina se chamaria Gabriela. Nasceu rapaz e ficou Nacib, podia ser de outra maneira?". Em mais uma das obras do autor – Jaime Bunda: agente secreto, na qual também se investiga a história recente de Angola mas pelas veredas do humor – é descrito o mercado popular Roque Santeiro, o maior a céu aberto que existe no mundo.

– A novela tornou esse nome famoso – explica Pepetela. – A influência do Brasil sobre Angola, e não a podemos restringir apenas à televisão, tem aspectos largamente positivos, mas tem outros que o são menos. Penso que isso acontece sempre com os relacionamentos, quer entre pessoas, quer entre países. Mas dá para notar que se vão reforçando alianças. O aspecto mais importante é que isso permitirá fomentar amizades entre países que falam a mesma língua. Um e outro têm importância crescente nos seus respectivos continentes, também. A influência da televisão toca mais os costumes e os modos de vida. Nesse caso, tem aspectos negativos, por fomentar o consumismo, as modas e modismos, e atitudes estranhas ao que era a vida das pessoas. No entanto, não há como fugir a isso.

Autor de 16 romances (os dois mais recentes, O terrorista de Berkely e O quase fim do mundo, apontam uma guinada na carreira do escritor, pois não se passam em Angola), Pepetela prepara-se para participar da sua primeira Flip: no sábado, divide a mesa Guerra e paz com a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. E avisa: dispensa a champanhe.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Predadores - Lançamento de Pepetela na FLIP 2008


Predadores *
Lançamento de Pepetela na FLIP pela Língua Geral:
DIA 05 de JULHO - SÁBADO - ÀS 10h
Mesa 11 - Guerra e Paz - Pepetela e Chinamada Ngozi Adichie

Com 16 romances publicados, o angolano Pepetela (pseudónimo de Artur Pestana) é um dos mais conhecidos e respeitados escritores da África. Em 1997 foi galardoado com o prémio Camões pelo conjunto da sua obra.

Mediante a ascensão de um homem de origem humilde, Vladimiro Caposso, que se serve da estrutura partidária e do aparelho de Estado para se transformar num poderoso empresário, Predadores desenha um retrato irónico, freqüentemente cáustico, da actual sociedade angolana. A linguagem é simples e direta, o enredo preciso, segurando o leitor da primeira à última página.

Com este romance Pepetela fecha, de certa forma, um ciclo de desencanto com a forma como evoluiu o regime angolano desde 1975. Sabendo-se que Pepetela combateu, de armas na mão, pela independência do seu país, e que integrou os primeiros governos angolanos, compreende-se melhor onde foi buscar a força e a revolta para escrever Predadores, grande sucesso de vendas e de crítica em Portugal.
(José Eduardo Agualusa)

Quem disse o quê

“Predadores não se lê, devora-se. Este trabalho para além de estar embebido de uma ironia formidável, é uma denúncia muito lúcida e muito sofrida ao arrisvismo que tomou conta dos centros de poder angolanos. Hilariante e arrepiente.”
(Francisco Nunes, Planície Heróica, Alentejo)

“Tenho muita admiração e muito respeito por ele [Pepetela]. Pelo homem. E acho que a obra dele é profundamente honesta. Isto é a melhor qualidade que um escritor pode ter.”
(António Lobo Antunes, Ler, maio de 2008, Lisboa)

Sobre o autor

Pepetela nasceu em Benguela, Angola, em 1941. Tornou-se militante do MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola – em 1963. Esteve exilado na França, na Suíça e, por fim, na Argélia, quando graduou-se em Sociologia.

É professor dessa disciplina na faculdade de Arquitetura da Universidade Agostinho Neto, em Luanda. Em 1975, depois da independência de Angola, foi nomeado vice-ministro da Educação. Recebeu o Prêmio Camões em 1997 pelo conjunto de sua obra. Publicou, entre outros romances, Mayombe (1980), Geração da Utopia (1992), O desejo de Kianda (1995) e Jaime Bunda – o agente secreto (2002).

Título: Predadores
Autor: Pepetela
Coleção: Ponta-de-lança
ISBN: 978-85-60160-27-3
Brochura, 552 p.
R$ 45,00
*Fonte: e-mail da Editora Língua Geral, de 23 de junho de 2008.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Cinema: Veredas – Os filmes a partir de Guimarães Rosa

MOSTRA CINEMATOGRÁFICA INSPIRADA NA OBRA DE GUIMARÃES ROSA
http://www1.caixa.gov.br/imprensa/imprensa_release.asp?codigo=6608632&tipo_noticia=0

Brasilia, 19 de Junho de 2008
Cinema: Veredas – Os filmes a partir de Guimarães Rosa

Um dos mais inventivos escritores do século XX, João Guimarães Rosa completaria cem anos em 2008. Para homenagear este brilhante mineiro de Cordisburgo, a mostra Cinema: Veredas – os filmes a partir de Guimarães Rosa apresenta 17 filmes (11 longas-metragens e seis curtas), mais três programas de TV que serão exibidos de 24 de junho a 6 de julho, nos Cinemas 1 e 2 da Caixa Cultural Rio.

O público vai conferir importantes obras de consagrados diretores brasileiros: de Nelson Pereira dos Santos a Glauber Rocha, passando por Sandra Kogut e Caetano Veloso, são filmes díspares entre si, mas que apresentam versões cinematográficas para o fantástico mundo de Rosa.

Guimarães Rosa é o mais aclamado autor brasileiro da geração modernista de 1945. Sua escrita absolutamente inventiva rompe com os ditames formais da norma culta, em sintaxe, semântica, ortografia, fonética, etc. A todo o momento, Guimarães Rosa recria a língua para que esteja na exata medida de seus personagens e de suas histórias. Teóricos e críticos literários só encontram paralelo para a escrita 'roseana' na obra de James Joyce.

Devido à complexidade de sua obra, durante muitos anos se costumou dizer que ela seria inadaptável. Mas em 1965 (dois anos antes de seu falecimento), se realizou o primeiro filme adaptado – aliás, não só um como dois: "A hora e a vez de Augusto Matraga", de Roberto Santos, e "O Grande Sertão", dos irmãos Renato e Geraldo Santos Pereira. São filmes de estéticas tão diferentes que, sem saber de antemão, seria difícil supor que tivessem partido de um mesmo autor literário.

A mostra Cinema: Veredas – Os filmes a partir de Guimarães Rosa foi aprovada pelo edital 2007 de ocupação dos espaços CAIXA Cultural.

SERVIÇO
Cinema: Veredas – Os filmes a partir de João Guimarães Rosa
de 24 de junho a 06 de julho

CAIXA Cultural – Cinemas 1 e 2
Av. Almirante Barroso, 25, Centro (ao lado da estação Carioca do metrô)
Tel.: 21 2544 4080 – Site: www.caixacultural.com.br
Temporada: 24 de junho a 06 de julho (terça a domingo)
Horários: 12h, 14h, 16h, 18h e 20h
Programação completa abaixo
Ingressos a R$4,00(inteira) e R$2,00 (meia) R$ 10,00 (passaporte para 08 sessões) – 100% da renda será destinada ao programa FOME ZERO

Assessoria de Imprensa da Caixa Econômica Federal
CAIXA Cultural - Rio de Janeiro/RJ
Fone: (21) 2497 5022
Cels: (21) 82150900//78921433//96174772
www.caixacultural.com.br

Programação – Cinema: veredas – os filmes a partir de João Guimarães Rosa
CAIXA Cultural, Rio de Janeiro – de 24 de junho a 6 de julho de 2008
Recomendação etária: de acordo com o filme, a ser informada no local da mostra.

Terça – 24/06
18h - A João Guimarães Rosa + A hora e a vez de Augusto Matraga
20h - Palestra com Vilma Guimarães Rosa

Quarta – 25/06
14h - Os nomes do Rosa - episódio 1
16h – Sarapalha
18h - Corpo fechado (TV Cultura)
20h - Soroco (TV Cultura)

Quinta – 26/06
14h - Os nomes do Rosa - episódio 2
16h - Programa de Curtas 1
18h - Programa de Curtas 2
20h - Aboio

Sexta – 27/06
14h - Os nomes do Rosa – episódio 3
16h - Cinema falado
18h - Mutum
20h - A criação literária + Sagarana, o Duelo

Sábado – 28/06
14h - Os nomes do Rosa - episódio 4
16h - Grande Sertão: Veredas (TV Globo)
18h - O Grande Sertão
20h - Deus e o diabo na terra do sol

Domingo – 29/06
14h - Os nomes do Rosa - episódio 5
16h - Cabaret Mineiro
18h - Noites do sertão
20h - Outras Estórias

Terça dia 01/07
12h - Os nomes do Rosa - episódio 1
16h - Noites do sertão
18h - Outras estórias
20h - DEBATE

Quarta dia 02/07
12h - Os nomes do Rosa - episódio 2
18h - O Grande Sertão
20h - Programa de Curtas 2

Quinta dia 03/07
12h - Os nomes do Rosa - episódio 3
16h - Corpo fechado (TV Cultura)
18h - Grande Sertão: Veredas (TV Globo)
20h - Deus e o Diabo na Terra do Sol

Sexta dia 04/07
12h - Os nomes do Rosa - episódio 4
14h - Os nomes do Rosa - episódio 5
16h - Soroco (TV Cultura)
18h - Cabaret Mineiro
20h - Programa de Curtas 1

Sábado dia 05/07
16h - Mutum
18h - Aboio
20h - Cinema falado

Domingo dia 06/07
16h – Sarapalha
18h - A João Guimarães Rosa + A hora e a vez de Augusto Matraga
20h - A criação literária + Sagarana, o Duelo

Programa de Curtas 1
“Eu carrego o sertão dentro de mim” (1980), de Geraldo Sarno
“Cordisburgo roseana: a cidade recriada” (2001), de Vítor da Costa Borysow
“Rio de-Janeiro, Minas” (1993), de Marily da Cunha Bezerra
“Desenredo” (2001), de Raquel de Almeida Prado
“Famigerado” (1991), de Aluízio Salles Jr

Programa de Curtas 2
“Do sertão ao Beco da Lapa” (1972), de Maurice Capovilla
“Veredas de Minas” (1975), de David Neves e Fernando Sabino
“João Rosa” (1980), de Helvécio Ratton
“Livro de Manuelzão” (2003), de Angélica Del Nery
“Urucuia” (1998), de Angélica del Nery

sexta-feira, 20 de junho de 2008

SÉRIE ENCONTROS O GLOBO DEBATE O FILME L.A.P.A.*

O universo do hip hop carioca estará em debate na próxima terça-feira, dia 24 de junho, no Teatro Oi Futuro, integrando a série Encontros O Globo.

