segunda-feira, 29 de março de 2010

Concorra a Curso e Palestra gratuitas no I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades

Concorra a curso gratuito
Os 10 primeiros leitores que enviarem um e-mail com nome completo, nº da identidade e nº de telefone para promocoes@africaeafricanidades.com.br respondendo corretamente à pergunta "Em que edição foram entrevistados os músicos e percussionistas, o brasileiro Alexandre Garnizé e o moçambicano Matchume Zango?", ganharão gratuidade no curso O Negro na História e na Sociedade Brasileira, o resultado da promoção será divulgado no site da revista, no dia 31/03/2010

Concorra a palestra gratuita
Os 10 primeiros leitores que enviarem um e-mail com nome completo, nº da identidade e nº de telefone para promocoes@africaeafricanidades.com.br respondendo corretamente à pergunta "Em que edição foi entrevistada a escritora de Literatura Infanto-Juvenil Sonia Rosa?", ganharão gratuidade na Palestra Literatura Infantil e o Encantamento dos Personagens Negros, o resultado da promoção será divulgado no site da revista no dia 31/03/2010

Melhores informações no site da revista.

Atenciosamente,
Ricardo Riso

domingo, 28 de março de 2010

REVISTA ÁFRICA E AFRICANIDADES - NOVO ENDEREÇO

Prezados(as),

a revista acadêmica África e Africanidades está com novo endereço, agora devemos acrescentar o .br:


Atenciosamente,
Ricardo Riso

I CICLO DE ENCONTROS DA REVISTA ÁFRICA E AFRICANIDADES - PALESTRA CANCELADA

Prezados(as),

Infelizmente, a palestra Mulheres Negras no Mercado de Trabalho: estudo de caso em três empresas brasileiras não poderá ser realizada no próximo dia 05 de abril, uma vez que as inscrições confirmadas para a mesma foram em número insuficiente para cobrir os custos de sua realização.

Esperamos que a mesma possa ser oferecida no segundo semestre quando pretendemos realizar novas atividades.
 
Abraços,
Ricardo Riso

sexta-feira, 26 de março de 2010

I CICLO DE ENCONTROS DA REVISTA ÁFRICA E AFRICANIDADES - Palestra: Cotidiano e resistência na transição do trabalho escravo para o trabalho livre. Palestrante: Alejandra Estevez. Dia 12/04, 11h às 12h30


Prezados,
nossa revista realizará o seu I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades, com palestras e minicursos abordando temáticas que se destacaram ao longo das nossas edições.
As atividades serão realizadas nos dias 05 e 12 de abril de 2010, no Largo de São Francisco de Paula, 34 - 5º andar - Centro - RJ, e as inscrições só poderão ser feitas no site da revista. Para efetuar sua inscrição, clique aqui.
Peço a todos ajuda na divulgação.
Abraços,
Ricardo Riso

I CICLO DE ENCONTROS DA REVISTA ÁFRICA E AFRICANIDADES - Palestra Griots: Ancestralidade e Memória. Palestrantes Antônio Krisnas, Getúlio Cortes e Zezzynho Andrade. Dia 12/04, 17 às 18h


(clique na imagem para ampliá-la)
Prezados,

nossa revista realizará o seu I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades, com palestras e minicursos abordando temáticas que se destacaram ao longo das nossas edições.

As atividades serão realizadas nos dias 05 e 12 de abril de 2010, no Largo de São Francisco de Paula, 34 - 5º andar - Centro - RJ, e as inscrições só poderão ser feitas no site da revista. Para efetuar sua inscrição, clique aqui.

Peço a todos ajuda na divulgação.

