quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lia Vieira - "Só as mulheres sangram" (lançamento RJ)

LANÇAMENTO DE LIA VIEIRA NO RIO DE JANEIRO


A Secretaria de Gênero, Raça e Etnia do Sindsprev-RJ convida para o lançamento do livro

“Só as Mulheres Sangram”
(Editora Nandyala, 2011)

30/09/2011, sexta-feira, a partir das 18h30
Auditório do Sindsprev-RJ
Rua Joaquim Silva, 98-A - Lapa (atrás da Sala Cecília Meirelles)
Informações: (21)3478-8241 ou 3478-8200


LIA VIEIRA
Escritora e doutoranda em Educação pela Universidade de Havana (CUBA), tem experiência na formação de professores para a diversidade racial, movimentos sociais e educação, relações raciais, diversidade cultural e gênero. É pesquisadora pela ASPECAB- Associação de Pesquisa da Cultura Afro-Brasileira, organização não governamental sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1989, cuja equipe multidisciplinar vem atuando na mobilização e articulação de mulheres, adolescentes e meninas negras em torno de temas e ações que propiciem o combate ao racismo e ao sexismo. Vem elaborando, ao longo deste tempo, um programa de formação e informação de mulheres, adolescentes e meninas negras, através de cursos, seminários, publicações e vídeos.

OBRA INDIVIDUAL:
Chica da Silva – a mulher que inventou o mar. Rio de Janeiro: produtor Editorial Independente, 2001.
Eu, mulher – mural de poesias. Niterói/Rio de Janeiro: Edição da autora, 1990.

OBS.: Além de sua produção individual, LIA VIEIRA tem inúmeros textos publicados em antologias, bem como em livros técnicos e acadêmicos.

SAIBA MAIS SOBRE LIA VIEIRA:
- Como contribuição na luta anti-racista, foi colaboradora do mandato do vereador WALMIR GARCIA, quando ajudou a consagrar a lei do 20 novembro como DIA CÍVICO MUNICIPAL, em Niterói.
- Foi uma das entidades que ajudou a formular o processo da Criação do Conselho de Defesa do Negro no município de Niterói.
- Participou da criação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Niterói.
- Integrou, por 4 anos - 1994 a 1998 -, o CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA MULHER - CEDIM, com relevantes contribuições e assessoramento às Políticas Públicas para as Mulheres na questão étnico -racial.
- Foi laureada com MOÇÃO de reconhecimento pelos serviços prestados à comunidade negra pela vereadora SATIE MIZUBUTI em 1988, Niterói - RJ, pelo vereador WALMIR GARCIA em 1990, Niterói - RJ, pelo deputado CARLOS COREA em 2001 e pelo COMDEDINE - Conselho Municipal dos Direitos do Negro em 2005.
- A convite do governo brasileiro, fez parte da delegação para a Conferência contra a Discriminação Racial , a Xenofobia e Outras Formas de Intolerância - 2001- Durban - África do Sul .
- Tem investigado a relação Gênero/Raça/Etnia num contexto em que busca redefinir as identidades socioculturais na multiétnica sociedade contemporânea.
- Fez parte da Comissão de Preparação do PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no programa Diversidade e Inclusão para implementação da Lei 10.639-03 - para o Ensino de História e Culturas Africanas e Afro-brasileiras da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro.
- Integra o CEDINE - Conselho Estadual dos Direitos do Negro,como personalidade de Honra, fazendo parte da COMISSAO PERMANENTE de TRABALHO, EMPREGO E RENDA.

NANDYALA Editora (Africanidades, Gênero, Educação e Sustentabilidade)
Av. do contorno, 6.000 – Loja 01 – Savassi
30110-060 - Belo Horizonte – MG
(31)3281-5894 ou atendimento@nandyalalivros.com.br

ANO DA LITERATURA E DA CULTURA DE CABO VERDE EM SÃO PAULO

É com o sentimento de satisfação que publico o texto abaixo enviado pela Profª Drª Simone Caputo Gomes, da Universidade de São Paulo. A seguir, temos uma série de atividades com agentes das artes cabo-verdianas na cidade de São Paulo no decorrer deste ano de 2011.
Que isso vire rotina entre os estudantes paulistanos e seja expandido para outras regiões do país.
Meus parabéns à Profª Drª Simone Caputo Gomes e a todo o seu Departamento de Estudos Cabo-verdianos!
Ricardo Riso


ANO DA LITERATURA E DA CULTURA DE CABO VERDE EM SÃO PAULO


A Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo (USP) teve a honra de receber, este ano, grandes personalidades da literatura e da cultura de Cabo Verde em encontros que se estenderam das turmas de Graduação aos alunos de Pós-Graduação e professores da área.