Mediado pelo jornalista do Globo, André Miranda, o encontro reunirá equipe e artistas do filme como Cavi Borges e Emílio Domingos (diretores) e MC Marechal, MC Funkero e MC Chapadão (personagens).

No debate, será abordado o cotidiano de quem busca sobreviver no nosso país através da música, seja à noite, nas batalhas de rap no bairro carioca da Lapa, ou durante o dia, onde as batalhas continuam em outros palcos. Ainda durante o encontro, serão debatidos assuntos como a história do rap e do bairro, que, juntos, se tornaram uma cultura na cidade.

ENCONTROS O GLOBO - L.A.P.A.

Dia 24/06, às 20h
Teatro Oi Futuro
Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo
Entrada franca - Distribuição de senha 1h antes do evento


*e-mail enviado pelo amigo Emílio Domingos.

domingo, 15 de junho de 2008

As negas malucas de Mia Couto

http://jbonline.terra.com.br/editorias/ideias/papel/2008/06/14/ideias20080614004.html

As negas malucas de Mia Couto
Entrevista Mia Couto

Em novo romance, ‘Venenos de Deus, remédios do Diabo: as incuráveis vidas de Vila Cacimba’, o escritor moçambicano fala de incesto, religião e saudade
Mariana Filgueiras

Os moradores da Vila Cacimba, onde se passa o novo romance do escritor moçambicano Mia Couto –Venenos de Deus, remédios do Diabo – poderiam viver parede e meia com os da Vila do Meio-Dia, do lendário musical Gota d'água, de Paulo Pontes e Chico Buarque. Poderiam até ter organizado protestos em grupo. Fosse Atlântico o oceano que banha o lado da África onde fica Maputo, Deolinda, a mulata do romance africano, poderia até ter trocado segredos com Esmeralda, a mulata de Mar morto, de Jorge Amado. A familiaridade das histórias contadas pelo escritor, em que um médico, Sidónio Rosa, apaixona-se pela bela Deolinda, em meio à sua conturbada ausência, é instantânea. Faz lembrar a proximidade que há entre Brasil e os países lusófonos, não só pela língua – agora ainda mais, pelo acordo ortográfico – mas também pelos temas. Mia venceu a guerra civil moçambicana e evolui em uma trama repleta de universalidade: incesto, política, religião, dores de saudades.

De onde vieram Bartolomeu, Munda, Sidónio Rosa, Deolinda... Como as histórias sopraram-lhe o ouvido?

– Nunca sabemos onde se localizam os personagens que criamos. São vozes, são ecos que moram no fundo de nós, moram na fronteira entre sonho e a realidade. No meu caso, estes personagens corporizam alguns fantasmas relacionados com o sentimento do tempo e o facto de, pela primeira, tropeçar naquilo que se chama "idade".

A aproximação com a oralidade, neste “Venenos de Deus, remédios do Diabo”, é o traço mais forte da sua literatura, hoje?

– A oralidade é dominante na sociedade moçambicana. Mas não é o território da oralidade, em si mesmo, que me interessa. È a zona de fronteira entre o universo da escrita e a lógica da oralidade. Essa margem de trocas é que é rica.

Você diz que já é mais velho que o próprio país independente. Neste romance, o tema colonial é o pano de fundo das "incuráveis vidas da Vila Cacimba". A colônia deixou de ser personagem?

– A colônia nunca foi personagem. Eu creio que, não apenas na literatura, mas no imaginário dos moçambicanos, esse passado colonial foi bem resolvido. É preciso pensar que a independência de Moçambique se deu como resultado de uma luta armada que criou rupturas de cultura bem sedimentadas.

O tema da guerra civil esgotou-se? (Não é uma cobrança, só uma provocação...)

– Já antes a guerra civil se havia esgotado. No “O Outro pé da sereia” ele já surge.

No fundo, você sempre escreve sobre o mesmo tema?

– Escrevi 23 livros, todos tratam de temas diversos. Existe, sim, uma preocupação central em toda a minha escrita: é a negação de uma identidade pura e única, a aposta na procura de diversidades interiores e a afirmação de identidades plurais e mestiçadas.

De que maneira percebe o ranço colonial na literatura dos países lusófonos?

– Não há ranço. O passado está bem resolvido.

O romancista é o historiador do seu tempo?

– Em certos momentos, sim. Por exemplo, depois da guerra civil os moçambicanos tiveram um esquecimento colectivo, uma espécie de amnésia que anulava os demônios da violência. Os escritores visitaram esse passo e resgataram esse tempo, permitindo que todos tivéssemos acesso e nos reconciliássemos com esse passado.

"As formas de expressão usam-se quando se tem medo de dizer a verdade", diz a sabedoria bruta de Munda, personagem do livro. O escritor diz a verdade?

– O escritor é um mentiroso que apenas diz a verdade. Porque ele anuncia como uma falsidade aquilo que é a sua obra.

Um brasileiro, ao ler um romance de Moçambique, ganha riquezas sobretudo de linguagem. Você acha que a língua portuguesa tem a perder com o acordo ortográfico?

– As línguas nunca perdem. Os acordos apenas tocam numa camada epidérmica, num lado convencional que não é o coração do idioma.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Mia Couto - Venenos de Deus, remédios do Diabo


Novo romance de Mia Couto: VENENOS DE DEUS, REMÉDIOS DO DIABO

http://www.companhiadasletras.com.br/

Páginas 192
Formato 14,00 x 21,00 cm
Peso 0,253 kg
Acabamento Brochura
Lançamento 11/06/2008
ISBN 9788535912562
Preço R$ 38,00

Bartolomeu Sozinho é um velho mecânico naval moçambicano, aposentado do trabalho, mas não dos sonhos ardentes e dos pesadelos ressentidos que elabora em seu escuro quarto de doente terminal. Ele é atendido em domicílio por Sidónio Rosa, médico português.

A narrativa entrelaça a vida de Bartolomeu, de sua rancorosa mulher, Munda, da ausente e quase mitológica Deolinda, filha do casal, do dedicado Doutor "Sidonho", bem como de Suacelência, o suarento e corrupto administrador de Vila Cacimba, um lugarejo imerso em poeira e cacimbas (neblinas) enganadoras. São vidas feitas de mentiras e ilusões que tornam difícil diferenciar o sonho da realidade.

Aparentemente, Sidónio veio de Lisboa para curar a vila de uma epidemia. Mas é o amor pela desaparecida Deolinda, por quem se apaixonara em Lisboa, que impulsiona seus passos mais íntimos. Quando Deolinda voltou para sua terra natal, Sidónio viu-se teleguiado pelo sonho de reencontrá-la. Mas Vila Cacimba não é o lugar do médico, nem poderá ser jamais. "No fundo, o português não era uma pessoa. Ele era uma raça que caminhava, solitária, nos atalhos de uma vila africana", diz o engenhoso narrador deste belo romance.

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* Em www.saraiva.com.br há pré-venda do livro por R$ 29,90.

Abraço,
Riso

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Curso História da África Antiga - NEA/UERJ


E-mail enviado pela colega Sílvia Barbosa.

UERJ oferece cursos de história antiga
Núcleo de Estudos da Antigüidade (NEA) oferece cursos com certificação garantida

A fim de cumprir seus objetivos, o Núcleo de Estudos da Antigüidade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro anualmente oferece cursos de extensão nas mais variadas linhas de pesquisa em história antiga.

Em 2007 o NEA promoveu cursos na área de Egiptologia, Celta, Germânica e Escandinava, além de outros eventos como a Jornada de História Antiga, Semana de Filosofia, Encontro de Estudos Romanos e Oficina de História Antiga. Com isso conseguiu socializar o resultado das pesquisas efetuadas no período.

Para este ano a Coordenação do Núcleo já abriu inscrições para os seguintes cursos:

Mitologia Grega e Romana
Turma 1
Aulas semanais (sábado)
Período: de 05/07 a 09/08/2008
Horário: de 09 às 12h00min
Investimento: apenas R$ 25,00

Facilitador
Profa. Dra. Maria Regina Candido NEA/UERJ
Prof. Pesquisador Fabricio Nascimento de Moura NEA/UERJ

Germânicos: Mito e Cultura
Turma 1
Aulas semanais (sábado)
Período: de 02/08 a 06/09/2008
Horário: de 09 às 12h00min
Investimento: apenas R$ 25,00

Facilitador
Prof. Ms. Luiz Claudio Moniz
NEA/UERJ

Celtas: Religião e Mito
Turma 1
Aulas semanais (sábado)
Período: de 17/05 a 28/06/2008
Horário : dias 17 e 24/05 das 13 às 15h30min
Demais dias: das 09 às 11h30min
Investimento: apenas R$ 25,00

Facilitador
Prof. Ms. Alan Dias
NEA/UERJ

História da África Antiga
Turma 1
Aulas semanais (sexta-feira)
Período: de 12/09 a 31/10/2008
Horário: das 17 às 19h00min
Investimento: apenas R$ 25,00

Turma 2
Aulas semanais (sábado)
Período: de 13/09 a 01/11/2008
Horário: de 09 às 11h00min
Investimento: apenas R$ 25,00

Facilitador
Prof. Doutorando Cristiano Pinto de Moraes Bispo
Coordenador de Pesquisas do NEA/UERJ
O endereço do NEA/UERJ é http://www.nea.uerj.br/extensa.html

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Literatura de Língua Portuguesa - Marcos e Marcas - Cabo Verde, Moçambique e Angola

Acabei de receber os três livros abaixo, publicados em 2007 pela Editora Arte & Ciência sobre as literaturas de Angola, Cabo Verde e Moçambique.
Abraços,
Riso
Literatura de Língua Portuguesa - Marcos e Marcas - Cabo Verde
Autor: Maria Aparecida Santilli
ISBN: 9788574733388
Nº de páginas: 204
Formato: 14x21