Abraços,
Ricardo Riso

sábado, 20 de março de 2010

I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades - Palestra Erotismo e Consciência Social na poesia e na pintura cabo-verdiana, por Lucimar F. Ribeiro e Giselly P. Carvalho


Prezados,
nossa revista realizará o seu I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades, com palestras e minicursos abordando temáticas que se destacaram ao longo das nossas edições.
As atividades serão realizadas nos dias 05 e 12 de abril de 2010, no Largo de São Francisco de Paula, 34 - 5º andar - Centro - RJ, e as inscrições só poderão ser feitas no site da revista. Para efetuar sua inscrição, clique aqui.
Peço a todos ajuda na divulgação.
Abraços,
Ricardo Riso

quinta-feira, 18 de março de 2010

Seló - Página dos Novíssimos, por Ricardo Riso (Semanário A Nação 133, de 18 a 24/03/2010)



Por Ricardo Riso
*artigo publicado no semanário cabo-verdiano A Nação nº 133, de 18 a 24/03/2010, página 14. 
O século XX determinou mudanças cruciais nas relações entre as metrópoles europeias e as colônias africanas. A urgência da libertação desses países sedimentou-se ao longo das décadas, acompanhando a evolução de um sentimento nacional opositor à injustificável tirania colonizadora. Tais eventos mobilizaram diversas camadas sociais, logo a vocação libertária da poesia impôs aos poetas participação ativa na desintegração do sistema opressor.
Em Cabo Verde a consciencialização dos escritores alvoreceu com a revista Claridade (1936). Em seguida, o já insustentável colonialismo exigiu radicalização e comprometimento com o nacionalismo por parte dos poetas, nascia a revista Certeza (1944). Enquanto isso, a PIDE, a polícia salazarista, tentava dizimar as manifestações subversivas.
A resistência ao regime organizou-se e sob a iluminada liderança de Amílcar Cabral surgia o PAIGC, em 1953. Sucessivas independências espalharam-se pelo continente, antes de findar esse decênio o Suplemento Cultural (1958) e o Boletim dos Alunos do Liceu Gil Eanes (1959) estremeciam os pilares lusos nas ilhas.
Embora a ditadura salazarista não aceitasse as evidências do anacronismo colonial e recrudescesse a violência, o brilho da liberdade urgia e atraía jovens poetas para se tornarem atores da História. Assim, em Mindelo, Ilha de São Vicente, com apenas duas edições e quatro páginas do jornal Notícias de Cabo Verde irradiavam as viscerais palavras formadoras de Seló – Página dos Novíssimos, em 1962.
Três nomes marcariam a literatura do país despontaram em Seló: Mário Fonseca, Osvaldo Osório e Arménio Vieira. De acordo com Osório, seló era a forma como se anunciava a chegada de algum barco nos portos da Ilha da Brava. Bela metáfora do passado das naus portuguesas e seus dissabores, pois Seló trazia o desejo contínuo, inquestionável e legítimo da libertação, e “a necessidade de protestar e dar alarme” às agruras que assolavam as ilhas.
Além dos poetas citados, completam a edição inaugural Rolando Martins e Jorge Miranda Alfama. Este narra em “Carta” um comovente pedido para que o emigrante “não negues o destino da tua terra”, apesar do desespero que o levou a partir diante do “esboço de vida nas ilhas”. Este em diálogo com o poema “Holanda” de Osório, retrata a esperança do emigrante na terra longe: “Chegamos com barcos guildas nos olhos e desejos de vencer (...) e poremos todo o nosso esforço”. Para quem fica, a miséria causada pela fome é repudiada no expressionismo voraz de Mário Fonseca: “Gargalhadas de escárneo/ Rasgando / Até as comissuras dos lábios”. Imagens inusitadas e o tom apocalíptico surpreendem em “Advento” de Martins, pois “Na hora crepuscular uma estrela cortaria o alumbramento dos céus / hossanas e maldições, blasfémias e orações negariam o silêncio / Coros incorpóreos seriam o eco do anúncio da Hora”.
Em 28/08/62 a derradeira edição foi publicada, acrescida de Arménio Vieira e da bem-vinda presença feminina de Maria Margarida Mascarenhas. Esta comparece com um conto que narra dificuldades várias, o desencanto apodera-se em “O destino de Egídio”: “Abandonar uma esperança para agarrar uma vaga promessa, isso indefinidamente?” O metafórico “Poema” de Vieira renega o passado colonial, “Não o mar azul/ de caravelas ao largo/ e marinheiros valentes”, para revelar a sua “revolta contida (...) Mar! do não-repartido/ e do sonho afrontado”.
O característico compromisso social de Fonseca e a defesa inexorável dos desfavorecidos iluminam-se no poema “Estrangeiros” com a simples troca do pronome em um verbo: “Lá vão eles! Vedê-os! Vedê-nos!”. A denúncia social também é a tônica do misterioso conto “O Segredo” de Osório.
Seló – Página dos Novíssimos marcou o seu tempo e deixou seu legado às gerações posteriores. Deve-se parabenizar a iniciativa do Instituto Caboverdiano do Livro e do Disco pela edição facsimilada e pelo cuidadoso texto de Maria Lucia Lepecki. Trata-se de uma bela e justa homenagem à literatura de Cabo Verde.

