Clássicos Africanos Restaurados
Cinema
03 a 08 de março de 2009
O cinema africano, em destaque na última edição do Festival de Berlim, constitui uma das mais belas e sensíveis cinematografias do mundo. É um cinema que, à parte de todas as mazelas políticas e sociais que envolvem aquele grande continente, consegue superar as dificuldades mais imediatas e fazer, de forma leve e poética, um verdadeiro libelo à liberdade de expressão e à aceitação das diferenças. Esta mostra, uma parceria com a Embaixada da França e sua Cinemateca, apresenta, em sessões únicas e exclusivas, 16 filmes – entre curtas, média e longas-metragens - de grandes cineastas africanos, restaurados pela Cinémathèque Afrique, entidade que incentiva a produção e a difusão cinematográfica na África e que faz parte do CulturesFrance, órgão de promoção e cooperação cultural francês.
Apoio: Cinemateca da Embaixada da França
Censura: 14 anos
3 terça
19h30 – E não havia mais neve... (22min) + Jom ou a História de um povo (76min)
4 quarta
17h30 – Os combatentes africanos da Grande Guerra (82min)
19h30 – Cartas camponesas (98min)
5 quinta
17h30 – Finzan (105min)
19h30 – Bako, a outra margem (109min)
6 sexta
17h30 – Taafe Fanga, Poder de saia (103min)
19h30 – Safrana, ou o Direito à palavra (121min)
7 sábado
19h30 – África sobre o Sena (21min) + Paris é bonita (23min) + Os príncipes negros de Saint-Germain-des-Près (14min)
8 domingo
16h - Tabataba (79min)
18h – Fad,Jal (113min)
20h – Fary L’Anesse (21min) + O regresso de um aventureiro (34min) + Os cowboys são negros (15min)
Cinema
03 a 08 de março de 2009
O cinema africano, em destaque na última edição do Festival de Berlim, constitui uma das mais belas e sensíveis cinematografias do mundo. É um cinema que, à parte de todas as mazelas políticas e sociais que envolvem aquele grande continente, consegue superar as dificuldades mais imediatas e fazer, de forma leve e poética, um verdadeiro libelo à liberdade de expressão e à aceitação das diferenças. Esta mostra, uma parceria com a Embaixada da França e sua Cinemateca, apresenta, em sessões únicas e exclusivas, 16 filmes – entre curtas, média e longas-metragens - de grandes cineastas africanos, restaurados pela Cinémathèque Afrique, entidade que incentiva a produção e a difusão cinematográfica na África e que faz parte do CulturesFrance, órgão de promoção e cooperação cultural francês.
Apoio: Cinemateca da Embaixada da França
Censura: 14 anos
3 terça
19h30 – E não havia mais neve... (22min) + Jom ou a História de um povo (76min)
4 quarta
17h30 – Os combatentes africanos da Grande Guerra (82min)
19h30 – Cartas camponesas (98min)
5 quinta
17h30 – Finzan (105min)
19h30 – Bako, a outra margem (109min)
6 sexta
17h30 – Taafe Fanga, Poder de saia (103min)
19h30 – Safrana, ou o Direito à palavra (121min)
7 sábado
19h30 – África sobre o Sena (21min) + Paris é bonita (23min) + Os príncipes negros de Saint-Germain-des-Près (14min)
8 domingo
16h - Tabataba (79min)
18h – Fad,Jal (113min)
20h – Fary L’Anesse (21min) + O regresso de um aventureiro (34min) + Os cowboys são negros (15min)
África sobre o Sena (Afrique Sur Seine,Senegal, 1957). De Mamadou Sarr e Paulin Vieyra. P&B. 21min.
A África está na África sobre as margens do Sena ou no Quartier Latin? Interrogações "meio-amargas" de uma geração de artistas e estudantes a procura de sua civilização, sua cultura e seu futuro. Dia 07.
Bako, a Outra Margem (Bako, L'autre Rive, Mali/França, 1978). De Jacques Champreux, Cor. 109min. A lenta imersão na miséria, o desprezo e, por vezes, a morte por que passam milhares de homens deslumbrados pela miragem de "Bako", palavra bambara que significa "a outra margem", utilizada pelos imigrantes nordestinos do Mali para designar a França. Dia 05.
