a Rute Maria Chaves Pires
O Deus que conhece. Ao que, no escuro,
Em prece ou meditação lhe convirá ser
Horda pura, hora fugaz, trivial deidade.
Senão, ignaro flato seja, tão profano,
Quão de sábio, falseando ora de poeta,
Ora de profeta, sua palavra derramada
E crase, de soletrada sintaxe, acidental.
Haverá, no primeiro verbo, a dialéctica
De Epicuro e, em seu maldito sussurro,
As entrelinhas com que a metáfora se cose.
Nos demais verbos, como aos seus versos,
Assintomáticos uns, febris outros, em ardis
De frases feitas desse Deus que se conhece…
FILINTO ELÍSIO
(Expoemas e Textamentos)
Fonte: poema gentilmente enviado pelo poeta Filinto Elísio em 13/11/2009
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