Já nos visitara no dia 11 de abril o artista plástico e escritor Mito (Hamilton Elias), apresentando sua arte videofonêmica para um público interessado em literatura e artes visuais cabo-verdianas. Alunos e professores participaram também da inauguração de sua exposição “Tempo de Bichos: celebrando as 70 vidas do poeta Arménio Vieira, no Museu Afro-Brasil, no dia 15.

No dia 22 de agosto, a escritora Vera Duarte interagiu com cerca de 210 estudantes de Literatura Cabo-verdiana, em quatro turmas da Graduação, pela manhã e à noite, com a presença de vários professores e ainda pesquisadores pós-graduandos. Temas variados foram desenvolvidos, com alunos já preparados para recebê-la pela responsável pela disciplina, a Prof. Doutora Simone Caputo Gomes, discutindo-se a obra poética e ficcional, as áreas de atuação e a oficina de criação da escritora.


O sucesso dos encontros cabo-verdianos de literatura na USP continuou a anunciar a primavera em setembro, nos dias 19 e 20, com a presença dos escritores Corsino Fortes e Filinto Elísio. Os alunos de 4 turmas da Graduação em Letras, investigadores da Pós-Graduação e professores, agora num total de 230, dialogaram com as personalidades, que foram discorrendo sobre os rumos culturais e políticos de Cabo Verde, sua literatura e as obras poéticas respectivas.


O Cônsul Geral da República de Cabo Verde em São Paulo, Doutor Aguinaldo Rocha, como sempre, prestigiou todas as atividades, interagiu com o público e com os escritores.


E o encontro poético se estendeu à Casa das Rosas (Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura) no dia 20, presidido por Ilo Codognotto, com apresentação dos escritores pela Profa. Simone Caputo Gomes, abrindo os trabalhos.


Neste ano de 2011, as rosas, enfim, desabrocharam, grandes e lindas, no terreno adubado pela seiva da literatura cabo-verdiana. E continuam florindo.

Foi uma honra para os brasileiros poder receber a arte de Cabo Verde na terra da garoa!


E-mail gentilmente enviado pela Profª Drª Simone Caputo Gomes em 23 de setembro de 2011.

Mito Elias - Amor Sta La (exposição - Portugal)


Tudo que na vida fazemos é por uma questão de amor.

Os 8 quadros que esta exposição irá exibir, procuram almejar o amor e as suas infinitas vertentes.
Exposição de pintura de Mito Elias em dueto com Edite Melo na galeria da ordem dos médicos em Lisboa.
A exposição será inaugurada no dia 3 de Outubro pelas 19:00.
Estará patente até ao dia 17 de Outubro.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Oralidade agora se escreve - Renascença Clube



Prezada(o)s Amiga(o)s 

Renascença Clube através do seu Departamento Cultural e Artístico convida V.Sa., para uma Roda de Conversa Literária , sobre o tema: ORALIDADE AGORA SE ESCREVE - com os seguintes escritores:
Lia Vieira, Ele Semog, Conceição Evaristo, Helena Theodoro, Cidinha Silva, Lúcia Mattos, Sérgio Gramático, Veralinda Menezes e a Profa. Iris Amâncio da Editora Anadyala.
DIA 29 de setembro, a partir das 18h

Rua Barão de São Francisco, 54 - Andaraí - Rio de Janeiro - RJ

E-mail gentilmente enviado pela Profª Edylea Silvério em 26/09/2011.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Viriato de Barros – Para lá de Alcatraz (resenha)


Viriato de Barros – Para lá de Alcatraz
Ricardo Riso
Resenha publicada no semanário cabo-verdiano A Nação, n. 210, p. 27, de 08/09/2010.

Publicado em 2005 pelo Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, “Para lá de Alcatraz – onde os ventos se cruzam” é a segunda obra literária de Viriato de Barros. Natural da Ilha Brava, licenciado em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras de Lisboa, ocupou diversos cargos na esfera governamental, conferencista e jornalista, dentre outras atividades. Em 2001, publicou o romance “Identidade”.