Literatura de Língua Portuguesa - Marcos e Marcas - Moçambique
Autor: Tânia Macêdo ,Vera Maquêa
ISBN: 9788574733401
Nº de páginas: 232
Formato: 14x21
Literatura de Língua Portuguesa - Marcos e Marcas - Angola
Autor: Rita Chaves ,Tânia Macêdo
ISBN: 9788574733395
Nº de páginas: 172
Formato: 14x21

Sinopse
A Língua Portuguesa é responsável pela integração do povo brasileiro, uma vez que falamos em vários sotaques, mas escrevemos numa só gramática. Compartilham conosco o mesmo idioma Portugal e países da África e da Ásia. A série de cinco livros da coleção “Literaturas de Língua Portuguesa: Marcos e Marcas” foi selecionada em concurso, patrocinada pelo Programa de Ação Cultural (PAC), da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e publicada em função da parceria entre esta Secretaria, a Editora Arte & Ciência e o IBIM - Instituto Brasileiro de Incentivo ao Mérito. São desenvolvidos estudos sobre as literaturas e a cultura dos países de Língua Portuguesa, e seus autores destacam-se como docentes e pesquisadores, que lideram estudos de Literaturas Comparadas em universidades públicas e privadas, com significativas publicações na área. As organizadoras Maria Aparecida Santilli (USP) e Suely Fadul Villibor Flory (UNIMAR), juntamente com todos os autores responsáveis pela coleção, contribuem com uma obra basilar para capacitar os professores em todos os níveis, em especial os de Ensino Fundamental e Médio. A presente coleção preenche uma lacuna na formação do professor, agora muito mais pungente no Brasil, dada a obrigatoriedade da disciplina “História e Cultura Afro-brasileira” nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, oficiais e particulares, por força da lei 10.639 de 09. 01. 2003. Temos a certeza de que a parceria entre Secretaria de Estado da Cultura, Editora Arte & Ciência e o IBIM, para concretizar esta publicação, foi extremamente frutífera, visando não só a integração da comunidade de países de Língua Portuguesa mas, principalmente, o desenvolvimento e ampliação dos horizontes da Educação Brasileira. Obras e autores: Angola - Tania Macedo (USP) e Rita Chaves (USP) Brasil - Antonio Manoel dos Santos Silva e Romildo Sant'Anna (UNIMAR) Cabo Verde - Maria Aparecida Santilli (USP) Moçambique - Tania Macêdo(USP) e Vera Maquêa (UNEMAT) Portugal - Benjamin Abdala Junior (USP).

FONTE: http://www.arteciencia.com.br/arteciencia/pub/1_4.asp

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Liceu Literário Português - curso em Língua Portuguesa

Liceu Literário Português abre inscrições para curso de especialização em língua portuguesa

http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2008/06/03/liceu_literario_portugues_abre_inscricoes_para_curso_de_especializacao_em_lingua_portuguesa-546636075.asp

Publicada em 03/06/2008

O Globo Online

RIO – O Liceu Literário Português está promovendo concurso para preenchimento de 45 vagas, para o curso de especialização em língua portuguesa.

Podem concorrer os cidadãos brasileiros e estrangeiros que tenham o título de bacharel ou licenciatura em Língua Portuguesa, comprovados com diploma ou certificado expedido por instituição de ensino superior credenciada pelo Ministério da Educação. No caso de diplomas e certificados de instituições de ensino estrangeiras será exigida a validação em território nacional.

As inscrições podem ser feitas, de 2 a 30 de junho de 2008, das 9h às 17h, na rua Pereira da Silva, nº 322 – Laranjeiras – RJ.

Para se inscrever são necessários os seguintes documentos: cópia autenticada do diploma, cópia de identidade e do CPF, ficha de inscrição e de informações acadêmicas, além de uma foto 3 X 4.

A prova escrita – eliminatória e classificatória – acontecerá no dia 14 de julho próximo, tendo 4 horas de duração. O resultado será divulgado em 25 de julho. E as matrículas poderão ser feitas entre 25 e 28 de julho. O início do semestre letivo está marcado para 11 de agosto.

Outras informações: (21) 2225-0423 / 2225-3186

FLIP - FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY

Bem-vindo à FLIP 2008
2 a 6 de julho

Programação
A partir de hoje a programação completa da Festa Literária Internacional de Paraty, com biografias dos autores convidados e resumo das mesas está disponível no site da FLIP - http://www.flip.org.br/index1.php3 . São 41 autores convidados vindos da América do Norte, da Europa, da África e de vários países da América do Sul, além dos 22 autores nacionais.

Homenagem a Machado
Abrindo a FLIP, Roberto Schwarz, um dos mais destacados intérpretes da obra de Machado, discutirá o livro Dom Casmurro, por ele considerado o “romance possivelmente mais refinado e composto da literatura brasileira”. Em outra mesa, “Papéis Avulsos”, Flora Süssekind, Luiz Fernando Carvalho e Sergio Paulo Rouanet falam sobre suas diferentes experiências com a obra machadiana.
A homenagem a Machado se estende também pela programação do FLIP ETC. com adaptações da obra do autor para o cinema, teatro, e uma exposição sobre o Rio de Janeiro do fim do século XIX.

Show de Abertura
Luiz Melodia é o convidado desta sexta edição para o show de abertura, que acontecerá na quarta-feira, dia 2/7.

Ingressos
Os ingressos estarão à venda a partir do dia 10/6. A compra pode ser feita pela internet, por telefone, ou em pontos-de-venda da Ingresso Rápido.

- Tenda dos Autores (mesas e conferência de abertura): R$ 25 cada
- Show de abertura na Tenda do Telão: R$ 25
- Tenda do Telão (transmissão das mesas e da conferência de abertura): R$ 8

Patronos
Estão abertas as inscrições para Patronos e Amigos FLIP. Para cada categoria há uma série de benefícios.
Conheça detalhes acessando o site da FLIP - http://www.flip.org.br/index1.php3 .
Informações extraídas do e-mail da FLIP, Bem-vindo à FLIP 2008, de 09/06/2008.
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O escritor angolano Pepetela comporá a mesa Guerra e Paz ao lado da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, no dia 05 de julho, às 10h. Local: Tenda dos Autores: R$ 25, Tenda do Telão: R$ 8.
Abraço,
Ricardo Riso

domingo, 8 de junho de 2008

Memórias Cinematográficas de Machado de Assis

CAIXA Cultural apresenta
MEMÓRIAS CINEMATOGRÁFICAS DE MACHADO DE ASSIS
10–22 JUN 08

CAIXA Cultural · Cinemas 1 e 2
Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro
Tel. (21) 2544-4080 / caixacultural.rj@caixa.gov.br

Em 1908, ano da morte de Machado de Assis, foi feito o primeiro filme de ficção brasileiro. Não era uma adaptação de sua obra. Foram necessários mais trinta anos para que Machado tivesse uma obra sua adaptada para o cinema. O marco é de Humberto Mauro, com seu Um apólogo: Machado de Assis (1939), filmado por ocasião do centenário de nascimento do autor. De seu centenário de nascimento ao seu centenário de morte, Machado de Assis, maior autor brasileiro do século XIX, referência fundamental da cultura brasileira, se consolidou como uma referência, também, para nosso cinema. Foram filmadas dezenas de longas e curtas, seguindo as mais diversas propostas estéticas. Tais filmes desempenham a função de uma memória póstuma de Machado, apresentando, de acordo com os anseios de quem evoca essa referência anterior, novas possibilidades para sua obra – recriando-a e reformulando-a. E sempre atualizando-a, posto que todo filme fala mais de sua época do que de qualquer outra, inclusive daquela que ele representa. Que textos foram adaptados em cada época? Quais as estratégias de adaptação? O que os cineastas propunham com esses filmes? Para se pensar nessas e outras questões, para relembrar alguma trama de Machado, para ver filmes, para comparar com os textos originais, enfim, qualquer que seja a motivação, todos estão convidados a vivenciarem essas Memórias cinematográficas de Machado de Assis.

Entrevistas e artigos no site da mostra: http://imagemtempo.com.br/ma/


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PROGRAMAÇÃO

TER, 10 JUN
18h O enfermeiro, de Mauro Farias
20h Programa de curtas 1

QUA, 11 JUN
18h Dom, de Moacyr Góes
20h A cartomante, de Alexander Vancellote + A cartomante, de Marcos Farias

QUI, 12 JUN
18h A cartomante, de Cláudio Costa Val +
A cartomante, de Wagner Assis e Pablo Uranga
20h Machado de Assis, alma curiosa de perfeição, de Maria Maia

SEX, 13 JUN
16h Confissões de uma viúva moça, de Adnor Pitanga
18h Programa de Curtas 2
20h Viagem ao fim do mundo, de Fernando Coni Campos

SÁB, 14 JUN
16h Memórias póstumas, de André Klotzel
18h Capitu, de Paulo César Saraceni
20h Quincas Borba, de Roberto Santos

DOM, 15 JUN
16h O Rio de Machado de Assis, de Sônia Nercessian e Kika Lopes
18h A causa secreta, de Sérgio Bianchi
20h Machado de Assis, alma curiosa de perfeição, de Maria Maia

TER, 17 JUN
16h Capitu, de Paulo César Saraceni
18h O demoninho de olhos pretos, de Haroldo Marinho Barbosa [pré-estréia>
em seguida Encontro com cineastas: debate com Paulo César Saraceni, Haroldo Marinho Barbosa e Roman Stulbach

QUA, 18 JUN
18h A cartomante, de Cláudio Costa Val +
A cartomante, de Wagner Assis e Pablo Uranga
20h Dom, de Moacyr Góes

QUI, 19 JUN
16h A cartomante, de Alexander Vancellote + A cartomante, de Marcos Farias
18h Confissões de uma viúva moça, de Adnor Pitanga
20h O Rio de Machado de Assis, de Sônia Nercessian e Kika Lopes

SEX, 20 JUN
16h Hoje tem felicidade, de Lisiane Cohen + Memórias póstumas, de André Klotzel
18h Brás Cubas, de Julio Bressane
em seguida Adaptação literária: palestra com José Carlos Avellar

SÁB, 21 JUN
16h Viagem ao fim do mundo, de Fernando Coni Campos
18h Programa de curtas 1
20h O enfermeiro, de Mauro Farias

DOM, 22 JUN
16h Quincas Borba, de Roberto Santos
18h Quanto vale ou é por quilo?, de Sérgio Bianchi
20h Programa de curtas 2

