Por Ricardo Riso
Agradecimento especial para Yana Campos por me presentear este livro.
O amadurecimento de um sistema literário nacional configura-se na autorreferenciação. Ele se dá a partir do momento que seus escritores privilegiam o passado sedimentado pelo chão das letras de um determinado país até atingir a contemporaneidade. Convém salientar que esse processo não foi conquistado com simplicidade entre os países colonizados, que sofreram com a assimilação e todas as formas de repressão às manifestações autóctones.
Moçambique vivenciou a terrível noite colonial até a independência em 1975. Embora com toda a violência da ditadura salazarista e a indefectível mentira do império ultramarino, seus poetas procuraram desconstruir os cânones impostos pelo colonizador europeu enaltecendo, através do verbo poético, o chão moçambicano e a pluralidade étnica. Logo, são longevas as posturas literárias contrárias ao referencial português em nomes, somente para citar alguns, como os de Rui Knopfli, Noemia de Sousa, José Craveirinha, Virgílio de Lemos, Fernando Couto e, nos primórdios, no século XIX, Campos Oliveira.
A partir de um Índico hibridizado, confluente oriente/ocidente, denota-se a busca identitária. Recorremos à Ana Mafalda Leite, com a lucidez peculiar, a inferir sobre esta mistura: “Ser moçambicano (...) equivale a partilhar culturas e origens diversificadas, que confluem no Índico, e em terra moçambicana se entroncam, renascidos, bantuizados, travejados de uma memória, que a viagem e a história refundem, em iniciático baptismo, na nova nação” (LEITE, 2003, p. 155). A palavra poética em fruição erótica, metafórica e, às vezes, surrealizante, atuava como força motriz para apaziguar o dilaceramento acarretado pelos sonhos suprimidos e as injustiças cometidas no cotidiano.
Esses escritores valeram-se de um profundo lirismo e de poemas com exacerbado cariz existencial para confrontar o absurdo da perversidade colonial, fazendo da Ilha de Moçambique e do mar, precisamente sua porção índica, o lugar de reconfiguração dos sentidos e - por que não? - da História, elaborando uma mítica memória da qual a literatura se apropria, e que seria retomada pela geração surgida nos anos 1980. Para Ana Mafalda Leite,
“o processo de mitificação literário da Ilha de Moçambique, tem vindo a ser actualizado, e amplificado, nos últimos anos, com maior insistência na obra de vários autores, concretizando percursos alternativos a uma poética militante, e de cariz ideológico, conferindo uma outra amplitude aos imaginários poéticos, e actualizando uma ‘herança’ e tradição literárias, muito antigas.” (LEITE, 2003, p. 137)
Entretanto, na trajetória literária moçambicana houve um hiato dessa vertente, explicado pela urgência do momento histórico dos anos 1960/1970 imposto pela guerra colonial e do posterior “cantalutismo” para a nação independente, época que presenciou a participação ativa dos escritores com seus poemas unindo e convocando os moçambicanos para a luta, e, em seguida, cantar as loas que a revolução traria para o país em construção.
Essa temática engessada e a rara diversidade estética e formal vivenciariam o seu ocaso já no raiar dos anos 1980 com Luís Carlos Patraquim e Mia Couto, que recuperavam o lirismo em um profundo existencialismo nas obras “Monção” (1982) e “Raiz de Orvalho” (1983), respectivamente. Isso seria solidificado com a estreia de Eduardo White e o seu “Amar sobre o Índico” (1984), além da publicação da revista “Charrua” (1984) e do surgimento de nomes como Nelson Saúte e Armando Artur. Desde então, a navegação lírica pelos mares do Índico fez-se constante, e a geração da década de 1980 se tornou referência para os jovens escritores surgidos na década inicial do século XXI.
