sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Craveirinha e Malangatana - Comunicação UFRJ

LETRAS E DESENHOS ENCARCERADOS: A RECLUSÃO LIBERTADORA NA ARTE DE JOSÉ CRAVEIRINHA E MALANGATANA VALENTE*
RICARDO SILVA RAMOS DE SOUZA1

RESUMO: A presente comunicação propõe-se a analisar a produção artística de José Craveirinha, com o livro Cela 1, e a série Desenhos de prisão, de Malangatana Valente, que retratam o recrudescimento da violência imposta pelo regime ditatorial português. O objetivo central é estabelecer um diálogo entre as duas obras realizadas quando os artistas eram prisioneiros nas cadeias da pide, e como a experiência da asfixia do cárcere serviu de inspiração para denunciar as mazelas da guerra, a reconstrução da memória coletiva e a afirmação de um Moçambique independente.


*Comunicação apresentada no III Encontro de Professores de Literaturas Africanas, realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, no dia 22/11/2007.

1 Universidade Federal do Rio de Janeiro

Esta comunicação aborda um período marcante da história moçambicana, iniciado com a guerra colonial em 25 de setembro de 1964, em que os amigos e parceiros de cárcere José Craveirinha, com Cela 1, e Malangatana Valente, com Desenhos de Prisão, em condições adversas, imortalizaram a triste e fundamental passagem da luta pela independência, ao registrar a violência exacerbada nos cárceres do regime ditatorial português em suas obras.

Os poemas de José Craveirinha em Cela 1 referem-se à produção literária que os críticos das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa denominam como a poesia de combate ou de protesto, momento histórico em que os temas políticos e sociais eram necessários. Porém, os dois artistas não reduziram seus trabalhos ao estilo panfletário comum à época. Em meio à revolta justificada por séculos de injustiças sofridas por causa da ação colonizadora, os poemas apresentam a pluralidade cultural que compõe o corpo moçambicano e abordam uma postura contrária ao regime salazarista, que esmagava as manifestações tradicionais locais.

No período citado, o sujeito-lírico versa sobre o desejo de independência da nação. Segundo Alfredo Bosi, “a poesia há muito que não consegue integrar-se, feliz, nos discursos correntes da sociedade”1, enquanto o crítico Manuel Ferreira descreve assim a situação do escritor:

“Nesta fase o escritor pensa a sua terra em termos de pátria, nação, rejeita o Outro – o colonizador –, e está determinado a uma prática literária integrada na nova situação, toda ela voltada, de vez, para a conquista da libertação nacional. Assume-se como homem inteiramente livre, repensa as suas raízes culturais, faz o reencontro consigo próprio e integra-se no destino colectivo de sua gente. (...) o escritor, após ter adquirido a consciência de sua condição de colonizado, liberta-se completamente da alienação e a sua prática literária cria a sua razão de ser na expressão das raízes profundas da realidade social nacional entendida dialecticamente.”2

Os poemas de Cela 1 foram escritos, em sua maioria, na prisão do poeta durante os anos de 1965 a 1969. Apesar de termos o cuidado em não misturar a vida do autor e a obra na análise literária, podemos, como afirma Rita Chaves, dizer que:

“(...) a força da História não deve ser minimizada na abordagem da literatura, em se tratando da produção dos países de língua portuguesa a compreensão desse peso merece atenção especial. Em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, o contato com os dilemas que a História arma é tão vivo e direto, que a sua dimensão surge visivelmente concreta no cotidiano das pessoas que escrevem e sobre as quais se escreve.”3

No caso de Craveirinha torna-se pertinente esta orientação, pois é com “o poeta e sua experiência que é por ele convertida em matéria poética, o que explica o interesse que ele ganha na abordagem de alguns dos caminhos de sua escrita”4. Logo, a arte é usada como forma de denunciar e conscientizar a sociedade. Segundo Antonio Candido: a “arte coletiva é a arte criada pelo indivíduo a tal ponto identificado às aspirações e valores do seu tempo, que parece dissolver-se nele”5. E é o que depreendemos nas obras do Velho Cravo e de Malangatana, que contam a seguir a experiência no cárcere:

“Lá estive eu na engorda, sem fazer nada. Eu e os amigos também, tão poetas no sentido negativo como eu: por exemplo, Rui Nogar e Malangatana. Só que o Malangatana é para mim um caso muito especial. Estivemos na mesma cela. Quando eu fui para esta cela, era uma cela de castigo, já pequena para mim sozinho; meteram então o Rui, e ficou mais pequena ainda; depois, incrivelmente ainda coube o Malangatana. Desde então, o que me espanta no Malangatana não são os seus quadros: é que ele conseguiu engordar lá dentro (risos). Deve ter havido muito poucos revolucionários na História iguais ao Malangatana. Cantava, assobiava, dormia: mas que grande paz de consciência é essa? (...)”6

“Mesmo na altura de 1961/62 tinha uma actividade política muito grande. Foi quando fiz parte do grupo em que o Craveirinha trabalhava clandestinamente, depois em 1963/64 as atividades crescem, também com o Luís Bernardo Honwana e outros. E somos presos, com o Rui Nogar, (...) Fomos presos juntos, alguns em celas diferentes. (...) fiquei pouco tempo na prisão comparado com muitos correligionários que ficaram de quatro a sete anos. Eu fiquei dezoito meses, (...) A base do julgamento foi pertencermos, sermos simpatizantes, da FRELIMO. (...)”7

O envolvimento com o partido político FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) se dá no início de sua formação, sendo Craveirinha figura capital na sua construção:

“A ligação com a FRELIMO surge muito naturalmente, tinha que surgir (...) Então quem monta a sede da FRELIMO ali no sul fui eu. Desculpe a imodéstia. (...) Então aliciei alguns, como o Rui Nogar, como o José Parente (...) O Malangatana fui eu que o aliciei, e o actual (fevereiro/1990) embaixador moçambicano em Portugal. (...)” 8

Nos poemas e desenhos aqui analisados, veremos o espaço físico do cárcere e o que envolve o cotidiano do preso como fator motivador para os dois artistas. Contra a razão imposta por séculos de colonização européia, o espelhamento dos versos de Craveirinha subverte o barroco tradicional e denuncia as mazelas e fraturas sofridas pelos moçambicanos, escancarando a violência da famigerada polícia política salazarista, a PIDE. O cárcere é exposto de diversas maneiras nos poemas de Craveirinha. Em meio à indignação e revolta, o sujeito-lírico, em ferozes versos, neobarrocamente, mostra este espaço em metáforas insólitas e surreais, em um autêntico surrealismo africano, “bastante diverso do europeu, porque constituído com o esperma da criação e do conjuro cósmico”9:

“(...) E rectangulizados
os pensamentos tuberculizam-se em esquadria
e uns atrás dos outros aos cardumes de náuseas
sangram cotovelos nos ladrilhos.”
10

“Noites enjoadas de um milhão de angústias
racham-me as unhas na lascívia das macias
paredes de cimento (mentira não são macias) caiado
e no amoroso cárcere ensurdecedor de silêncios (...)”
11

A ironia, que beira o sarcasmo, aparece para apresentar a cela. O isolamento é cantado de diversas maneiras e a relação do poeta com o cárcere é exposta com “larga utilização de contrastes, como forma de fazer ressaltar, com maior brutalidade, o sentido dos versos”12.

“O mundo ensurdecedor de moscas de silêncios
os pulsos mata-fomes do grande rato verde do medo
o imaginário omnipotência dos nossos feitiços impossíveis aqui
e o táctil gosto das pontas dos dedos nas paredes (...)
E por dentro a porta ao meio
mais cega
mais surda
e mais muda do que nós
no papel autêntico
de porta fechada.”
13

O pintor Malangatana Valente ilustrará o cárcere em um expressionismo voraz, realizado com parcos recursos. Os desenhos são simples, sem as cores impactantes e os excessos alegóricos que caracterizam as obras do pintor, entretanto apresentam o olhar atento contra o dilaceramento de sua cultura:

“Ora violentos a violência praticada na prisão ora sonhadores o sonho de liberdade de qualquer preso ora com recurso às suas mais fundas origens culturais as da sua aldeia e do seu povo ora evocando as famílias e as tragédias quotidianas ora virados para o futuro imaginando o seu país livre e independente esses desenhos aparecem-nos, na sua diversidade, como um claro retrato da vida e dos sonhos de Malangatana e de seus companheiros de prisão e de luta.”14

Em desenhos como “Sala de castigo da PIDE”, o espaço exíguo ao qual o preso é submetido é contrastado com o seu tamanho desproporcional, denunciando os maus tratos sofridos. Carmen Lucia Tindó Secco cita, a respeito da pintura de Malangatana, a “ausência de vazios que tenta suplementar as lacunas provocadas pelo processo de neutralização das alteridades, ao longo de séculos de submissão”15, que, nesta série, é mostrada nas celas lotadas, em desumana condição. Por outro lado, apresentam a mobilização dos moçambicanos na luta contra o colonialismo, como em “Pavilhão 9 da Cadeia da Machava da PIDE”.

Sala de Castigo da PIDE

No cárcere, Craveirinha mostra-nos um tempo próprio do preso no seu cotidiano de “ausência citadina”. Em uma linguagem paradoxal e muitas vezes sinestésica, o sujeito-lírico versa sobre a angústia da espera, o silêncio e o barulho, as informações passadas sob os olhares dos carcereiros, o breve contato com a família:

“(...) Em centésimos de segundo
os nossos olhos privilegiados
decifram estritas instruções
de mil e duzentas palavras. (...)”
16

“(...) e depois as noites de vinte e quatro horas a fio
ensurdecedoras de silêncio dos ponteiros de angústia (...)”
17

“(...) o chão exausto dos passos
relojoados centímetro a centímetro ida e volta
na perspectiva de mundos de nada todo o dia. (...)”
18

“(...) – ‘São 30 minutos e acabou!’ (...)
Mas a cada visita (...)
Mais sessenta segundos com a família
Não era mais nada
... ERA OURO!”
19


Uma outra presença marcante nestas obras é o nefasto torturador, os agentes da PIDE encarregados de interrogar os presos. Com ódio e violência desmedida, estes agentes “de olhos raiados de sangue”20 procuravam minar a auto-estima dos que ali se encontravam sob suas garras, utilizando variadas e repugnantes práticas de tortura denunciadas na escrita corrosiva do poeta:


“(...) E ao ritmo
da contradança de joelhos nus nem parece
que algures há cartilagens sangrando
a esfolar-se no chão das cadeias.”
21


“(...) Quietos
quatro horas seguidas
comodamente sentados numa cadeira
ao milésimo século de perguntas (...)


Mas...
não falamos!


Nossos
sorrisos moçambicanizados
previamente a carícias
de cacetadas.

E
as bocas inchadas
a sangue natural imitando o vermelho
torna autêntico este verso.”
22

A desprezível figura do torturador foi ilustrada por Malangatana, recebendo a alcunha de “Chico Feio, o espancador da PIDE”. A degradante personagem é mostrada em cenas de violência extrema contra os prisioneiros, violência motivada pela ditadura salazarista, revelando o ódio que os agentes possuíam pelos revolucionários, como em “O prisioneiro” e “A cela”. Na ilustração supracitada, em “Devoragem” e “Pavilhão da Cadeia da Manchava, espancamento”, Malangatana substitui os espíritos das religiosidades ancestrais. Os seres fantásticos como os xicuembos, lumpfanas e shetanis que vivem no imaginário fragmentado dos seus compatriotas, tornam-se imensas e assustadoras figuras híbridas, com olhares alucinados, garras e dentes afiados. São monstros materializados, do e no tempo presente, os agentes da PIDE. Como observou Julio Navarro: “sem perder a qualidade estética, pelo contrário, Malangatana começa a integrar no seu imaginário aquela ligação dos seus monstros (...) com o monstro real: o colonialismo”23.