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Programa de curtas 1
Missa do Galo, de Roman Stulbach
Hoje tem felicidade, de Lisiane Cohen
Coda, de Flávio Barone
Idéias de canário, de Marcelo Vicentin

Programa de curtas 2
Um apólogo: Machado de Assis, de Humberto Mauro
A cartomante, de Alexander Vancellote
A cartomante, de Cláudio Costa Val
Uma cartada de morte, de Afonso Bernarde


curadoria Eduardo Ades
produção executiva Matheus Carvalho Ramalho
coordenação de produção Gisella Cardoso
produtoras-assistentes Bianca Zanoni e Ingrid Lemos
estagiários/monitores de sala André Sandino, Natália Dias e Raphael Freire
assessoria de comunicação Andrea Cals
design visual Thiago Lacaz
revisão de texto Rachel Ades
revisão de cópias Cristina Mendonça

fonte: http://imagemtempo.com.br/ma/

Abraço,

Ricardo Riso

sexta-feira, 6 de junho de 2008

FESTLIP – FESTIVAL DE TEATRO DA LÍNGUA PORTUGUESA


O FESTLIP – FESTIVAL DE TEATRO DA LÍNGUA PORTUGUESA em sua primeira edição reúne grupos teatrais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal no período de 06 a 15 de junho de 2008. Além de apresentações nos teatros Ginástico e Espaço Sesc, o festival contará com oficinas teatrais, uma exposição - "O teatro no Brasil e a chegada da família real" no Espaço Sesc, festa gratuita no Circo Voador nos dias 7 e 14/06, e uma mostra gourmet no Restaurante 00 com a culinária dos cinco países representantes.

GRUPOS TEATRAIS

PORTUGAL
Grupo da Garagem
Companhia fundada em 1989, dedica o seu trabalho artístico à pesquisa e experimentação, através da investigação de novas formas de escrita para teatro e de novas formas cénicas que a acompanham. A companhia trabalha com um autor/encenador residente, Carlos J. Pessoa, que é também o responsável pela Direcção Artística do Teatro da Garagem, um músico residente que compõe e interpreta a banda sonora dos espectáculos, um núcleo de actores fixos, uma equipa de produção, um dramaturgista, um responsável técnico, um cenógrafo e figurinista e uma designer gráfica.

Para além das criações próprias, a partir de textos originais de Carlos J. Pessoa, e da releitura dos clássicos, a companhia desenvolve um trabalho pedagógico, através do Serviço Educativo, com as escolas e associações da zona onde se encontra situado o teatro.

Assim as personagens vão-se cruzando e moldando, com traços precisos, como num tabuleiro de xadrez: o cavalo, o bispo, a torre, o rei e a rainha…

Sinto que todos nos sentimos, por um instante, vítimas deste, poderosos face a outro, impiedosos… Personagens que aprendem a viver com determinado rótulo, estigma, deveres e obrigações, de acordo com um teatro íntimo em que se enleiam. Maria, vive na clausura de uma torre de marfim, faz um périplo pela sua vida, experimenta as vozes das personagens que fizeram ou ainda, fazem parte da sua vida, da sua encenação.
Ao fazê-lo abdica, por um momento, do papel principal.

Sinto que andei a fazer encenações a vida toda, ou melhor, a encenar a minha vida com os outros. A diferença é que eu fazia parte de um elenco, composto pela minha família, amigos, conhecidos e desconhecidos, no qual as personagens executam um papel muito preciso e, parece-me, previsível. A mãe que sufoca, o pai que oprime, os avós que acarinham, o filho que a dada altura nos vai abandonar e construir a sua vida, o colega que nos quer bem, a professora que nos quer mal, o vizinho com o qual nos cruzamos todas as manhãs e que nos sorri, o marido, a irmã com a qual praticamente não temos ligação, a outra que sempre nos defendeu…

Grupo o Bando
O BANDO é conhecido internacionalmente e começou em 1974, tendo em seu repertório mais de 65 espetáculos montados.

Quem não gostava de ser “mosquinha” e ouvir as conversas secretas dos outros? O casal no café que ri baixinho, os velhos no jardim, os namorados que se beijam dentro dos carros, as mulheres às varandas.

Quem nunca sentiu, mesmo que o esconda, o desejo de conhecer melhor alguém, ouvindo os seus desabafos, numa conversa de que não fazemos parte?

Neste espetáculo do bando vamos espreitar o mundo da clandestinidade. Vai-nos ser permitido pôr uns auriculares e ser “mosquinha” durante meia hora, seguir uns desconhecidos e ouvir uma conversa íntima, sobre medo, perversidade, amor, morte... luto?
E quem sabe se esta experiência de aproximação ao outro não será esclarecedora para vermos melhor o mundo e percebermo-nos a nós próprios? Quem sabe se esta experiência de voyeurismo não será parte de uma viagem introspectiva?

Espectáculo de rua para 50 pessoas/representação, O espetáculo decorre em movimento. Os atores estão equipados com sistema de emissão de rádio e os espectadores com sistema de recepção .

CABO VERDE
Grupo Raiz Di Polon
A Companhia de Teatro e Dança Contemporânea Raiz di Polon foi fundada em Cabo Verde na década de noventa por Mano Preto, diretor do grupo até os dias atuais. Dentre as várias montagens, o grupo se destaca pela preciosidade dos textos em plena composição com a rica expressão corporal e o elemento musical, sempre presente nas peças.

O grupo apresentará durante o FESTLIP dois espetáculos, ambos do músico e escritor Mário Lúcio Souza, a peça Dom Quixote das Ilhas que traz uma leitura cabo-verdiana do original Dom Quixote de La Mancha de Miguel de Cervantes.

A peça fala de Quixote que gostava do vento. E por aqui havia dois bandos: Barlavento e Sotavento. Com os ventos vinham os gafanhotos – esses anjos do deserto. Os moinhos de vento nasciam já cansados de poços que nunca deram de mamar à terra. E na velhice tinham como única ocupação ceifar asas dos gafanhotos.

Quando o vento soprava de um lado Quixote ficava magro, magro, magro. E do engenhoso fidalgo descenderam muitos meninos eternamente magros no tempo e no espaço. Quando o vento soprava do outro lado Quixote se convertia em Sancho Panza, e parecia gordo, mas não o era, estava apenas prenhe de outros tantos meninos gordos no espaço e magro no tempo.

E a vida é um andar que se cruza ao ritmo de tudo: rápido, lento, fugaz, frente a frente, lado a lado, na vertical, em cima, em baixo, com encontros, encontrões, e desencontros fatais porque o que era ódio se fez amor na parte em que o ódio é mais forte. Rasgaram-se, comeram-se mutuamente, mataram-se, sobreviveram, rebelaram, fugiram juntos e um do outro e cada um para dentro e para fora de si. Só então, e para a posteridade dos dois, soube Quixote que ele e o outro eram a mesma pessoa.

A peça trata da presença da mulher como importante símbolo da ritualização e tradição africanas.

A partir deste contexto, surgiu a idéia de transformar o imaginário feminino num dueto feito pelas atrizes e bailarinas da companhia.

O canto e a utilização do corpo como instrumento musical são também constantes na cultura cabo-verdiana, permitindo o multiplicar da linguagem corporal, dos ritmos e sonoridades, obra que levou o grupo ao Prêmio Especial do Júri nos 5º Encontros Coreográficos da África e do Oceano Índico.

O grupo já esteve em turnês por topo o território africano e europeu.

Grupo Teatral do Centro Cultural Português do Mindelo
O Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo – Cabo Verde, atua desde 1993 e tem mais de 30 espetáculos montados entre textos de autores conhecidos com leituras “crioulas” ou caboverdianas como: Oscar Wilde, Molière, Garcia Lorca, William Shakespeare e também criações coletivas do grupo. Com participação em inúmeros festivais já se apresentou em palcos de Portugal, Itália, Espanha, Holanda e Brasil, já ganhou por duas vezes o Prêmio do Mérito Teatral por Portugal e por Cabo Verde.

No FESTLIP o grupo apresentará a peça “O Doido e a Morte”, texto de Raul Brandão, autor português, e direção de João Branco. A peça classificada pelo teatrólogo Luiz Francisco Rebello como “a mais singular e genial obra dramática do século XX português” leva à cena dois personagens, um político poderoso, confortavelmente instalado no seu gabinete, e o outro, que adentra pelo gabinete com uma bomba de grande impacto, anuncia com a maior calma do mundo que em instantes irá tudo pelos ares. Traz consigo, diz ele, a morte debaixo do braço

Considerada uma pérola da história da dramaturgia portuguesa – e em língua portuguesa – “O Doido e a Morte”, é uma farsa existencial, onde talvez faça sentido falar de expressionismo, por se tratar da revolta de um indivíduo perante a crueldade, a incongruência, a abjeção do mundo moderno e porque a obra de Raul Brandão está cheia de «gritos» em suas entrelinhas que fazem com que tenhamos sempre presente o quadro de Edward Munch, “O Grito”. A encenação inspira-se, precisamente nesta idéia e neste paradigma. Daí a opção pela utilização das máscaras, o estilo de interpretação, os próprios adereços, figurinos, som e luz. A estética da peça é o retrato de um imenso grito que pode servir, senão para acordar deste estranho sonho que é o presente, pelo menos para nos tornar mais alertas no futuro.


MOÇAMBIQUE
Grupo Mutumbela Gogo
Grupo Mutumbela Gogo de Maputo, capital de Moçambique, foi fundado no ano de 1986, pela diretora cênica Manuela Soeiro.

Hoje o grupo tem sua sede no Teatro Avenida, onde já montou inúmeros espetáculos encenados por toda Europa.

Reconhecido pelo talento dos atores que integram o grupo, dos quais, a maioria já participou de filmes de diretores norte-americanos e ingleses, motivo pelo qual o diretor de cinema Ingmar Bergman dirigiu um dos espetáculos do grupo. O Mutumbela Gogo trará para o FESTLIP a peça “As Filhas de Nora”, uma livre adaptação de Henning Mankell, diretor do grupo, a partir do texto original “Casa de Bonecas”, de Henrik Ibsen.

A versão é adaptada de forma a permitir uma leitura atual tendo como fundo a experiência moçambicana. A contemporaneidade do espetáculo se dá pela força das próprias palavras de Ibsen em confronto com a sociedade moderna africana. A adaptação moçambicana inclui uma mudança de nomes noruegueses para nomes moçambicanos e a ação decorre na época do carnaval.