Assim, chegamos a Sangare Okapi e ao seu livro “Mesmos Barcos ou poemas de revisitação do corpo” (Maputo: Associação dos Escritores Moçambicanos, 2007), que assume esse legado e participa desse “palimpsesto literário” (expressão alcunhada por Ana Mafalda Leite) com o uso de dedicatórias, recriações de títulos, transcrições de versos etc. Tudo na mais pura tradição poética do seu país. Ainda consta na capa do livro uma bela pintura do celebrado Malangatana Valente, "Olhar Erótico".
Sangare Okapi é bacharel em Ensino de Português, membro efetivo e da direção da AEMO – Associação de Escritores Moçambicanos. Publicou, em 2005, “Inventário de Angústias ou Apoetose do Nada”. Está representado na revista brasileira “Poesia Sempre” (2007). Co-produziu e encenou a peça “Pereto de Onti”, distinguida com mérito no Festival Regional de Teatro Amador Zona Sul, organizado pela Casa da Cultura do Alto-Maé (1996). Em 2007, participou, em representação de Moçambique, no XII Festival de Poesia de Havana, dedicado a África e Caraíbas. Prêmio Revelação de Poesia AEMO/ICA (2004) e Menção Honrosa do Prémio Revelação Rui de Noronha/FUNDAC (2002). (1)
Temos um livro conduzido pelas vagas metapoéticas de Okapi, que segue e procura reformular as “indicidades” surgidas na poesia de seus antecessores. No alargamento dos sentidos referentes à Ilha de Moçambique, lugar matricial, e no aprofundamento metafórico do Índico múltiplo cultural e erotizado.
O livro é dividido por três cadernos. O primeiro apresenta o maior número de poemas, alguma variedade formal, em tímido referencial concretista, grande quantidade de citações de autores moçambicanos, mas que ainda encontra espaço para homenagear o português de nascimento, cabo-verdiano por opção, Manuel Ferreira, em que o sujeito lírico apropria-se de temas caros à literatura do arquipélago como a angústia em relação ao mar,, “livrai-me desta solidão / do mar” (p. 23). Apresenta o dilema do ilhéu e intertextualiza o poema ao prestar uma justa homenagem ao clássico romance “Flagelados do Vento Leste” de Manuel Lopes, que são reconstruídos com delicadeza: “oh sem ser / flagelado de algum vento leste / vontade de partir / partir de vontade” (p. 23)
Dessas dedicatórias, há um poeta não que poderia deixar de constar quando se versa sobre o Índico e a Ilha de Moçambique. O nome de Rui Knopfli, nesse caso, impõe-se naturalmente. O seu livro “A Ilha de Próspero”, segundo Leite, é o que “se faz primeira, e mais consistente revisitação, do espaço ilhéu, em termos literários e artísticos, enquanto percurso de indagação de uma memória histórica e cultural” (LEITE, p. 139). O final do poema “Mossuril” de Okapi remetem-nos à “Ilha Dourada” de Knopfli, que seguem abaixo, respectivamente:
fechada
toda de agrura
alguma
amargura
em si trancada
todo o amor
e mar
é sal e lágrima
no poema. (OKAPI, p. 24)
A fortaleza mergulha no mar
os cansados flancos
e sonha com impossíveis
naves moiras.
Tudo mais são ruas prisioneiras
e casas velhas a mirar o tédio.
As gentes calam na voz
uma vontade antiga de lágrimas
e um riquexó de sono
desce a Travessa da Amizade
Em pleno dia claro
vejo-te adormecer na distância,
Ilha de Moçambique,
e faço-te estes versos
de sal e esquecimento. (SECCO, p. 91)
Um profundo lirismo existencial revela-se no poema “Língua: ilha ou corpo?”, dedicado àquele que contribuiu da melhor maneira a relação com o mar, Virgílio de Lemos. Neste, a metapoética a favor da ressignificação dos sentimentos em imagens que se diluem entre a geografia física e do corpo em eruptiva criação poética:
A língua
é o pão que fermento
os dias todos.
Com ela (re)invento,
meço outros ângulos
do sentimento.
(...)