Nessa nova incursão pela prosa, durante doze capítulos Viriato de Barros apresenta por meio de um narrador onisciente a trajetória de vida do menino/homem David entrelaçada por experiências nas ilhas de Cabo Verde – Fogo, São Vicente e Santiago – e vivências na diáspora, mais precisamente Portugal e Moçambique. O tempo da narrativa passa-se no período colonial associado ao crescimento das tensões inevitáveis entre metrópoles e colônias do continente africano.

Nesse romance itinerante, chama-nos atenção questões de alteridade no relacionamento com o outro no qual a personagem David se depara ao longo de sua vida. Essas vivências acontecem desde a saída do menino da ilha do Fogo para os estudos liceais em São Vicente, com uma rápida passagem por Santiago. Em São Vicente, o menino depara-se com as variantes dialetais de ilha para ilha da língua materna cabo-verdiana expostas no diálogo a seguir: “- Câ bô dzê ‘fassi’?/ - Pamô?/ - Es tâ fazê troça d’bô. Li nô tâ dzê ‘depressa’./ - Ê quel mé! – insistiu David./ - Nton bá tâ dzê ‘fassi’. D’pôs bô t’oiá...” O menino também sente as diferenças entre as famílias de sua mãe, do Fogo, “mais rural, menos letrada”, e a do pai, de São Vicente, em que “a tia, que era professora, impunha aos sobrinhos que falassem português”, ou seja, “as duas famílias reflectiam a velha oposição entre a gente do campo e a gente da povoação da sua ilha natal, na maneira de estar e lidar com as situações”.

Durante a sua adolescência, a família de David parte para a então Lourenço Marques, Moçambique. Lá, a personagem sente com clareza e espanto a crueldade do racismo que os negros moçambicanos eram submetidos, pois “quando nunca se saiu de Cabo Verde, é difícil perceber o que é racismo. Fica-se com uma ideia vaga do que isso é. Não se imagina o seu efeito nos que são objecto desse tratamento, a violência com que se manifesta”. O narrador descreve várias maneiras como os colonizadores lidam com o racismo de forma escancarada, tais como o “cinema dos pretos”, punições extremas sem justo motivo, afinal, “matar um preto era com matar um bicho”, e o temor ao restringir o acesso dos negros à instrução para evitar que “conscientes da injustiça de toda a situação existente e sustentada nas colónias, os responsáveis da administração colonial receavam sempre a possibilidade, mais tarde ou mais cedo, de subversão do sistema”. Esse receio do colonizador, remete-nos às considerações de Albert Memmi acerca da violência do colonizador diante do colonizado, porque “é preciso explicar a distância que a colonização estabelece entre ele e o colonizado; ora, a fim de justificar-se, é levado a aumentar mais ainda essa distância, a opor irremediavelmente as duas figuras, a sua tão gloriosa, a do colonizado tão desprezível”.

A experiência em Moçambique insere em David a consciência da injustiça do colonialismo em África. Quando parte para a faculdade em Lisboa, a personagem vivencia com certa distância o clima subversivo que começa a dominar a Casa dos Estudantes do Império e a consequente perseguição da PIDE. O narrador demonstra a tensão crescente, o desemprego para os africanos, as discussões motivadas pelas leituras de pensadores de esquerda e a forma como a ditadura salazarista tentava driblar as pressões da comunidade internacional.

Ou seja, são as pequenas experiências de alteridade e do espírito de luta anticolonial descritas com cuidado pelo narrador que trazem interesse à leitura deste “Para lá de Alcatraz – onde os ventos se cruzam”, de Viriato de Barros.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Poesia de Cabo Verde: Corsino Fortes e Filinto Elísio (USP)

POESIA DE CABO VERDE:
encontros na Universidade de São Paulo com

Corsino Fortes
e
Filinto Elísio

Data: dia 19 de Setembro
Pela manhã, na sala 201 de Letras, em dois horários alternativos: de 9 às 10h; e de 10:30 às 11:30 h.
À noite, na sala 261 de Letras, em dois horários alternativos: de 19:30 às 20:30h; e de 21 às 22 horas.

Apresentação dos poetas e coordenação da mesa pela Profa. Doutora Simone Caputo Gomes, de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo.

Haverá livros à venda para os interessados.