No texto original Nora, a protagonista, abandona o marido e as suas três filhas porque de repente ela descobre que foi sempre tratada como uma boneca e não como uma mulher. É um escândalo para a sociedade. O Grupo Mutumbela Gogo, através do Henning Mankell, faz uma réplica à peça criando "As Filhas da Nora". O que terá acontecido às três meninas depois da saída brusca da sua mãe? Enfrentamos, nesta peça, as contradições dos indivíduos e os seus esforços para compreender as relações de afeto e o outro que se torna, muitas vezes, sentido da própria individualização e caráter dos sujeitos.

Grupo Gungu
Companhia teatral formada em 1992, pelo escritor e diretor Gilberto Mendes que integrou o elenco do grupo Mutumbela Gogo até a fundação da sua própria companhia, o Grupo de Teatro Gungu o qual se destaca pelas montagens contemporâneas e a forte musicalidade em seus espetáculos já tendo se apresentado em Festivais na Noruega, Portugal, Espanha e França.

Obs.: Num mundo extremamente machista como é o moçambicano, a batalha pela afirmação feminina ganha cada vez mais espaço.

Enquanto o homem macho se serve da sua força e virilidade para se impor, a mulher se utiliza da sua sedução e, acima de tudo, da sua inteligência que , diga-se de passagem, está alguns pontos acima da masculina.

A peça gira em torno de quatro personagens: um executivo próspero e bem posicionado, mas que não consegue a mesma performance em casa; Um deputado "bem sucedido" que não permite que a sua noiva trabalhe; um empresário analfabeto, para quem a posse de dinheiro é sinônimo de poder e grandeza; um homem que, por motivo da morte de seu irmão mais velho, tenta tomar para si a viúva socorrendo-se na tradição do "ku txinga". Esse cenário social e cultural são o mote para esta peça de teatro, um retrato do sociedade moçambicana na atualidadeo.

ANGOLA
Etu-Lene
Fundado 1993, o grupo Etu-Lene conta com dez integrantes e já levou ao palco inúmeras obras, conquistando importantes prêmios entre o "Prêmio Cidade de Luanda / 2001", com a obra "Balumuka", e o "Prêmio Nacional de Cultura e Artes / 2002", com a peça "Uíje-Uijia", espetáculo que também arrebatou o prêmio revelação de teatro "Angola - 20 anos".

Grupo teatral formado há mais de uma década, tem seu repertório, focado em comédias, já angariou duas premiações internacionais de Teatro.

O velho Katy-Ngotè, um sujeito que deu tudo o que tinha para a formação de seu único filho Caetano. Em troca do interesse financeiro o velho exigiu que Caetano ficasse junto de Madó e não da mulher amada. Caetano cedeu às exigências do seu pai. Para a surpresa do velho ele descobre ouvindo um telefonema da sua querida nora o verdadeiro autor da gravidez que ela ostentava, o que o levou a pensar: “Afinal, quem está na barrigada de Madó não é do meu sangue”, para o sofrimento do velho Katy-Ngotè.

Grupo Henriques-Artes
O espetáculo: “Côncavo e Convexo" - Obra vencedora do prêmio de teatro Cidade de Luanda 2008.

O texto de Flávio Ferrão nos faz compreender que o homem em Luanda deve viver uma história de amor tal qual como em Côncavo e Convexo. O espetáculo se passa através de um diálogo onde o casal sobrevive a fortes embates durante todo o texto que é baseado na situação política, econômica e social de Luanda. O texto aborda o tema de forma atípica e espetacular. Uma obra recheada de drama, pois, a reflexão e a nota dominante do espetáculo é a utilização de signos através de velas, latas vazias de cervejas, baldes coloridos, mobílias velhas e cansadas. Os signos estão a espera do público que se propõe a ser vítima desse espetáculo.

BRASIL
Grupo de Curitiba
Capitu Memória Editada é inspirada na obra do maior escritor brasileiro e reúne artistas paranaenses na construção de uma peça teatral que está situada entre a literatura e o leitor, entre o palco e o público, refletindo todo o universo machadiano. O espetáculo escrito e dirigido por Edson Bueno estreou no dia 29 de setembro de 2005 no Teatro da Caixa em Curitiba. Não é uma novela, um romance ou uma adaptação de Dom Casmurro, de Machado de Assis.

A proposta de Capitu Memória Editada não é levar o romance ao palco e sim, a sensação de mistério que o livro traz. “Não é nem o que o leitor entende do livro e não é o livro. É a dúvida, o mistério, a memória e a fantasia”, explica Edson Bueno. A trama de Dom Casmurro é contada não só pela memória de Bentinho, mas também por personagens paralelos e contemporâneos, que interagem com o texto centenário de Machado de Assis e fazem referência a ele, convidando o público (leitor) a preencher as lacunas, assim como fez o grande escritor.

O projeto é uma iniciativa de Janja, que integra o elenco, e foi viabilizado por meio da lei Municipal de Incentivo à Cultura. Segundo a atriz, a idéia de realizar a montagem partiu de um gosto pessoal pelo romance e, trabalhando o texto com Edson Bueno, percebeu que o texto original era sobre memória. “Queríamos privilegiar a literatura. Quando a gente começou a ensaiar, fizemos referência aos contadores de histórias. Isso deu o tom e a linguagem da peça”, comenta Janja. A montagem preserva a prosa original de Machado de Assis quando é levada ao palco. “Fiz questão de manter a forma literária dele, que é moderníssima e deliciosa”, comenta Edson Bueno.

Os ensaios e improvisações dos capítulos do original Dom Casmurro ajudaram a trabalhar a idéia de Capitu, até chegar na concepção final do espetáculo e do texto. “Eu me permiti também brincar com a ilusão e com a realidade do teatro. O texto brinca muito com as convenções teatrais e as perverte muito também”, diz Edson Bueno. Por conta dessa traquinagem, atores e personagens (do romance e outros especialmente criados para a peça) misturam-se aos olhos do público, e também dissimulam a realidade e a ficção, tal como o mistério que cerca o romance. “Foi um desafio para os atores, porque a forma de construção das pessoas no palco não é a convencional”, explica Bueno.

Tropa do Balaco Baco (Arcoverde / Pernambuco)
A TROPA DO BALACO BACO – EQUIPE TEATRAL DE ARCOVERDE surge da junção de dois núcleos de produção teatral da cidade de Arcoverde, no sertão pernambucano, que ante a necessidade de dar visibilidade as suas ações, uniram forças e lançaram-se à empreitada de garantir uma ação mais contundente que denotasse a qualidade e compromisso ético-estético que sempre permearam o fazer teatral em suas trajetórias distintas.

A PAIXÃO E A SINA DE MATEUS E CATIRINA conquistou os prêmios de Melhor Espetáculo, Direção, Figurino e Maquilagem, além das indicações para Melhor Ator, Música e Cenário, no Festival Janeiro de Grandes Espetáculos – Prêmio APACEPE/2008, na cidade de Recife-PE.

Catirina, grávida já pra mais de doze meses e com desejo de comer língua de boi, arma diversas artimanhas para convencer Mateus, por ela apaixonado, a lhe presentear com esse regalo, pondo em risco o seu próprio desenlace matrimonial. Mateus de sua parte também tenta de mil maneiras driblar as jogatinas de Catirina oferecendo-lhe toda sorte de arreliques, sendo, no entanto, sempre rejeitado até que sucumbindo as lacrimejâncias de Catirina, arranca a língua do boi patrão e oferece-lhe como prova de amor e sujeição de comprometimento, deixando a estrebuchar o famoso e alardeado novilho brasileiro, boi maravilha trazido do Maranhão pelo Coronel para presentear sua filha em seu aniversário.

Satisfeitos os desejos de Catirina, vem a inevitável descoberta do Patrão/Coronel/Amo que esbraveja e pragueja todo tipo de ameaça contra o possível agressor deixando os dois culpados, em uma mútua troca de acusações tentando livrar cada um a própria pele até que Mateus num joguete de palavras convence o Coronel a lhe dar um tempo para providenciar a cura do desfalecido animal. Fechado o acordo, Mateus e Catirina têm a deixa para dar entrada as passagens de três figuras tradicionais do brinquedo do bumba meu boi: o Padre, a Mãe Preta, e o Doutor, que cada um a seu tempo depois de várias tentativas e desistem da empreitada e deixam o boi moribundo.

Vendo extinguir-se o prazo concedido pelo Coronel, Mateus e Catirina, já cansados da longa jornada noite à dentro, dão-se por vencidos e já se considerando perdidos, para comprovar sua redobrada fama de festeiros decidem enfrentar o Coronel não mais choramingando e lamentando, mas da melhor maneira que é dançando e cantando. Armam a maior festança e entretidos nem percebem que esse sim era o melhor remédio para levantar o boi, que vindo do Maranhão, acostumado com a dança, não resiste à tentação, levanta, dança, rodopia e cai na folia varrendo a poeira do chão.

Volta então o Coronel para saber o resultado da contenda sendo recebido por Catirina que entre loas de adulação e elogios de pavulagem ao grande feito pessoal, devolve o boi renascido pra alegria do patrão que faz entrar o Padre, convocado por si para a extrema-unção dos dois, mas que dada paz reinante, celebra o tão esperado matrimônio de Mateus mais a Nega Catirina.

Volta o Mestre Carpina, que inicialmente apresentara a brincadeira e que agora convoca todos os brincantes que retornam à cena para o festejo final quando cantam e dançam a toada de despedida.