Eis o que sou: ilha
ou corpo cercado
de gente
por todos os lados. (p. 20)
A nova geração da literatura moçambicana também é representada no poema “Insular”, valorizador da presença feminina As escritoras Maria João Hunguana e Sandra Salete são reverenciadas em um poema carregado de erotismo, não só do corpo mas do próprio verbo poético transitante entre o corpo, o mar em direção ao oriente e a poesia: “(...) Mar azul / branco é o papel / sem a margem / do teu busto // Lanço as redes, que são as letras // no arremesso / do papel a cabeceira / começo. // Transporto outro poema / para o oriente do corpo.” (p. 18)
Embora as dedicatórias sucedam-se e outros poetas são celebrados nos poemas de Okapi, tais como Heliodoro Baptista, Guita Jr., Gulamo Khan, Eugénio Lisboa etc., o maior tributo se dá no poema “Patraquimmiana”, no qual Sangare homenageia dois nomes consagrados da poesia moçambicana: Luís Carlos Patraquim, que é citado no título, enquanto o corpo do poema direciona-se ao poeta maior do país, o Velho Cravo José Craveirinha:
Para J. C.
Não sei com que estranha miragem. Confesso.
Meu lírico cartomante das noitadas pela Mafalala!
Sim, agora que o medo já não puxa lustro na cidade. Velho Zé,
Livre e limpo da morte, regressas pelos carris da memória,
mãos aninhadas nos bolsos rotos. A mesma cartola preta,
Amarrada ao vento e um pássaro que já não cabe no verso
Preso no lembo da língua, desmentem o teu estatuto
De cidadão do futuro e regressas, velho Zé!
Nenhuma epopeia trazida dos escombros se levanta do rosto,
Nenhuma elegia brota do coração, nenhuma!
E regressas, velho Zé, poeta em todas as latitudes!... (p. 39)
Seguindo o palimpsesto literário moçambicano, este poema de Okapi inspira-se no “Drummondiana” de Patraquim, publicado no livro “Vinte e tal Novas Formulações e uma Elegia Carnívora”. Patraquim presta tributo ao poeta referencial Carlos Drummond de Andrade e o dedica a um conterrâneo, Gulamo Khan. Já Okapi no seu projeto de revisitar a literatura de Moçambique em seu livro, não recorre a referenciais brasileiros como fez o seu inspirador, pois o jovem poeta é de um tempo em que a literatura de seu país já sedimentou seu caminho e criou suas próprias referências metapoéticas, assim sendo, os escritores estrangeiros deixaram de ser uma necessidade primeira, o que não queremos dizer que seja uma forma de menosprezar toda uma tradição literária universal, mas, sim, o amadurecimento literário de um jovem país.
Mas é no conjunto de poemas reunidos na segunda parte do livro, intitulada “Mesmos barcos”, que se explicita a referência a Patraquim e aos poemas integrantes de “Barcos elementares” do livro supracitado. Também podemos, de certa maneira pelo forte intimismo presente em Okapi, estender a referência a Eduardo White. Priorizando poemas em prosa, o sujeito lírico de Sangare Okapi utiliza metáforas dissonantes e imagens insólitas que confundem os sentidos do leitor para descrever a linha tênue erotizante entre mulher, corpo e poesia:
Por isso, reinvento-te no meu poema como em Gizé, o antílope na argila. E não me canso. Repito, apenas: esquece o tempo. O tempo. A razão. Apaga a cicatriz na epiderme e um escorpião com os dentes esmaga. Leva na boca, ensanguentada, uma alga verde, verde o sonho da criança que não sonhou para viver. Como um barco, sem porto, eriça a sensível vela do corpo e, frágil, o coração nos sirva de bússola:
os remos dispensa,
temos as mãos
para a navegação. (p. 43)
A navegação se faz pela magia ilimitada da palavra poética. As imagens viscerais, “escorpião com os dentes esmaga”, são entrecruzadas por uma escrita pausada a buscar o amor e a trilhar a mesma “ponte antiga” entre os seus antecessores literários: “Se entre mim e ti há uma ponte antiga que nos deflaga o desejo, a irreprimível geografia do afecto” (p. 44). O existencialismo é acompanhado, assim como na poesia de Patraquim e Eduardo White, pelo olhar sensível de Okapi que se revela atento às incertezas do seu país: “há um pequeno país / no meu país: / chama-se angústia” (p. 44).