Os combatentes africanos da Grande Guerra (Les combattants africains de la Grande Guerre, África/França, 1983). De Laurent Dussaux. P&B. 82min. Constituído de documentários rodados no Senegal e em Burkina Fasso e de documentos de arquivos, este filme propõe um novo olhar da história, por meio de testemunhos de ex-combatentes sobreviventes e registros históricos e raros, como o embarque das tropas em Dakar, a travessia até a França e a vida nas trincheiras. Dia 04.
Os Cowboys São Negros (Les Cow-Boys Sont Noirs, França, 1966). De Serge-Henri Moati. P&B, 15min. Moustapha Alassane, cineasta nigeriano, realizou “O Regresso de um Aventureiro”, primeiro western africano. Este filme conta a historia da gravação deste filme de ação e de amor e mostra-nos como é tênue a fronteira entre a realidade e a ficção, o cinema e a vida. Dia 08.
Crônica Camponesa (Lettre Paysanne, Senegal, 1975). De Safi Faye. P&B. 98min. Serigne Ibra, um camponês abastado e mau caráter, decide se casar. Sua futura esposa deve possuir beleza perfeita e não ter nenhuma cicatriz. Mas, segundo Ibra, as mulheres de sua aldeia não correspondem aos seus critérios de escolha.
Um dia, uma jovem belíssima de passado misterioso aparece... Dia 04.
E Não Havia Mais Neve... (Et la Neige n'etait plus..., França/Senegal, 1965) . De Ababacar Samb Makharam. P&B. 22 min. Um jovem bolseiro senegalês regressa da França. O que ele aprendeu? O que ele esqueceu? Que caminho ele irá escolher para o contato com as novas realidades africanas? Os problemas que se colocam na juventude africana expostos com franqueza, coragem e humor. Dia 03.
Fad, Jal (Senegal, 1979). De Safi Faye. Cor. 113min. Fad,Jal é a crônica de um povoado sérère da região do cultivo do amendoim no Senegal. Os aldeões testemunham, através da fala dos anciãos, a história do povoado transmitida pela tradição oral, e sobre as dificuldades que eles têm para explorar sua terra e para se alimentar de sua produção. Dia 08.
A África está na África sobre as margens do Sena ou no Quartier Latin? Interrogações "meio-amargas" de uma geração de artistas e estudantes a procura de sua civilização, sua cultura e seu futuro. Dia 07.
Bako, a Outra Margem (Bako, L'autre Rive, Mali/França, 1978). De Jacques Champreux, Cor. 109min. A lenta imersão na miséria, o desprezo e, por vezes, a morte por que passam milhares de homens deslumbrados pela miragem de "Bako", palavra bambara que significa "a outra margem", utilizada pelos imigrantes nordestinos do Mali para designar a França. Dia 05.
Os combatentes africanos da Grande Guerra (Les combattants africains de la Grande Guerre, África/França, 1983). De Laurent Dussaux. P&B. 82min. Constituído de documentários rodados no Senegal e em Burkina Fasso e de documentos de arquivos, este filme propõe um novo olhar da história, por meio de testemunhos de ex-combatentes sobreviventes e registros históricos e raros, como o embarque das tropas em Dakar, a travessia até a França e a vida nas trincheiras. Dia 04.
Os Cowboys São Negros (Les Cow-Boys Sont Noirs, França, 1966). De Serge-Henri Moati. P&B, 15min. Moustapha Alassane, cineasta nigeriano, realizou “O Regresso de um Aventureiro”, primeiro western africano. Este filme conta a historia da gravação deste filme de ação e de amor e mostra-nos como é tênue a fronteira entre a realidade e a ficção, o cinema e a vida. Dia 08.
Crônica Camponesa (Lettre Paysanne, Senegal, 1975). De Safi Faye. P&B. 98min. Serigne Ibra, um camponês abastado e mau caráter, decide se casar. Sua futura esposa deve possuir beleza perfeita e não ter nenhuma cicatriz. Mas, segundo Ibra, as mulheres de sua aldeia não correspondem aos seus critérios de escolha.
Um dia, uma jovem belíssima de passado misterioso aparece... Dia 04.
E Não Havia Mais Neve... (Et la Neige n'etait plus..., França/Senegal, 1965) . De Ababacar Samb Makharam. P&B. 22 min. Um jovem bolseiro senegalês regressa da França. O que ele aprendeu? O que ele esqueceu? Que caminho ele irá escolher para o contato com as novas realidades africanas? Os problemas que se colocam na juventude africana expostos com franqueza, coragem e humor. Dia 03.