PROGRAMAÇÃO - TEATRO
DIA 06/06
TROPA DO BALACO BACO (ARCO VERDE/PERNAMBUCO)
Espetáculo: “A PAIXÃO E SINA DE MATEUS E CATIRINA”
Teatro Ginástico : 19h - Brasil

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GRUPO DE CURITIBA
Espetáculo: ““CAPITU” - MEMÓRIA EDITADA”
Espaço Sesc Arena :21h - Brasil

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GRUPO GUNGU
Espetáculo: “MULHERES DO H MAIÚSCULO”
Espaço Sesc Sala Multiuso:20h - Moçambique


DIA 07/06
GRUPO HENRIQUES-ANTAS
Espetáculo: “Côncavo e Convexo”
Teatro Ginástico: 19h - Angola

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GRUPO TEATRAL GARAGEM
Espetáculo: “A Hora do Arco-Íris”
Espaço Sesc Arena: 21h - Portugal

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GRUPO O BANDO
Espetáculo: “LUTO CLANDESTINO”
Calçadão de Copacabana - Copacabana em frente à Rua Santa Clara, com retirada de senha 1 hora antes do espetáculo no Espaço SESC :20h - Portugal


DIA 08/06
GRUPO TEATRAL DO CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DO MINDELO
Espetáculo: “O DOIDO E A MORTE”
Teatro Ginástico: 19h - Cabo Verde

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GRUPO RAIZ DI POLON
Espetáculo: “DUAS SEM TRÊS”
Espaço Sesc Arena: 19h30 - Cabo Verde

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ETU-LENE
Espetáculo: “Atiraram o velho Katy-Ngotè para sua última morada”
Espaço Sesc Sala Multiuso: 19h – Angola


DIA 12/06
TROPA DO BALACO BACO (ARCO VERDE/PERNAMBUCO)
Espetáculo: “A PAIXÃO E SINA DE MATEUS E CATIRINA”
Teatro Ginástico: 19h - Brasil

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GRUPO MUTUMBELA GOGO
Espetáculo: “AS FILHAS DE NORA”
Espaço Sesc Arena: :21h - Moçambique

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GRUPO O BANDO
Espetáculo: “LUTO CLANDESTINO”
Calçadão de Copacabana - Copacabana em frente à Rua Santa Clara, com retirada de senha 1 hora antes do espetáculo no Espaço SESC :20h - Portugal


DIA 13/06
GRUPO TEATRAL DO CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DO MINDELO
Espetáculo: “O DOIDO E A MORTE”
Teatro Ginástico: 19h - Cabo Verde

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GRUPO TEATRAL GARAGEM
Espetáculo: “A Hora do Arco-Íris”
Espaço Sesc Arena: 21h - Portugal

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GRUPO GUNGU
Espetáculo: “MULHERES DO H MAIÚSCULO”
Espaço Sesc Sala Multiuso:20h - Moçambique


DIA 14/06
GRUPO HENRIQUES-ANTAS
Espetáculo: “Côncavo e Convexo”
Teatro Ginástico: 19h - Angola

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GRUPO DE CURITIBA
Espetáculo: “CAPITU” - MEMÓRIA EDITADA”
Espaço Sesc Arena:às 21h - Brasil

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ETU-LENE
Espetáculo: “Atiraram o velho Katy-Ngotè para sua última morada”
Espaço Sesc Sala Multiuso: 20h - Angola


DIA 15/06
GRUPO RAIZ DI POLON
Espetáculo: “DUAS SEM TRÊS”
Teatro Ginástico: 19h - Cabo Verde

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GRUPO MUTUMBELA GOGO
Espetáculo: “AS FILHAS DE NORA”
Espaço Sesc Arena: :19h30 - Moçambique

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Entrega Prêmio Revelação FESTLIP
Espaço Sesc Sala Multiuso: 22h



EXPOSIÇÃO

A exposição “O teatro no Brasil e a chegada da família real”, com curadoria de Álvaro de Sá e design de Isabela Muller, será inaugurada no dia 05 de junho no Espaço Sesc Copacabana.

A mostra pretende traçar um breve painel do teatro no Brasil no século XVIII, com suas casas de ópera, e sua transformação a partir da chegada da família Real em 1808.

“As distrações do teatro progrediam de par com os assuntos de maior importância. Não somente o Regente dava largas ao que nele parecia ser forte inclinação pessoal, comparecendo assiduamente aos espetáculos, como neles aparecia acompanhado da sua família”.

Esse texto escrito no século XIX após a chegada de Don João no livro “Notas sobre o Rio de Janeiro e partes meridionais do Brasil” por John Luccock, nos dá a dimensão das modificações ocorridas no teatro do Brasil após a chegada da Família Real Portuguesa. Uma mudança de um teatro com hábitos provincianos para um teatro mais cosmopolita. Com a chegada da Corte o Rio de Janeiro se transformou na capital teatral do Brasil.


FESTA FESTLIP

Durante os doze dias de atividades, o FESTLIP realiza nos dias 07/06 e 14/06, aos sábados às 22h, uma Festa no Circo Voador, na Lapa reunindo músicos de todos os países participantes. A festa que contará com a presença dos atores do FESTLIP, será aberta gratuitamente ao público, sendo encerrada no final de toda noite pelo DJ português, Señor Pelota, que explora diferentes linguagens de electro, minimal, techno, acid house e disco digital de punk-funk.

ENTRADA FRANCA CIRCO VOADOR : Rua dos Arcos, S/N - Lapa - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

MÚSICOS

BRASIL
Macau (Participação Especial de Sandra de Sá)

No inicio dos anos 80, surge no cenário musical “Olhos Coloridos”, uma canção que em meio a tantas canções de protesto da época se destacou pela forma romântica e ao mesmo tempo forte, que denunciava a repressão e a discriminação racial. Seu autor, Macau, tocava essa música canção de uma forma tão peculiar e marcante que parecia entoar tambores africanos que choravam chamando o país a uma reflexão.

“Olhos Coloridos” - música gravada por Sandra de Sá, que se tornou um hino da música negra no Brasil. Com seu suingue black, ela é mais do que uma canção, é um estilo musical, é um grito negro, é amor, uma denúncia, é contestação. Além de Sandra outros artistas e grupos expressivos no Brasil e no exterior a gravaram como, por exemplo, Jim Capaldi na Inglaterra, Les Etoiles na França e Funk como Le gusta, de Paula Brasil. A música também foi tema do filme “ABC Paulista”, interpretada em diversos programas de televisão e fez parte do Projeto Lonas Culturais, onde foi gravada por Fafá de Belém e Sandra de Sá, ao som do violão de Macau.

Hoje Macau possui uma extensa obra que reúne seus antigos sucessos e músicas compostas com Luiz Melodia, Durval Ferreira, Sandra de Sá, Kátia Drumond. Grandes nomes também gravaram suas composições como: Eliana Pitman, Rosana, Elaine Guedes, Dom Mita, Adelmo Casé, Denise Pinaud. A mais recente regravação foi de Preta Gil, que cantou“Estágio do Perigo”, funk feito em parceria com Sandra de Sá, em seu último trabalho.

Sua capacidade de estar de bem com a vida e manter o astral, em todos os momentos fizeram de Macau o “Negro dom do amor”. O cantor e compositor através da leveza de suas composições e interpretações consegue levar ao público a verdadeira música de qualidade.

SANDRA DE SÁ

Considerada a “Rainha do Soul Brasileiro”, Sandra de Sá, cantora e compositora, é considerada a maior representante da Soul Music brasileira da atualidade. Após o seu último CD, “AO VIVO – Música Preta Brasileira”, lançado em 2005, Sandra viajou pelo Brasil e exterior, já ganhou novos prêmios e estreiou no cinema e na tv, sempre com o astral “SANDRA de ser!”.

Música Preta Brasileira, nome deste show/CD/DVD, é um termo criado por Sandra há mais de 10 anos, brincando com a sigla MPB da Música Popular Brasileira. Sandra afirma:
“A nossa música é essencialmente preta, pois começa e termina no tambor, no suíngue. Não há ritmo que cantemos ou toquemos que não contenha este toque de brasilidade. Isto é a nossa ‘pretitude’. Até porque se é popular, é do nosso povo, que é altamente miscigenado.”

É esta atitude que ela coloca em tudo que faz nestes mais de 26 anos de carreira. MPB também é o tema que Sandra carimba em tudo, desde um programa de rádio que apresentou na ong “Viva Rio” até o projeto musical alternativo que fez, por mais de quatro anos, ao lado de Toni Garrido (da banda Cidade Negra) e do parceiro Zé Ricardo. (Projeto com Capítulo 1 – Tim Maia Racional e Capítulo 2 – Jorge Benjor).

Sandra está sempre realizando projetos paralelos, ao lado de grandes amigos como Nana Caymmi, Luiz Melodia, Elba Ramalho, Zezé Motta, Lecy Brandão, Margareth Menezes, Leila Pinheiro, entre muitos outros importantes nomes da nossa Música, pois ela acha fundamental estas parcerias e experimentações dentro e fora do palco.

Como descendente direta de caboverdianos, tem desenvolvido um trabalho em Portugal com shows e eventos, que resultou em apresentações como o Reveillon da Ilha da Madeira, Optimus Open Air e o Rock in Rio Lisboa. Além de participar, em Paris, do Brasil na França e, na Alemanha, da Copa da Cultura de Berlim, como um dos grandes símbolos da nossa música. Esteve presente também no Festival de Gambôa 2007, na África.

Mas não é só no exterior que Sandra tem desenvolvido projetos de grande representatividade cultural. A artista acaba de ser eleita como presidente da “Academia Afro Brasileira de Artes”, onde realizará projetos que visem aprimorar e desenvolver a cultura negra no Brasil; e tem sido com freqüência, escolhida para realizar o show de abertura de importantes eventos culturais, tais como a Conferência dos Intelectuais da África e da Diáspora, a CIAD (subsidiada pelo Ministério das Relações Exteriores), evento social da Petrobrás Loucos por Música (também como diretora musical) e na Feira Música Brasil (em Recife realizada pelo MINC).

Em 2007, Sandra também brilhou nas “telinhas e telonas”, estreando como atriz no filme e seriado “Antônia”, da Rede Globo. Em 2008, já, agitou a Bahia, no Carnaval elétrico de Salvador, no Expresso 2222 de Gilberto Gil e no Bloco Skol D+!, E também já está em estúdio, na pré produção do seu novo CD e DVD, com gravação prevista para Maio e lançamento para o segundo semestre deste ano. Sandra de Sá não só continua realizando shows, “Ao Vivo”, por todo Brasil, destaca-se o projeto experimental BATUCOFONIA, que é seu grande xodó e sua aposta através da interação com o público pra movimentar a Música Preta!

Vivianne Tosto
Vivianne nasceu no bairro carioca do Catete, em 1964. Segunda filha do casal Francesco e Marly, já pequena, demonstrava grande interesse pela música: ficava embevecida durante horas, vendo a mãe tocar piano.