I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades, Palestra Cultura Hip Hop, palestrante Roberto de Oliveira

Prezados,

nossa revista realizará o seu I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades, com palestras e minicursos abordando temáticas que se destacaram ao longo das nossas edições.
As atividades serão realizadas nos dias 05 e 12 de abril de 2010, no Largo de São Francisco de Paula, 34 - 5º andar - Centro - RJ, e as inscrições só poderão ser feitas no site da revista. Para efetuar sua inscrição, clique aqui.
Peço a todos ajuda na divulgação.
Abraços,
Ricardo Riso

quarta-feira, 17 de março de 2010

I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades - 5 e 12/04/2010, Palestra Brinquedos Cantados de Matriz Africana, por Denise Guerra


Prezados,
nossa revista realizará o seu I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades, com palestras e minicursos abordando temáticas que se destacaram ao longo das nossas edições.
As atividades serão realizadas nos dias 05 e 12 de abril de 2010, no Largo de São Francisco de Paula, 34 - 5º andar - Centro - RJ, e as inscrições só poderão ser feitas no site da revista. Para efetuar sua inscrição, clique aqui.
Peço a todos ajuda na divulgação.
Abraços,
Ricardo Riso

África e africanidades - Construções identitárias


África e africanidades - Construções identitárias
por Alexandre Amorim

Durante o ano passado, o músico e escritor Chico Buarque declarou sua repulsa por uma parte da população brasileira que busca suas origens europeias e se esquece de suas origens africanas. De fato, a consulta feita pelo IBGE em 1999 traz 54% de brasileiros declarando-se brancos, enquanto 45% se dizem negros ou pardos. Ou seja, em um país colonizado por europeus que foram buscar a força de trabalho majoritariamente nos escravos africanos, a miscigenação dos dois grupos ainda é um tabu. O compositor de olhos cor de ardósia reclamava do preconceito que tenta esconder uma realidade que deveria ser, ao contrário, comemorada: a influência negra no Brasil é fator essencial para o desenvolvimento da nossa cultura, diversa e ao mesmo tempo abrangente.

A revista África e Africanidades, online desde maio de 2008, vem mostrando como lutar contra esse preconceito apresentando artigos, resenhas e entrevistas de qualidade. Centrada principalmente nas áreas cultural e pedagógica, a revista se dedica a temas africanos, afro-brasileiros e afro-latinos. A maioria dos artigos é escrita por acadêmicos de áreas como literatura, antropologia e pedagogia e traz assuntos que ainda podem ser considerados tabu ou inusitados, como: o funk carioca deve ser ligado à cultura ou ao crime? Exu pode ser visto como um símbolo pós-moderno? A origem do tango pode ser traçada desde a África?

O objetivo da revista é promover “a reflexão e o debate acadêmico e pedagógico sobre temas como a história da escravidão, relações raciais e os complexos processos de construção identitária”. A africanidade inerente ao brasileiro está em cada espaço, discutida em cada parágrafo dos textos.

