Grupo emociona com finas releituras da obra de Vandré
Ontem assisti ao show do ótimo e quase quarentão grupo Quinteto Violado, no Teatro Nelson Rodrigues/RJ. Neste espetáculo o Quinteto homenageia a obra consistente do lendário Geraldo Vandré, nome fundamental da música brasileira durante o período de trevas da ditadura. Para quem não se lembra, Vandré é o compositor da fortíssima e hino contra a repressão: “Pra não dizer que não falei das flores”.
O Quinteto Violado (http://www.quintetoviolado.com.br/) é um grupo formado em Recife/PE que está em atividade desde 1971, tendo caracterizado suas composições com um minucioso trabalho de resgate das tradições folclóricas nordestinas incorporando elementos da música erudita, criando arranjos refinados e respeitados pela crítica, artistas e uma legião, pequena, porém fiel de fãs.
A aproximação do grupo com a obra e com o próprio Geraldo Vandré começou no início dos anos 1970. O conjunto que acompanhava Vandré, o Quarteto Novo, serviu de inspiração para o Quinteto Violado, além do contato entre Marcelo Melo – cantor e violinista do QV – com Vandré. A admiração é tamanha pelo trabalho de Vandré que originou o álbum “Quinteto canta Vandré”, lançado em 1997, responsável pela maior parte do repertório do show.
Nesta curta temporada, somente até domingo, o Quinteto Violado aproveita para apresentar composições de outros artistas recriados com mestria pelo grupo, como as músicas “O ciúme” de Caetano Veloso e “Asa Branca” de Luiz Gonzaga, e diversos arranjos instrumentais de altíssima qualidade que fizeram a fama deste peculiar conjunto.
“Quinteto Violado canta Geraldo Vandré” trata-se de um show emocionante por revisitar as belas letras de Vandré com intensa conotação social e lirismo, em arranjos inspiradíssimos do grupo. A importância do show deve-se ao fato de apresentar a diversidade do trabalho de Vandré, mostrando-o como um compositor que ia muito além do clássico “Para não dizer que não falei das flores”, o que pode ser comprovado em músicas como “Disparada” e “Na terra como no céu”, e que já tinha como proposta um som de cariz nordestino, o que o Quinteto Violado explora com a ousadia que poucos grupos teriam.
Esta pequena temporada vale para revermos o Quinteto Violado no Rio de Janeiro e reafirmarmos a excelência do grupo. Serão apenas mais duas apresentações para o público carioca deslumbrar-se com a miscelânea ousada e de extrema criatividade deste conjunto, que sempre fez uma música de apuro técnico, alta sensibilidade e devoção pelos ritmos nacionais sem jamais se render às imposições do mercado fonográfico. Um caso raro no meio artístico brasileiro. “Quinteto Violado canta Geraldo Vandré”, um show imperdível e para ficar pendurado em um quadro na parede da memória.
Ricardo Riso
Quinteto Violado canta Geraldo Vandré
Teatro Nelson Rodrigues – Caixa Cultural
Av. Chile, 230 – Anexo – Centro
Sexta a domingo, de 30 de janeiro a 1º de fevereiro, às 19h30
Ontem assisti ao show do ótimo e quase quarentão grupo Quinteto Violado, no Teatro Nelson Rodrigues/RJ. Neste espetáculo o Quinteto homenageia a obra consistente do lendário Geraldo Vandré, nome fundamental da música brasileira durante o período de trevas da ditadura. Para quem não se lembra, Vandré é o compositor da fortíssima e hino contra a repressão: “Pra não dizer que não falei das flores”.
O Quinteto Violado (http://www.quintetoviolado.com.br/) é um grupo formado em Recife/PE que está em atividade desde 1971, tendo caracterizado suas composições com um minucioso trabalho de resgate das tradições folclóricas nordestinas incorporando elementos da música erudita, criando arranjos refinados e respeitados pela crítica, artistas e uma legião, pequena, porém fiel de fãs.
A aproximação do grupo com a obra e com o próprio Geraldo Vandré começou no início dos anos 1970. O conjunto que acompanhava Vandré, o Quarteto Novo, serviu de inspiração para o Quinteto Violado, além do contato entre Marcelo Melo – cantor e violinista do QV – com Vandré. A admiração é tamanha pelo trabalho de Vandré que originou o álbum “Quinteto canta Vandré”, lançado em 1997, responsável pela maior parte do repertório do show.
Nesta curta temporada, somente até domingo, o Quinteto Violado aproveita para apresentar composições de outros artistas recriados com mestria pelo grupo, como as músicas “O ciúme” de Caetano Veloso e “Asa Branca” de Luiz Gonzaga, e diversos arranjos instrumentais de altíssima qualidade que fizeram a fama deste peculiar conjunto.
“Quinteto Violado canta Geraldo Vandré” trata-se de um show emocionante por revisitar as belas letras de Vandré com intensa conotação social e lirismo, em arranjos inspiradíssimos do grupo. A importância do show deve-se ao fato de apresentar a diversidade do trabalho de Vandré, mostrando-o como um compositor que ia muito além do clássico “Para não dizer que não falei das flores”, o que pode ser comprovado em músicas como “Disparada” e “Na terra como no céu”, e que já tinha como proposta um som de cariz nordestino, o que o Quinteto Violado explora com a ousadia que poucos grupos teriam.
Esta pequena temporada vale para revermos o Quinteto Violado no Rio de Janeiro e reafirmarmos a excelência do grupo. Serão apenas mais duas apresentações para o público carioca deslumbrar-se com a miscelânea ousada e de extrema criatividade deste conjunto, que sempre fez uma música de apuro técnico, alta sensibilidade e devoção pelos ritmos nacionais sem jamais se render às imposições do mercado fonográfico. Um caso raro no meio artístico brasileiro. “Quinteto Violado canta Geraldo Vandré”, um show imperdível e para ficar pendurado em um quadro na parede da memória.
Ricardo Riso
Quinteto Violado canta Geraldo Vandré
Teatro Nelson Rodrigues – Caixa Cultural
Av. Chile, 230 – Anexo – Centro
Sexta a domingo, de 30 de janeiro a 1º de fevereiro, às 19h30
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