Em 1973 recebeu o primeiro convite para cantar em bar, e então fez sua primeira temporada musical em "O Cortiço", em Laranjeiras, RJ. Logo após aceitou um o convite de passar um mês cantando à bordo do Navio Seawind Crow, que fazia a rota das ilhas caribenhas. Bem, um mês virou dois meses e meio de saudade, prazer e desafio de apresentar-se para um grande e diversificado número de pessoas, entre brasileiros, gregos, americanos, africanos, tchecos, europeus, croatas. Vendo o Brasil de fora, e por estar fora, também foi levada a um interessante encontro com a cultura nacional do próprio país. No navio, só cantava música brasileira, apresentando um repertório altamente eclético que incluía Caetano, Djavan, Milton, Axé music, bossa-nova, forró e samba. Ao retornar, Vivianne deu início a um novo trabalho. Montou uma banda e se apresentou no "Mistura Fina". De volta aos palcos do Rio, e muito feliz por esse encontro definitivo com a música, decidiu que estava na hora de gravar seu CD.

Vivianne sempre quis algo orgânico, sem guitarras, com mais violões, mas acabou seduzida por sons e efeitos eletrônicos, que vieram a somar no resultado final do disco, um trabalho que define como “quase artesanal”. O título foi tirado da faixa que seria a música de trabalho, "PEDAÇOS", de sua autoria. Mas, depois de submeter o CD a audições de amigos e profissionais do ramo, "CONTRAMÃO", composição que também assina, assumiu quase unanimemente o lugar de eleita. O CD foi concebido e concluído. E, sem nenhuma pretensão, já pode ser considerado um sucesso.

Nesse mesmo período, conheceu Alex Sancher, no bar Santa Saideira, em Santa Teresa, onde se apresentava com freqüência. Ele mostrou algumas músicas e Vivianne ficou encantada. Desse novo encontro saíram as faixas "SURPRESA" e "OLHOS CLAROS". Pelas mãos da amiga, Ilka Villardo, conheceu o percussionista e compositor, Luiz Octávio Albornoz, e dele, então, selecionou “PODIA DIZER” que, ao lado ainda de "MOEDA DE UM LADO SÓ", de Moska, fecharam o repertório do disco. Parecia que o céu estava conspirando em seu auxílio. O primeiro show do CD aconteceu no Sesc de Ramos, em 2003. Também em junho de 2003, apresentou um show acústico no Teatro Bibi Ferreira em Botafogo.

O CD PEDAÇOS foi e pré-selecionado para o Prêmio Tim de Música deste ano. Maria Bethânia levou o troféu de melhor disco, com o seu Brasileirinho.

MOÇAMBIQUE
José Mucavele
José Mucavele, foi trompetista nos anos 60 e 70 tocou em vários agrupamentos, Comandante de Luta de Libertação Nacional, investigador etno-cultural músico Moçambicano, Membro fundador do agrupamento musical da Rádio Moçambique, já viajou em espetáculo para os seguintes países: Africa: Zimbabué, Cabo Verde, África do Sul. Europa: Portugal, Espanha, Holanda, Bélgica, Alemanha e Dinamarca. América Latina: Cuba e Brasil.

Compôs trilhas sonoras para os seguintes filmes: Compass In Mozambique, Granada Television, Children of Austral Afrika, Colheita do Diabo, Fronteiras de Sangue e outros.
Gravou seu primeiro album “Atravessando Rios” em 1985 em Portugal pela E.M.I Valentim de Carvalho, com a produção dos músicos Portugueses: Rui Veloso e Zé Carrapa.

Em 1996 grava na Dinamarca o álbum “Compassos 1” É convidado a dar uma palestra na universidade de Rooskild Dinamarka. Membro da comissão instaladora do Instituto do Património Cultural e Natural de Moçambique. compositor interprete, toca guitarra acústica com afinações descobertas por ele mesmo. Foi quadro sênior do Governo, atualmente é Técnico Superior para a Cultura no Ministério da Educação e Cultura.

CABO VERDE
Mário Lúcio Souza
Mário Lúcio Sousa, natural de Tarrafal, na Ilha de Santiago, Cabo Verde, em 21 de Outubro de 1964 iniciou sua carreia artística e de ativista cultural desde cedo, tornando-se uma personalidade de destaque no campo político através do cargo de Assessor do Ministro da Cultura, que ocupou em 1992. Recentemente foi constituído Embaixador Cultural de Cabo Verde.

Na área artística é o idealizador e líder do grupo musical Simentera, que marcou a tendência da música de Cabo Verde para o acústico e reivindicou a cultura continental africana como elemento da identidade cultural caboverdeana. Multi-instrumentista e arranjador de vários álbuns de solistas caboverdeanos, é também membro fundador da Associação Cultural Quintal da Música, cujo Centro Cultural Privado trabalha na valorização da música tradicional e no acesso das crianças à aprendizagem e à promoção dos seus talentos.

É compositor permanente da companhia de teatro e dança Raiz di Polon, que também participará do FESTLIP, além de outras compisções e trilhas sonoras. Com experiência internacional, Mário Lúcio e a Simentera, já se apresentaram nos em boa parte da Europa, Brasil e África naturalmente. Gravou recentemente em França com o Grupo Simentera o CD Tr'adictional, seu projeto musical sobre a mestiçagem e que conta com a participação do camaronês Manu Dibango, dos senegaleses Touré Kunda, do brasileiro Paulinho da Viola, e dos portugueses, Maria João e Mário Laginha. Mário Lúcio se destaca ainda na literatura com a edição de 02 livros de poesias, 01 peça teatral e 01 livro de ficção como qual conquistou o prêmio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa. Ainda na pintura o artista soma ao movimento da nova geração de pintores africanos com obras em exposição no seu país e no exterior.

ANGOLA
Trio Vikéia
Criado em 1988 em Benguela, pelos músicos António Hugo de Oliveira Manjenje (TÓ MANJENJE), Loureiro Paulino (LOY) e Josué de Campos (MOISÉS KAFALA).

Constituído por trovadores dedicados a pesquisa, exploração e divulgação dos ritmos da região centro e sul de Angola, como o “Nhatcho”, o “Njando” e o “Tchipuete”.

Composto atualmente por António Hugo de Oliveira Manjenje (Tó Manjenje), Francisco de Sousa Joaquim Barros (Magas) e José Augusto Brás (Zé Brás), o grupo tem passagens por vários países do mundo, como Suécia, Alemanha, Portugal, Polónia, França, Índia, Coreia do Norte, Egipto, Congo e outros.

Possui no seu palmarés, dois títulos do “Variante” Festival Nacional de Música Popular e outras participações em eventos nacionais e internacionais.
O repertório do grupo é vasto e tem por base o cancioneiro tradicional da região centro e sul do país que se entrosa com a balada moderna.

PORTUGAL
DJ Señor Pelota
André Soares começa a sua aventura como um DJ em 1998, tocando em vários bares em torno de Lisboa e também em alguns eventos, mas apenas depois de quatro anos, seu alter ego Señor Pelota é nascido. Hoje ele se vê como um promotor de música avançada, através de conjuntos onde ele explora diferentes linguagens de electro, minimal, techno, acid house, disco digital de punk-funk.

Ele surpreende a platéia porque Senor Pelota não tem limites, qualquer tipo de música pode desembarcar em sua placa giratória enquanto ela dança e faz você se sentir bem. Señor Pelota é um obsessivo perseguidor de novas tendências, sempre fugindo do lugar comum, fazendo uma fusão que reinventa a música do amanhã. Ele tenta encontrar a perfeita simbiose de fazer as pessoas se divertir e soltar a cabeça, promovendo a boa música, mas nunca esquecendo a "cultura club". Neste momento, Señor Pelota é responsável pelo alinhamento da música Velvet bar, um clube pequeno, mas popular no (in) famoso Bairro Alto.

Ele também faz uma aparição mensal no Lounge bar, intituled "Portanto Freshhhhh!", Onde ele convida dj novos talentos para jogar com ele durante toda a noite. Ele está envolvido em vários projetos musicais como: o coletivo FREIMA de Porto, o coletivo "Music Mob dj's" com dj Vahagn associeted para o rótulo Music Mob e "Glam Slam Dance", em parceria com o dj Mário Valente, que, em maio de 2007 eles lideraram a Kubik fase e a fase Radio Soulwax Creamfields Festival de Lisboa. Ele espalhou sua peculiaridade em famosos clubes em todas as regiões de Portugal: Lux, Op Art, Clube Mercado, Fragil, Cabaret Maxime, Incógnito, Industria (Porto), MAUS Hábitos (Porto), Hard Club (Gaia), Office Club (Caldas da Rainha), Marginal (Funchal), Clinic (Alcobaça), Budha Club (Povoa do Varzim), Tamariz (Estoril), Clube da praia (Zambujeira do mar), Horta da Fonte (Cartaxo), T Club (Vilamora), etc… E ele também tocou com música nacional e internacional de celebridades como Spektrum, Digitalism, Soul Wax, Erol Alkan, Tiefschwarz, 2 Muitos Dj's, Mandy Idjut Boys, Prins Thomas, Muallem, Who Made Who, Chloe, SASSE aka Freesltyleman, Putch 79 de Girl Crazy, dj Periférico, Télépathique, Lady Eyedealism, Dezperados, Disorder, Rosa rapaz, Zé Pedro Moura, Nelson Flip, Anthony Myllard, Stereo Adiction, para citar apenas alguns

MOSTRA GOURMET DA LÍNGUA PORTUGUESA
De 04 a 15 de junho a Mostra Gourmet FESTLIP será comandada pelo Chef Ray Cardoso do Restaurante 00, que reunirá em um cardápio especial a culinária de cada país da língua portuguesa participante. São eles Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e Brasil.

O Restaurante 00 abre para o jantar às 20:30h.
Reservas: 21 2540-8041
Endereço: Rua Padre Leonel Franca, 240 - Gávea
OFICINAS TEATRAIS

AS OFICINAS TEATRAIS PARA OS ATORES PARTICIPANTES, ABERTA PARA ESPECTADORES, ACONTECERÁ DAS 14 ÀS 18 H NO ESPAÇO SESC ARENA.