O periódico, que não está preso a nenhuma instituição de ensino ou de qualquer iniciativa pública ou privada, é trimestral e gratuito, graças à iniciativa de professores, pesquisadores, estudantes, técnicos e especialistas. A composição central do site se divide em quatro partes: o Espaço Acadêmico – artigos, resenhas e relatórios de pesquisa; a seção África e Africanidades na Sala de Aula – dedicado a alunos e professores da Educação Básica; as Colunas, que pretendem informar e entreter sobre diversos temas, como direito, finanças, cinema, saúde e comportamento; e um catálogo de fontes de pesquisa: museus, centros culturais e bibliotecas.

Os temas abordados nas seções se espalham também por outros espaços da revista: além do menu da revista, existe um acesso por áreas temáticas, divididas em Culturas, Educação, Histórias, Literaturas e Sociedades. Essa divisão parece acontecer mais por uma questão prática do que ideológica ou filosófica, já que os temas podem se confundir entre as áreas propostas. A divisão, portanto, tem a intenção de ajudar, e segue a ideia de que um mesmo assunto pode ser procurado em áreas distintas. No tema Sociedade, por exemplo, achamos textos culturais como um ensaio sobre a multimídia em Heitor dos Prazeres ou filmes sobre os Panteras Negras e Malcolm X. Esse modo de busca se mostra funcional mesmo quando o assunto se torna específico, como a educação afro-indígena.

Um grande trunfo da revista é ter organizado sua capa (a tela principal) com os assuntos relativos àquela edição, mas trazer também, em suas opções de menu, todos os arquivos já publicados. Além disso, a boa distribuição da informação, o uso inteligente de ferramentas próprias para a publicação na internet (menus, hipertexto, blocos de texto a serem expandidos) e o ótimo equilíbrio entre cores, imagens e texto tornam a leitura da revista fácil, ao mesmo tempo que os artigos se aprofundam. As chamadas dos textos estão em manchetes e pequenos blocos introdutórios, como a maioria dos jornais digitais, mas a íntegra desses textos está sempre no formato pdf, que se abre no próprio browser, facilitando a leitura e mesmo a impressão.

Com enfoque na cultura e, principalmente, na literatura e na educação, vale a pena visitar a seção de resenhas literárias, que abarcam desde Stuart Hall e sua análise do pós-modernismo até um estudo folclorista de Cecília Meireles sobre batuque, samba e macumba. A seção Sala de Aula traz também artigos que deviam estar na pauta de qualquer pessoa interessada em educação no Brasil: jogos, arte e educação, cotidiano escolar, formação docente e outros assuntos são discutidos sob a luz da resistência contra o preconceito e o racismo. Se cultura e educação são assuntos marginalizados e deixados sempre em segundo plano em nossa sociedade, esses valores voltados à negritude sofrem duplo preconceito: o social e o racial. As questões, quase sempre voltadas à busca de identidade, são justificadas: o papel geralmente secundário e mesmo ridículo do negro na literatura infantil ou o racismo encontrado nas formas tradicionais de estudar as diferenças (mostrando apenas os trajes e pratos típicos de uma raça, sem se aprofundar em sua cultura). Se a revista se preocupa em educar e trazer cultura de modo transparente e sem ranços de preconceito, deve-se elogiar essa preocupação: a ignorância e a aprendizagem equivocada do que é a cultura negra nos leva a ignorar o que nós mesmos somos.

Os desdobramentos da cultura afro-brasileira são mostrados através de estudos e apontamentos de livros, entrevistas e artigos. As relações étnicas na educação, na sociedade e mesmo como questão de gênero e sexualidade servem como caminho para descobertas, como de que modo a visão do negro pode ser desvirtuada pela mídia e a veiculação de sua imagem. Já que a revista não se intimida em traçar relações interdisciplinares e, principalmente, multiculturais, a arte de descendência africana é demonstrada como diretamente aplicada aos direitos humanos, e a busca identitária passa também por religiosidade e tradições orais.