A erotização desenfreada dos sentidos revela-se no corpo do poema e no corpo feminino vinculado à Ilha e ao índico hibridizado, em “urni e sarris”:
Hoje, quase que instintiva e furtivamente, revisito-te. Exposta silhueta de mulher, na textura índica, esperando o tempo. Em Mossuril, preso o marisco na rede. Posso, agora, sem receio algum, vociferar no poema: amo-te! Amo-te as curvas, não sei que perigo ou mistério, a serena música das dunas no peito, romaria em alguma boca explodindo, ou então, a alga na bexiga se multiplicando. Olha a água, agora à nossa volta! A vertigem!?! Em ti, barco sem destino, nu me acoito inteiro e,
se remar-te é engano,
provável é agora
rimarmo-nos. (p. 45)
Assim, valendo-se da retomada lírica dos poetas moçambicanos a recuperar a Ilha de Moçambique como lugar matricial e de entrocamento de culturas diversas, tendo em Luís Carlos Patraquim e Eduardo White alguns dos maiores expoentes dessa vertente, destacamos excertos desses escritores os quais são, em nosso entendimento, inspiradores para a escrita de Sangare Okapi e, com isso, ter seu nome incluído no palimpsesto literário moçambicano aqui proposto:
Ilha, corpo, mulher. Ilha, encantamento. Primeiro tema para cantar. Primeira aproximação para ver-te, na carne cansada da fortaleza ida, na rugosidade hirta do casario decrépito, a pensar memórias, escravos, coral e açafrão. Minha ilha/vulva de fogo e pedra no Índico esquecida. Circum-navego-te, dos crespos cabelos da rocha ao ventre arfante e esculturo-te de azul e sol. Tu, solto colmo o oriente, para sempre de ti exilada.
Foste uma vez a sumptuosidade mercantil, cortesão impossível roçagando-se nas paredes altas dos palácios. Sobre a flor árabe e excisão esboçada com nomes de longe. São Paulo. Fadário quinhentista de “armas e varões assinalados”. São Paulo e rastilho do evangelho nas bombardas dos galeões. São Paulo rosa, ébano, sangue, tinir de cristais, gibões e espadas, arfar de vozes nas alcovas efémeras. Nas ranhuras deste empedrado com torre a escandir lamentos dormirão os fantasmas? Almas minhas de panos e missangas gentis, quem vos partiu o parto em tijolo ficado e envelhecido?
Ilha, capulana estampada de soldados e morte. Ilha elegíaca nos monumentos. Porta-aviões de agoirentos corvos na encruzilhada das monções. De oriente a oriente flagelaste o interior da terra. De Callicut a Lisboa a lança que o vento lascivo trilhou em nocturnos, espamódicos duelos e a dúvida retraduzindo-se agora entre campanário e minarete. Muezzin alcandorado, inconquistável.
Porque ao princípio era o mar e a ilha. Sinbas e Ulisses. Xerazzade e Penélope. Nomes sobre nomes. Língua de línguas em Macua matriciadas. (PATRAQUIM. p. 41-42)
Sou ao Norte a minha Ilha, os sinais e as sedas que ali se trocaram e nessa beleza busco-te e para mim algum percurso, alguma linguagem submarina e pulsional, busco-te por entre as negras enroladas em suas capulanas arrepiadas, altas, magras, frágeis e belas como as missangas e vejo-te pelos seus absurdos olhos azuis. Que viagens eu viajo, meu amor, para tocar-te esses búzios, esses peixes vulneráveis que são as tuas mãos e também como me sonho de turbantes e filigranas e uma navalha que arredondada já não mata, e minhas oferendas de Java ouros e frutos incensos e volúpia.