Fad, Jal (Senegal, 1979). De Safi Faye. Cor. 113min. Fad,Jal é a crônica de um povoado sérère da região do cultivo do amendoim no Senegal. Os aldeões testemunham, através da fala dos anciãos, a história do povoado transmitida pela tradição oral, e sobre as dificuldades que eles têm para explorar sua terra e para se alimentar de sua produção. Dia 08.
Fary L’Anesse (Senegal, 1989). De Mansour Sora Wade. Cor. 21min. Ngor e Coumba moram num vilarejo árido no Senegal. Há dois anos Ngor deseja esposar Coumba, mas, uma vez mais, a colheita anual foi ruim: as chuvas irregulares não foram favoráveis para que a colheita do amendoim, única cultura herdada da colonização, proporcionasse ganho suficiente para o casamento. Dia 08.
Finzan (Mali, 1989). De Mali Cheick Oumar Sissoko. Cor. 105 min. Este filme confronta as tradições patriarcais do Mali, incluindo a controversa questão da circuncisão feminina. A viúva recente Nanyuma se sente livre do tratamento cruel de seu falecido marido. Ela sai da aldeia com sua sobrinha Fili, mas é eventualmente forçado a regressar. Nanyuma percebe que sua única chance de reclamar a sua própria liberdade será abandonando a comunidade. Dia 05.
Jom ou a História de um Povo (Jom ou l'Histoire d'un Peuple. Senegal, 1981). De Ababacar Samb Makharam. Cor. 76min. O Jom é a origem de todas as virtudes, a dignidade, a coragem, uma certa beleza do gesto, a fidelidade do compromisso, o respeito pelo outro e por si mesmo. Klaly, o feiticeiro africano, encarnação da memória africana, atravessa as épocas para ser uma testemunha da resistência à opressão: a que opõe o colonizador ao povo escravizado, o senhor ao criado, o patrão aos operários. Dia 03.
Paris é Bonita (Paris c'est joli, Nigeria, 1974). De Inoussa Ousseini. Cor. 23min. Um jovem africano chega à França clandestinamente. Em 24 horas ele será enganado e destituído de seus poucos bens. Mesmo assim, após uma noite na capital francesa e apesar de toda sua família ter ficado na África, ele envia uma carta em que escreve "Paris é bonita". Dia 07.
Os Príncipes Negros de Saint-Germain-de-Près (Les Princes Noirs de Saint Germain de Près, Senegal, 1975). De Ben Diogaye Beye. Cor. 14min. Nas esplanadas de Saint-Germain-de-Près, as jovens brancas que procuram exotismo são as preferidas de efebos elegantes e pretensiosos. A imaginação deles nunca é pouca para entreter e convencer as suas crédulas conquistas. Momentaneamente sem dinheiro, eles não serão ao menos "príncipes" vindos de lendários reinados? Dia 07.
O Regresso de um Aventureiro (Le Retour d'un Aventurier, Nigéria, 1966). De Moustapha Alassane. Cor. 34 min. De regresso de uma viagem aos Estados Unidos, um jovem nigeriano oferece aos amigos da sua aldeia equipamentos de cowboys. A gangue vai perturbar a vida da aldeia e vai transformá-la numa cidade do velho oeste americano. Dia 08.
Safrana, ou o Direito à Palavra (Safrana, ou le Droi à la Parole, França, 1978). De Sidney Sokhona. P&B. 121min. Quatro trabalhadores imigrantes africanos decidem abandonar Paris para frequentar estágios de agricultura numa região rural francesa e depois tentar uma reinserção no seu país de origem. Dia 06.
Taafe Fanga, Poder de Saia (Taafe Fanga, Pouvoir de Pagne, Mali, 1997). De Adama Drabo. Cor. 103min. O ilustre feiticeiro africano Sidiki Diabaté nos convida para a falésia de Bandiagara, ao passado do povo Dogon . L'Albarga, a máscara dos espíritos da falésia, símbolo de poder, cai nas mãos de Yayème, uma adolescente, e provoca uma desordem em Yanda. As mulheres trocam a saia pelas calças dos homens. Maldição? Castigo Divino? O poder das mulheres se instala. A nova ordem resistirá a todas as contradições? Dia 06.