Mais do que tudo, a revista África e Africanidades reforça a necessidade de não só afrodescendentes, mas de toda a população nacional participar social e politicamente da preservação da cultura negra através principalmente da educação como força motriz para a mudança. O site chega a citar a necessidade de “luta e resistência em espaços urbanos e rurais”, o que pode parecer exagerado para quem nunca se preocupou em afirmar sua identidade através de um mar de preconceitos, mas deve estar na agenda de todo cidadão brasileiro que espera participar e se fazer representar, porque a ignorância é o que vem nos mantendo presos a um estado social medíocre.

terça-feira, 16 de março de 2010

I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades - Palestra Direitos Humanos, por Vanessa Santos do Canto


Prezados,
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As atividades serão realizadas nos dias 05 e 12 de abril de 2010, no Largo de São Francisco de Paula, 34 - 5º andar - Centro - RJ, e as inscrições só poderão ser feitas no site da revista. Para efetuar sua inscrição, clique aqui.
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Abraços,
Ricardo Riso

segunda-feira, 15 de março de 2010

Mito - Na Fai Minotu (10 vídeo-postais) na UNICV - 16 e 18/03/2010

Nova exposição do artista plástico Mito (Fernando Elias) na Cidade da Praia.

I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades

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Prezados,
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Abraços,
Ricardo Riso

domingo, 14 de março de 2010

I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades - 5 e 12/04/2010 - palestra Ricardo Riso

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As atividades serão realizadas nos dias 05 e 12 de abril de 2010, no Largo de São Francisco de Paula, 34 - 5º andar - Centro - RJ, e as inscrições só poderão ser feitas no site da revista. Para efetuar sua inscrição, clique aqui
Peço a todos ajuda na divulgação.
Abraços,
Ricardo Riso

I Ciclo de Encontros da revista África e Africanidades - 5 e12/04/2010

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Prezados,

nossa revista realizará o seu I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades, com palestras e minicursos abordando temáticas que se destacaram ao longo das nossas edições.
As atividades serão realizadas nos dias 05 e 12 de abril de 2010, no Largo de São Francisco de Paula, 34 - 5º andar - Centro - RJ, e as inscrições só poderão ser feitas no site da revista. Para efetuar sua inscrição, clique aqui.
Peço a todos ajuda na divulgação.
Abraços,
Ricardo Riso

Valentinous Velhinho - É à tarde (poema)

É À TARDE
É à tarde,
Quando o sol s’esconde e fina,
Mas fica
- sem luz já,
Com os olhos apalpando o Ténue –
Alguma claridade inda
Que gosto de pensar:
– sob o derramamento lento do espírito –
Súbito em algo se rompe,
Fazendo rebentar – além – o próprio vácuo.
O vácuo só lá longe é real. À nossa ilharga nunca!
É nesta hora que,
Hasteados os ombros sobre os últimos píncaros da sombra,
O sol e a solidão – arrimados aos horizontes – s’encontram.


S’encontram
E me deixam sózinho
– universalmente sózinho –
Entre a luz e as trevas
– como sombra perfeita e inominável do Esquecimento.
 
(VELHINHO, Valentinous. É à tarde. In: Tenho o infinito trancado em casa. Praia: Artiletra, 2008. p. 22)

sexta-feira, 12 de março de 2010

Glauco - 1957/2010



Glauco Villas Boas foi uma das figuras que admirava na adolescência. Acompanhava suas tiras nas saudosas revistas Chiclete com Banana e Circus, que depois espalharam-se nas edições especiais de Los 3 Amigos e Geraldão, esta sob comando do próprio Glauco.

A maneira atrevida e corajosa como os personagens criados por Glauco lidavam com sexo e drogas era hilariante, entre vários, os grandes destaques ficavam para Geraldão e as ciumeiras do casal Neuras. Seu traço era simples, ágil, neurótico e tosco complementava os temas transgressores, as vidas inusitadas e desregradas de seus personagens.