Quero chegar à tua praia diáfano como um deus, com a música rude e nua do corno de uma palave, um séquito ajawa, um curandeiro macua, uma mulher que dance uma Índia tão distante, e um monge birmanês, clandestino no tempo, que sobre nós se sente e pense. Amo-te sem recusas e o meu amor é esta fortaleza, esta Ilha encantada, estas memórias sobre as paredes e ninguém sabe deste pangaio que a Norte e na Ilha traz um amante inconfortado. Em tudo habita ainda a tua imagem, o m’shiro purificado da tua beleza e das tuas sedes, a rosa dos ventos, o sextante dos tempos, em tudo acordas de repente como se ardesse naus, garças, águas, ouros, pratas, vagas, escravos ausentes, tudo o que esta Ilha que sou ao Norte nos pode lembrar. Deito-me, assim, sobre o Sol com a praia funda em meu pensamento. (WHITE, p. 24-27)
O derradeiro poema de “Mesmos Barcos ou poemas de revisitação do corpo” presta uma justa homenagem ao poeta primeiro de Moçambique, pioneiro no versejar da Ilha, o oitocentista Campos Oliveira. Neste poema, “O Barco Encalhado”, único na última parte, o sujeito lírico demonstra as culturas sobrepostas que aportaram no decorrer dos séculos na Ilha de Moçambique, idealizando uma nova cultura hibridizada. Além disso, há a crítica ferrenha à triste pilhagem realizada pelos portugueses:
(...) Resgatasse o Índico o que do oriente com o tempo soube sufragar.
Os barcos todos com as velas hirtas e as gentes.
Suas as pérolas mais os rubis. O aljôfar. Luzindo no ar.
Minha fracturada chávena árabe persa na cal
ou resplandecente a missanga cravada no ventre d’água,
qual sinal dos que de além mar chegaram
e partiram com baús fartos...
Fobia dos que ficamos. Mas herdeiros. (p. 49)
Ao retomar de forma criativa a metapoética inspiração índica e da Ilha de Moçambique em seu livro, Sangare Okapi mostra o quanto ainda é ilimitado versar a partir desses referenciais, e insere-se com louvor na tradição literária do seu país, mostrando o vigor da novíssima geração. Inferimos que a vocação palimpséstica de “Mesmos Barcos ou poemas de revisitação do corpo” manifesta a maturidade da literatura moçambicana ao revisitar o seu corpo ainda jovem, com um vasto caminho a ser sedimentado pelos poetas. E Sangare Okapi fará parte dessa trajetória e dessa história. É um nome que veio para ficar.
NOTA:
(1) Informações extraídas do sítio da AEMO - Associação dos Escritores Moçambicano - http://www.aemo.org.mz/aemo/quemsomos.htm - Acessado em 26/02/2010.
REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICAS:
LEITE, Ana Mafalda. A reescrita de Caliban sobre a Ilha de Próspero: notas em torno da actualização de um mito de origem cultural. In: Literaturas Africanas e Formulações Pós-Coloniais. Lisboa: Colibri, 203. p. 135-144.
LEITE, Ana Mafalda. Poéticas do Imaginário Elemental na Poesia Moçambicana: entre mar... e céu. In: Literaturas Africanas e Formulações Pós-Coloniais. Lisboa: Colibri, 203. p. 153-160.
OKAPI, Sangare. Mesmos Barcos ou poemas de revisitação do corpo. Maputo: Associação dos Escritores Moçambicanos, 2007.
PATRAQUIM, Luís Carlos. Os barcos elementares. In: Vinte e tal Novas Formulações e uma Elegia Carnívora. Lisboa: ALAC, 1991. p. 41-42.
SECCO, Carmen Lucia Tindó. Antologia do mar na poesia africana de língua portuguesa do século XX – volume II: Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999.
WHITE, Eduardo. Os materiais do amor seguido de O desafio da tristeza. Lisboa: Caminho, 1997. p. 24-27.