09 de Junho
Diretor: GILBERTO GAVRONSKI

Nascido em Porto Alegre, Gawronski se despediu da cidade em 1983, com a peça de Caio Fernando Abreu “Pode Ser que Seja só o Leiteiro lá Fora”. No Rio de Janeiro, trabalhou com Naum Alves de Souza em “Aurora de Minha Vida”, com Moacyr Góes em “Sonho de uma Noite de Verão” e “Eduardo II”, e com Tônio Carvalho em “Chapeuzinho Vermelho – Em Busca do Coração Secreto”, pela qual ganhou o Mambembe de melhor ator em 1990. Ainda naquele ano, Gilberto foi assistente de direção de Luiz Antonio Martinez Correa em “Theatro Muzical Brasileiro” e de Naum em “Cenas de Outono” de Mishima e no show “Francisco” de Chico Buarque. Em 1989, dá os primeiros passos para o que seria um dos espetáculos mais marcantes de sua carreira: “Dama da Noite”, de Caio Fernando Abreu. Uma nova versão estreou em 1996 e cumpriu temporada em Lyon, na França com o titulo “Belle de Nuit”. Desde então tem se apresentado em quase todos os estados brasileiros, e no exterior já marcou presença nos palcos de Londres, Sanary-Sur-Mer, Lyon e Nova York. Com este trabalho, ganha Prêmio Sharp de melhor direção em 1998.

Como diretor Gawronski já dirigiu nomes como Betty Faria em “Um caso de vida ou morte” de Eliane May; Eva Todor e Rubens de Falco em “Cartas na mesa”, de Joe Orton; Lucélia Santos em “Ajuda-me a Lembrar”, de Jean Claude Carriére; Reginaldo Faria em “Um caso de Amor”, de David Stevens.

Seus trabalhos mais recentes são como diretor da montagem de “Pode Ser Que Seja Só o Leitero Lá Fora”, nos dez anos de falecimento de seu autor, Caio fernando Abreu e a criação do poeta Torquato Neto em “Artorquato”, espetáculo de Antonio Quinet. Dirigiu a encenação do texto “Campo de Provas”, de Aimar Labaki, que inaugurou o Teatro Solar. O último trabalho foi com “Gaivota”, criação de Enrique Diaz baseada na obra de Tchekhov.

10 de Junho
Diretor: SÉRGIO FERRARA
O diretor Sérgio Ferrara, depois que deixou o CPT (Centro de Pesquisa Teatral) supervisionado pelo diretor Antunes Filho, dirigiu espetáculos como “Antígona” de Sófocles na jornada Sesc de teatro com o ator Paulo Autran, Tarsila de Maria Adelaide Amaral, Barrela e Abajur Lilás de Plínio Marcos, “Mãe Coragem” e seus filhos de Brecht com a atriz Maria Alice Vergueiro. Recebeu o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor diretor pelo espetáculo “Pobre Super-Homem” de Brad Fraser.

Com o ator Raul Cortez realizou a peça “Fica Frio” do dramaturgo Mario Bortoloto e recentemente no seu espetáculo “O Mercador de Veneza” de William Shakespeare, o ator Luis Damasceno recebeu o Prêmio Shell de melhor ator. Em 2005, em parceria com o escritor Ignácio de Loyola Brandão e a artista plástica Maria Bonomi realizou o espetáculo “A Última Viagem” de Borges. Foi diretor convidado da EAD (Escola de Arte Dramática) da USP, onde dirigiu a peça “Vereda da Salvação” de Jorge Andrade. Dirigiu “O Inimigo do Povo” de Henrik Ibsen, em comemoração ao Centenário de morte do dramaturgo norueguês, com o apoio da Embaixada Real da Noruega no Brasil. Juntamente com o Grupo dos SATYROS dirigiu o texto: “A Noite do Aquário” de Sérgio Roveri. Convidado pelo diretor Antunes Filho, em 2007 dirige seu primeiro trabalho para a Televisão. Em parceria com SESCTV, a TV CULTURA abre espaço para os novos tele teatros. Dirige : “O Encontro das Águas, repetindo a parceria com o dramaturgo Sérgio Roveri, premiado como o melhor dramaturgo do ano, pelo Prêmio Shell.

11 de Junho
Diretor: MOACYR GÓES
Natalense, 48 anos, diretor teatral há 28 anos, formado em Artes Cênicas pela UNIRIO, foi professor de interpretação no curso de formação de Ator da Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) durante 04 anos e professor do Curso de Pós-Graduação em Teatro da UFRJ..

No teatro dirigiu espetáculos como os “Os justos” de Camus; “A visita da velha senhora” de F. Dürrenmatt, com Tônia Carrero; “Pinóquio” do próprio Moacyr Góes e Amândio Gomes; “Alarmes” de Michael Frayn; “Bonitinha, mas ordinária” de Nélson Rodrigues; “Bispo Jesus do Rosário” de Clara Góes; “Os 7 gatinhos” de Nélson Rodrigues; “Toda nudez será castigada” de Nélson Rodrigues; “Gata em teto de zinco quente” de Tenessee Williams ; “O Presépio de Vieira” de Padre Antonio Vieira;“Divinas Palavras” de Ramon del Valle-Inclan; “Assembléia de mulheres” de Aristófanes; “Cartas portuguesas” de Mariana Alcoforado; “O Doente imaginário” de Moliére; “Gregório” de Clara Góes; “Trilogia Tebana: Édipo Rei e Antígona” de Sófocles; “Eduardo II” de Christopher Marlowe; “Peer Gynt” de Henrique Ibsen; “O livro de Jó” adaptação de Clara Góes; “Epifanias” adaptação de O Sonho de August Strindberg; “Comunicação a uma Academia” de Franz Kafka; “Antígona” de Sófocles, com: Marieta Severo, Ítalo Rossi e “Romeu e Julieta” de Shakespeare, entre muitos outros espetáculos.

Com o elenco da sua Companhia de Encenação Teatral realizou entre 1990 e 1991, “Os gigantes da montanha” de Pirandello; “A escola de bufões” de Michel de Guelderode; “Othelo” de Shakespearer; “A trágica história do Dr Fausto” de Christopher Marlowe; “Baal” de Bertold Bretch e Nosferatu, sinfonia de vida e morte” de Janice Teodoro da Silva.

Dirigiu ainda os espetáculos infantis “Olho de gato” e “Sonho de uma noite de verão” no Teatro Glauce Rocha, RJ em 1995. Na televisão dirigiu na TV GLOBO as novelas “Vale Tudo”; "Laços de Família"; Diretor "Suave Veneno", além de "Malhação".

Moacyr sempre ampliou seus horizontes e deixou marcas também em direção de shows, como de Chico Buarque, Olívia Byington e Elba Ramalho; Óperas, como A “Flauta Mágica”, de W. A. Mozart noTeatro Municipal do Rio de Janeiro sob a Regência de Silvio Barbato e grandes eventos como o Projeto Aquarius.
No cinema em 2003, além da estréia com “Dom”, consolidou sua parceria com o produtor Diler Trindade dirigindo mais dois longas-metragens: “Maria - A mãe do filho de Deus”, com padre Marcelo Rossi no elenco, e “Xuxa Abracadabra”, totalizando três longas-metragens dirigidos em um mesmo ano. A parceria com Diler continuou em seus filmes seguintes: “Irmãos de fé “(2004), novamente um projeto com padre Marcelo, “Um show de verão” (2004), com Angélica e Luciano Huck, “Xuxa e o tesouro da cidade perdida” (2004), “Xuxinha e Guto contra os monstros do espaço” (2005), de Clewerson Saremba, onde dirigiu o núcleo live action, e “Trair e coçar é só começar” (2006), adaptação de peça de sucesso escrita por Marcos Caruso. Em 2007, lança “O homem que desafiou o diabo”, com produção de Luis Carlos Barreto. Seus próximos projetos são “Iracema”, “Bonitinha mas ordinária”, baseado na obra de Nelson Rodrigues, e “Um amor do outro lado do mundo”.

Dentre os diversos prêmios que conquistou durante sua trajetória estão:
Prêmio Shell
1993 – Melhor diretor por “Antígona”
1990 – Melhor diretor por “A escola de bufões”
1988 – Melhor diretor por “Baal”
Prêmio Moliere
1990 – Melhor diretor por “A escola de bufões”
1988 – Melhor diretor por “Baal”
Prêmio Fundacen
1989 – 05 melhores espetáculos por “Fausto”
1988 –0 5 melhores espetáculos por “Baal”
Troféu Mambembe
1985 – Melhor diretor infantil por “Olho de gato” e
“Sonho de uma noite de verão”
Prêmio Cultura Inglesa de Teatro
1999 – Melhor diretor por “Gata em teto de zinco quente”
Por Ricardo Riso

terça-feira, 3 de junho de 2008

Literaturas africanas e afro-brasileira na prática pedagógica



Literaturas africanas e afro-brasileira na prática pedagógica
Iris Maria da Costa Amâncio, Nilma Lino Gomes, Miriam Lúcia dos Santos Jorge

http://www.autenticaeditora.com.br/livros/item/406

Sinopse
Integrante da Coleção Cultura Negra e Identidades, este livro propõe ao docente uma postura pedagógica mais responsável, que privilegie o diálogo intercultural e supere preconceitos e estereótipos. Para isso, as autoras mostram ao professor e à professora as contribuições das Literaturas africanas e afro-brasileira na prática pedagógica.
O universo literário africano como ferramenta para a efetivação da Lei nº 10.639/03 é o cerne deste livro que parte da necessidade de uma educação da diferença para apresentar aos leitores quais são as pesquisas que caminham nesse sentido no campo educacional e chamar a atenção para a importância de investir na educação como direito social.
Até quando os cursos de Pedagogia e de licenciatura continuarão negando ou omitindo a inclusão do conteúdo da Lei nº 10.639/03 nos seus currículos? O que fazer diante das lacunas que comprometem a implantação dessa Lei? Essas são algumas das questões tratadas neste livro que busca analisar como têm sido os cursos de formação inicial de professores quando o assunto é a discussão sobre África e questão afro-brasileira.

Detalhes do livro
Páginas: 168
Formato: 15,5 x 22,5 cm
Editora: Autêntica
ISBN: 9788575263013
Código: 10153
Área temática: Educação em geral
Coleções: Cultura negra e identidades

Sobre os autores
Nilma Lino Gomes

É doutora em Antropologia social pela USP e professora adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. É coordenadora do Programa Ações Afirmativas na UFMG e membro da equipe do Programa Observatório da Juventude pela mesma universidade. Possui vários livros sobre questão racial.