Poesia não é dactilografia
Poesia é sentir a força do cosmos,
Deus (se ele existe) em cada folha, em cada ser,
O voar dos pássaros, os olhos de uma criança.
Casa do peito como um relógio
Batendo, aurora boreal magnética
Natureza em pleno movimento…
Escriturar versos, é enovelar verbos
Pura empolada de palavras
Pluma de asa quebrada
Exercício redigido sem alma.
Observa as estrelas do céu, poeta!
Cada linha de uma folha caída
De uma árvore em Outono,
As pedras deitadas num deserto
Beijadas pelo vento norte, música
Nos teus ouvidos cantando.
Sente a simplicidade complexa das coisas, poeta!...
O grande e o pequeno, deste universo
Infinito…
(Tchalê Figueira)
Fonte: poema enviado pelo escritor e artista plástico cabo-verdiano Tchalê Figueira em 14/11/2009
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