Chico Feio, o espancador da PIDE

O prisioneiro

A cela

Devoragem

Pavilhão da Cadeia da Manchava, espancamento

Entretanto, a resistência à tortura é ilustrada por Malangatana em “Apoio moral aos espancados cela IV” e motivada por Craveirinha com impactantes versos a clamar a união e a afirmação dos moçambicanos, e a inverter a relação com o carcereiro:


“(...) E no sofrimento deste prédio
nós os presos e os que não foram presos
conseguimos o seguinte consenso:
– Voz de prisão aos carcereiros!”
24


“(...) Não sou luso-ultramarino
SOU MOÇAMBICANO!


Será suficiente esta confissão
sr. chefe dos cassetetes
da 2ª brigada?”
25


“(...) Pátria:
o nosso próprio receio
leva-nos ao cúmulo da fúria
mas ao carcereiro o próprio medo
fabrica para toda a polícia
o auge do desespero.”
26


O projeto de nação em sua poesia surge antes da participação na FRELIMO e da guerra colonial. Para Fátima Mendonça o Velho Cravo é “o primeiro escritor a apresentar o espaço geográfico moçambicano em termos de nação”27, e complementa afirmando que:


“O elemento de afirmação nacional que emerge, desde o início, da poesia de José Craveirinha, é pois gerado e produzido por um real definido e marcado, porventura apreendido pelo poeta numa fase em que a sua configuração não é perceptível a muitos: o poeta limitou-se a antecipar-se no tempo, captando e prevendo, assumindo-se finalmente como o ‘fabricante de vaticínios infalíveis’.”28


Portanto, a Pátria é cantada em várias formas, sendo motivo para agregar os moçambicanos sedentos por liberdade:


“(...) Mas
a arma da paixão mais secreta
dos filhos que amam a terra-mãe cem por cento (...)”
29


“(...) Este infinito sentimento
no recíproco amor a homem e mulher
para jamais nos esquecermos de vez
do amor dos amores mais amados
o amor chamado pátria!”
30


“(...) percorro este universo emigrando
diariamente no interior africano
deste território minha pátria
escondido no meu país.”
31


Malangatana Valente recorre aos sonhos para suportar as agruras do colonialismo em desenhos como “Sonho, nota de soltura” e “Sonho de prisioneiro, almofada de grilhetas”. Já José Craveirinha versa sobre o desejo de almoçar com a família em casa “depois do grande sonho conseguido”32. Sonho que somente se concretizaria em 25 de junho de 1975, com a efetiva participação dos dois artistas que viram Moçambique se tornar independente. Com isto, o livro Cela 1 foi publicado em 1980 e a série Desenhos de prisão foi exposta como parte das comemorações do 70º aniversário de Malangatana Valente em 2006, imortalizando em suas obras a terrível experiência do cárcere na luta contra o colonialismo.


Sonho, nota de soltura

Sonho de prisioneiro, almofada de grilhetas


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BALTAZAR, Rui. Sobre a poética de José Craveirinha. Via Atlântica, São Paulo, n. 5, p. 88-107, 2002.


BOSI, Alfredo. O ser e o tempo da poesia. São Paulo: Cultrix, 1977.


CANDIDO, Antonio. A literatura e a vida social. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.


CHABAL, Patrick. Vozes moçambicanas – literatura e nacionalidade. Coleção Palavra Africana. Lisboa: Editora Veja, 1994.


CHAVES, Rita. Angola e Moçambique: experiência colonial e territórios literários. São Paulo: Ateliê Editorial, 2005.


CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa: Edições 70, 1980.


FERREIRA, Manuel. O discurso no percurso africano 1. Lisboa: Plátano, 1989.


LEITE, Ana Mafalda. A fraternidade das palavras. Via Atlântica, São Paulo, n. 5, p. 20-28, 2002.

NAVARRO, Julio. Uma gula insaciável. Catálogo da exposição Malangatana: de Matalana a Matalana. Lisboa: Instituto Camões, 1999. p. 51.