Recordar Glauco é repassar momentos da minha adolescência nos anos 1980. É lembrar de comprar todo mês as revistas, os sorrisos e gargalhadas que as histórias extraíam de mim. É lembrar de comentá-las e divulgá-las com os amigos. É rememorar os diversos momentos felizes associados a suas histórias.

Tenho uma passagem com Glauco. Não lembro em que ano foi, mas houve uma feira de HQ’s no Espaço Cultural dos Correios (ECC - Rio de Janeiro) e naquela ocasião tive a oportunidade de falar com Los 3 Amigos - Angeli, Glauco e Laerte - em momentos diferentes daquela tarde. Pedi para que cada um desenhasse o seu respectivo personagem, o que foi muito bem atendido por eles. Glauco foi o último e o seu personagem debochava o do Laerte, ficou hilário. Perdi o desenho com o passar dos anos, mas ficou a generosidade dos três.

O cartunista e Raoni, seu filho de 25 anos e também cartunista, foram brutalmente assassinados após tentativa de assalto à residência da família, nesta madrugada, em São Paulo. Os dois mortos são vítimas dessa sociedade louca, desesperada e violenta em que vivemos. Infelizmente é assim em nosso país: a violência aumenta e somos reféns do medo. Enquanto houver essa absurda desigualdade social nos aproximaremos do caos.

Deixo aqui a minha revolta com a maneira como o cartunista nos deixou. Deixo o meu respeito e pêsames aos seus familiares.

Para quem me proporcionou tantas alegrias, hoje me deixou entristecido. Choro.

Glauco, obrigado pelos momentos bons que você me fez passar.

Glauco e Raoni, fiquem em paz!

Ricardo Riso

1a. imagem retirada de http://www.uol.com.br/
2a. imagem - Desenho do cartunista Alessandro Guarita, retirado de

I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades - 05 e 12/04/2010 - 2a. atividade

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Peço a todos ajuda na divulgação.
Abraços,
Ricardo Riso

I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades - 05 e 12/04/2010

(clique na imagem para ampliá-la)

Prezados,

nossa revista realizará o seu I Ciclo de Encontros da Revista África e Africanidades, com palestras e minicursos abordando temáticas que se destacaram ao longo das nossas edições.
As atividades serão realizadas nos dias 05 e 12 de abril de 2010, no Largo de São Francisco de Paula, 34 - 5º andar - Centro - RJ, e as inscrições só poderão ser feitas no site da revista. Para efetuar sua inscrição, clique aqui.
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Ricardo Riso

quarta-feira, 10 de março de 2010

O problema de Adriano mascara o racismo ao jogador negro

O problema de Adriano mascara o racismo ao jogador negro

Por Ricardo Riso

Adriano, o ótimo atacante do Flamengo, volta a ser o centro das atenções do noticiário sensacionalista que domina o país. Infelizmente, o que ele melhor sabe fazer, que é jogar futebol, fica em segundo plano em razão das atitudes tomadas pelo conturbado jogador. Entretanto, o massacre midiático, o julgamento e as rápidas definições para o problema de Adriano revelam os diversos preconceitos ocultos em nossa sociedade. (...)
 
O restante está no meu blog sobre o Negro e o racismo no futebol, "A Bola Limpa". Acesse http://abolalimpa.blogspot.com/2010/03/o-problema-de-adriano-mascara-o-racismo.html
 
Abraços,
Ricardo Riso

segunda-feira, 8 de março de 2010

Paula Tavares - O cercado e desenho Ricardo Riso


Pano da Costa (da série Dizes-me coisas amargas como os frutos)
pastel s/papel. 29,7 x 21 cm. 2010.
Autor: Ricardo Riso

O cercado

De que cor era o meu cinto de missangas, mãe
feito pelas tuas mãos
e fios do teu cabelo
cortado na lua cheia
guardado do cacimbo
no cesto trançado das coisas da avó

Onde está a panela do provérbio, mãe
a das três pernas
e asa partida
que me deste antes das chuvas grandes
no dia do noivado