Tabataba (Madagascar, 1987). De Raymond Rajaonarivelo. P&B. 79min.
Em 1947, os habitantes da aldeia de Tanala na costa Este de Madagáscar, participam de revoltas na grande revolta contra a colonização francesa. A história da insurreição e da sua repressão é vencida através dos olhos de Solo, jovem rapaz para quem a vida quotidiana e a infância não serão nunca transtornadas. Dia 08.
Finzan (Mali, 1989). De Mali Cheick Oumar Sissoko. Cor. 105 min. Este filme confronta as tradições patriarcais do Mali, incluindo a controversa questão da circuncisão feminina. A viúva recente Nanyuma se sente livre do tratamento cruel de seu falecido marido. Ela sai da aldeia com sua sobrinha Fili, mas é eventualmente forçado a regressar. Nanyuma percebe que sua única chance de reclamar a sua própria liberdade será abandonando a comunidade. Dia 05.
Jom ou a História de um Povo (Jom ou l'Histoire d'un Peuple. Senegal, 1981). De Ababacar Samb Makharam. Cor. 76min. O Jom é a origem de todas as virtudes, a dignidade, a coragem, uma certa beleza do gesto, a fidelidade do compromisso, o respeito pelo outro e por si mesmo. Klaly, o feiticeiro africano, encarnação da memória africana, atravessa as épocas para ser uma testemunha da resistência à opressão: a que opõe o colonizador ao povo escravizado, o senhor ao criado, o patrão aos operários. Dia 03.
Paris é Bonita (Paris c'est joli, Nigeria, 1974). De Inoussa Ousseini. Cor. 23min. Um jovem africano chega à França clandestinamente. Em 24 horas ele será enganado e destituído de seus poucos bens. Mesmo assim, após uma noite na capital francesa e apesar de toda sua família ter ficado na África, ele envia uma carta em que escreve "Paris é bonita". Dia 07.
Os Príncipes Negros de Saint-Germain-de-Près (Les Princes Noirs de Saint Germain de Près, Senegal, 1975). De Ben Diogaye Beye. Cor. 14min. Nas esplanadas de Saint-Germain-de-Près, as jovens brancas que procuram exotismo são as preferidas de efebos elegantes e pretensiosos. A imaginação deles nunca é pouca para entreter e convencer as suas crédulas conquistas. Momentaneamente sem dinheiro, eles não serão ao menos "príncipes" vindos de lendários reinados? Dia 07.
O Regresso de um Aventureiro (Le Retour d'un Aventurier, Nigéria, 1966). De Moustapha Alassane. Cor. 34 min. De regresso de uma viagem aos Estados Unidos, um jovem nigeriano oferece aos amigos da sua aldeia equipamentos de cowboys. A gangue vai perturbar a vida da aldeia e vai transformá-la numa cidade do velho oeste americano. Dia 08.
Safrana, ou o Direito à Palavra (Safrana, ou le Droi à la Parole, França, 1978). De Sidney Sokhona. P&B. 121min. Quatro trabalhadores imigrantes africanos decidem abandonar Paris para frequentar estágios de agricultura numa região rural francesa e depois tentar uma reinserção no seu país de origem. Dia 06.
Taafe Fanga, Poder de Saia (Taafe Fanga, Pouvoir de Pagne, Mali, 1997). De Adama Drabo. Cor. 103min. O ilustre feiticeiro africano Sidiki Diabaté nos convida para a falésia de Bandiagara, ao passado do povo Dogon . L'Albarga, a máscara dos espíritos da falésia, símbolo de poder, cai nas mãos de Yayème, uma adolescente, e provoca uma desordem em Yanda. As mulheres trocam a saia pelas calças dos homens. Maldição? Castigo Divino? O poder das mulheres se instala. A nova ordem resistirá a todas as contradições? Dia 06.
Tabataba (Madagascar, 1987). De Raymond Rajaonarivelo. P&B. 79min.
Em 1947, os habitantes da aldeia de Tanala na costa Este de Madagáscar, participam de revoltas na grande revolta contra a colonização francesa. A história da insurreição e da sua repressão é vencida através dos olhos de Solo, jovem rapaz para quem a vida quotidiana e a infância não serão nunca transtornadas. Dia 08.
CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL
Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Rio de Janeiro - RJ
Fonte: e-mail do Universidarte com a programação do Centro Cultural Banco do Brasil, enviado em 20/02/2009.
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