SECCO, Carmen Lucia Tindó. A apoteose da palavra e do canto: a dimensão “neobarroca” da poética de José Craveirinha. Via Atlântica, São Paulo, n. 5, p. 40-51, 2002.



SECCO, Carmen Lucia Tindó. Craveirinha e Malangatana: cumplicidade e correspondência entre as artes. In: A magia das letras africanas: ensaios escolhidos sobre as Literaturas de Angola, Moçambique e alguns outros diálogos. Rio de Janeiro: ABE Graph Editora, 2003.


REFERÊNCIA INTERNET:
FUNDAÇÃO MÁRIO SOARES.
http://www.fmsoares.pt. Acesso em 26 de outubro de 2006.

NOTAS:

1 BOSI, Alfredo. O ser e o tempo da poesia. São Paulo: Cultrix, 1977. p. 143.
2 FERREIRA, Manuel. O discurso no percurso africano 1. Lisboa: Plátano, 1989. pp. 32-33.
3 CHAVES, Rita. José Craveirinha: a poesia em liberdade. In: Angola e Moçambique: experiência colonial e territórios literários. São Paulo: Ateliê Editorial, 2005. p. 139.
4 Idem, ibidem. p. 141.
5 CANDIDO, Antonio. A literatura e a vida social. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006. p. 35.
6 CHAVES, Rita. Entrevista: José Craveirinha. In: Angola e Moçambique: experiência colonial e territórios literários. São Paulo: Ateliê Editorial, 2005. pp. 241-242.
7 CHABAL, Patrick. Entrevista: Malangatana Valente. In: Vozes moçambicanas – literatura e nacionalidade. Coleção Palavra Africana. Lisboa: Editora Veja, 1994, pp. 207-208
8 CHABAL, Patrick. Entrevista: José Craveirinha. In: Vozes moçambicanas – literatura e nacionalidade. Coleção Palavra Africana. Lisboa: Editora Veja, 1994. pp. 99-100.
9 SECCO, Carmen Lucia Tindó. A apoteose da palavra e do canto: a dimensão “neobarroca” da poética de José Craveirinha. Via Atlântica, São Paulo, n. 5, p. 45, 2002.
10 CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa: Edições 70, 1980. p. 73.
11 Idem, ibidem, p. 15.
12 BALTAZAR, Rui. Sobre a poética de José Craveirinha. Via Atlântica, São Paulo, n. 5, 2002, p. 100.
13 CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa: Edições 70, 1980. p. 47.
14 FUNDAÇÃO MÁRIO SOARES. http://www.fmariosoares.pt. Acesso em 26 de outubro de 2006.
15 SECCO, Carmen Lucia Tindó. Craveirinha e Malangatana: cumplicidade e correspondência entre as artes. In: A magia das letras africanas: ensaios escolhidos sobre as Literaturas de Angola, Moçambique e alguns outros diálogos. Rio de Janeiro: ABE Graph Editora, 2003, p. 226.
16 CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa: Edições 70, 1980. p. 84.
17 Idem, ibidem, p. 76.
18 Idem, ibidem, p. 73.
19 Idem, ibidem, p. 68.
20 Idem, ibidem, p. 49.
21 Idem, ibidem, p. 10.
22 CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa: Edições 70, 1980. p. 14
23 NAVARRO, Julio. Uma gula insaciável. Catálogo da exposição Malangatana: de Matalana a Matalana. Lisboa: Instituto Camões, 1999. p. 51.
24 CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa: Edições 70, 1980. p. 72.
25 CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa: Edições 70, 1980. p. 38.
26 Idem, ibidem, p. 28.
27 MENDONÇA, Fátima. O conceito de nação em José Craveirinha, Rui Knopfli e Sérgio Vieira. Via Atlântica, São Paulo, n. 5, 2002, p. 54.
28 Idem, ibidem, p. 54.
29 CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa: Edições 70, 1980. p. 17.
30 Idem, ibidem, p. 21.
31 Idem, ibidem, p. 81.
32 CRAVEIRINHA, José. Cela 1. Lisboa: Edições 70, 1980. p. 35.

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