De que cor era a minha voz, mãe
quando anunciava a manhã junto à cascata
e descia devagarinho pelos dias

Onde está o tempo prometido p'ra viver, mãe
se tudo se guarda e recolhe no tempo da espera
p'ra lá do cercado

TAVARES, Paula. Dizes-me coisas amargas como os frutos. In: Poesia. Luanda: Maianga, 2004.

terça-feira, 2 de março de 2010

Sacolinha - Graduado em Marginalidade (livro)


Relançado pela Confraria do Vento (RJ) a ótima estreia de Sacolinha no gênero romance com Graduado em Marginalidade.
Sacolinha integra uma nova vertente literária em nosso país. Ao lado de nomes como Alessandro Buzzo, Férrez, Allan da Rosa entre outros que procuram revelar em seus textos uma faceta pouco divulgada das periferias brasileiras.
Ricardo Riso

Release do romance

A história do jovem Vander, e de Lúcio Tavares, policial que transformou a pacata Vila Clementina em Brás Cubas, distrito de Mogi das Cruzes, num depósito de droga. Trouxe também a guerra, o calibre e a morte. Transformou Vander de amor em ódio. Esse passou pelas maiores provocações que um ser humano pode agüentar. Foi obrigado a jogar o jogo da melhor defesa; o ataque.

No fim, o autor nos surpreende com um final imprevisível, mas tão verdadeiro que, mesmo sendo triste temos que aceitá-lo.

Neste livro você vai do cheiro das rosas ao cheiro de pólvora, um romance original e categórico no qual a maioria dos personagens tem razões suficientes para ser quem são.

Esta obra pulsa como as favelas brasileiras nos dias de domingo, onde circulam Vander, Casquinha, Sandrão, Vladi e Nego bá.

Toda a história foi inspirada na vida real, porém, inventada pela alta capacidade de fabulação do autor; um jovem escritor de 21 anos, morador da periferia de São Paulo.

Graduado em Marginalidade (Romance contemporâneo)
Ademiro Alves (Sacolinha)

POEMix - POEMAS DE NENHUM LUGAR, novo videoart de Mito

Há excelente produção de arte contemporânea em Cabo Verde, como podemos constatar no link a seguir de mais um novo e belo trabalho que une poesia, imagem e som do inquieto artista plástico cabo-verdiano Mito (Fernando Elias). Neste, o artista presta uma bela homenagem à poesia e a nomes maiores da poética das ilhas.

Ricardo Riso


POEMix - POEMAS DE NENHUM LUGAR

Poesia, imagem, corpo e ambientes sonoros
Mito Elias - Poesia, leitura, sons e vídeos

Binga de Castro - Paisagens sonoras (Música, corpo e sonorizações)
5 de Março - Sexta Feira - às 21 H - No Instituto da Língua Portuguesa
Rua Andrade Corvo - Plateau - Praia (casa cor de rosa, junto ao quartel Jaime Mota).

POEMix - é um pequeno exercício performático que abarca a poesia num conceito pluri-dimensional (palavra, vídeo, gestos e sons). O espectáculo consiste na reinterpretação de 12 poemas de vários autores Cabo Verdianos : (Alexandre Cunha, Arménio Vieira, Danny Spínola, Eurico Barros, Filinto Elísio, Jorge Carlos Fonseca, José Luíz Tavares, Mário Fonseca, Mito, Oswaldo Osório, Vadinho Velhinho e Zé di Sant'y'agu). O objectivo deste evento é procurar realçar a beleza das palavras, dos gestos, das imagens e dos sons que cada escrito sugere, para que a poesia não fique estática e empoeirada nas estantes.

Apoio : INSTITUTO INTERNACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA
--
www.tanboru.org/mito
http://www.youtube.com/watch?v=OrqxJJF4TwE&feature=related
www.saatchi-gallery.co.uk/yourgallery/artist_profile/Mito+Elias/23947.html

Fonte: e-mail gentilmente enviado pelo artista plástico Mito em 02/03/2010.