domingo, 16 de setembro de 2012

Fábio Mandingo - Salvador Negro Rancor



O livro de contos Salvador Negro Rancor, do escritor negro-baiano Fabio Mandingo, é uma boa pedida. O conto-título forte de afro-vivências equilibrando-se com a ginga da capoeira, fintando as encruzilhadas do cotidiano, negociando de acordo com as mutações do dia a dia, ora se dando bem, ora se dando mal, escorando-se sempre na força dos nossos ancestrais por mais que tentem apagá-la. Salvador Negro Rancor é um bom exemplo da força estética da nossa literatura negra.

Oficina de Literaturas Africanas e Literatura Afro-brasileira na Sala de Aula

 
 
"Car@s,
Retomaremos o ciclo de oficinas do projeto "Discutindo a África na Sala de Aula" no dia 27 de Setembro.
O tema da proxima oficina será: "Literaturas Africanas e Literatura Afro-brasileira: (in) formação para a educação das relações étnico-raciais." e será ministrada pela Profª Simone Ribeiro da Conceição.
Ela ocorrerá às 14hs na UERJ –Campus Maracanã Bloco F -Sala 12112.
Inscrições pelo site www.nesuerj.blogspot.com e no local, uma hora antes do início do evento.
Serão emitidos certificados para os participantes das oficinas.
Contato: 2334-0890/2234-1896 e-mail: nes.uerj@gmail.com"
 
 
Informação extraída do Nes Uerj no Facebook.

Poéticas afro-brasileiras (livro, 2a. edição)


Poéticas afro-brasileiras
ISBN: 9788571605633
Autor(es): Maria do Carmo Lanna Figueiredo e Maria Nazareth Soares Fonseca

Sinopse
Grande gente nova sem ódios/ povo de trabalho e de aventura.../ Novo-continente, novo centro do Mundo!... (Mário de Andrade, 1974) – citação do autor que é tema de um dos ensaios de Poéticas afro-brasileiras. O livro reúne dez ensaios sobre a cultura brasileira. Edição conjunta de PUCMINAS e MAZZA EDIÇÕES: “Não pretende se consumar como um manual de respostas. Antes se apresenta como um desdobramento de inquirições sobre os lugares que os afro-brasileiros vêm ocupando em nossa cultura”.

Cadernos Negros 1 - prefácio

Prefácio de Cadernos Negros 1 assinado coletivamente pelos participantes da edição inaugural: Angela Lopes Galvão, Célia Pereira, Eduardo de Oliveira, Henrique Cunha, Hugo Ferreira, Jamu Minka, Luiz Silva (Cuti) e Oswaldo de Camargo.
 
A África está se libertando! já dizia Bélsiva, um dos nossos velhos poetas. E nós brasileiros de origem africana, como estamos?
 
Estaremos no limiar de um novo tempo. Tempo de África vida nova, mais justa e mais livre e, inspirados por ela, renascemos arrancando as máscaras brancas, pondo fim à imitação. Descobrimos a lavagem cerebral que nos poluía e estamos assumindo nossa negrura bela e forte. Estamos limpando nosso espírito das idéias que nos enfraquecem e que só querem nos dominar.
 
‘Cardenos Negros’ marca passos decisivos para nossa valorização e resulta de nossa vigilância contra as idéias que nos confundem, nos enfraquecem e nos sufocam. As diferenças de estilo, concepções de literatura, forma, nada disso pode mais ser muro erguido entre aqueles que encontram na poesia um meio de expressão negra. Aqui se trata da legítima defesa dos valores do povo negro. A poesia como verdade, testemunha do nosso tempo.
 
Neste 1980, 90 anos pós-abolição – esse conto do vigário que nos pregaram – brotaram em nossa comunidade novas iniciativas de conscientização, e ‘Cardenos Negros’ surge como mais um sinal desse tempo de África-consciência e ação para uma vida melhor, e nesse sentido, fazemos da negritude, aqui posta em poesia, parte da luta contra a exploração social em todos os níveis, na qual somos atingidos.
 
‘Cardenos Negros’ é viva imagem da África em nosso continente, é a diáspora negra dizendo que sobreviveu e sobreviverá, superando as cicatrizes que assolaram sua dramática trajetória, trazendo em suas mãos o livro.
 
Essa coletânea reúne oito poemas, e a maioria deles da geração que durante os anos 60 descobriu suas raízes negríssimas. O trabalho para a consciência negra vem de muito antes. Por isso, ‘Cardenos Negros’ 1 reúne também irmãos que estão na luta há muito tempo. Hoje nos juntamos como companheiros nesse trabalho de levar adiante as sementes da consciência para a verdadeira democracia racial.
25 de novembro de 1978.
ALVES, Miriam. Cadernos Negros (número 1): estado de alerta no fogo cruzado. In: FIGUEIREDO, Maria do Carmo Lanna; FONSECA, Maria Nazareth Soares. Poéticas afro-brasileiras. Belo Horizonte: Mazza, PUC Minas, 2012. 2ª. ed. pp. 222-223

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Mauricio Pestana - Coleção Mãe África (lançamento RJ)