quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Artigo publicado no jornal Notícias (Moçambique)


Prezados(as),


Publicado na edição de hoje – 27/01/2010 – do jornal Notícias (Moçambique), meu artigo “Voar Na Asa Da Poesia: O singelo compromisso poético de Manecas Cândido”, a respeito do seu livro “O Sentido das Metáforas”.

Abraços,
Ricardo Riso

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Arménio Vieira - O Poema, a Viagem, o Sonho (livro)

Como bem disse João Branco em seu excelente blog Café Margosocafemargoso.blogspot.com:

"Se houve alguma consequência palpável da atribuição do Prémio Camões a Arménio Vieira foi isso ter obrigado - por motivos comerciais, naturalmente - a que o poeta tirasse uma série de trabalhos da gaveta e que estes acabassem por ver a luz do dia mais cedo do que o previsto (não foi preciso, por exemplo, esperar que o poeta morresse para que alguém se lembrasse de lhe publicar obra inédita a título póstumo - lagarto, lagarto!)."

Com prazer, divulgo um novo título de Arménio VieiraO Poema, a Viagem, o Sonho.
Ricardo Riso



O Poema, a Viagem, o Sonho
Arménio Vieira

Existe alguém que te habita, enquanto um outro te acompanha; este porém não és tu, é apenas sombra tua.

Género(s): Literatura
Acabamento: brochado
Dimensão: 13,5x21 cm
Páginas: 136
Peso: 160 g
Colecção: «Outras Margens», n.º 0
Código: 93.000
ISBN: 978-972-21-2072-2
1.ª edição: Outubro 2009
1.ª edição: Outubro 2009
Data: Outubro 2009
Preço: 16,00 €

fonte: http://www.editorial-caminho.pt/cache/html/show_produto__q1obj_--_3D73346__--_3D_area_--_3Dcatalogo__q236__q30__q41__q5.htm

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Filinto Elísio em entrevista ao Jornal A Nação No. 125



21 a 27/01/2010 Nº 125 Semanário A Nação, p. 11

Uma conversa quinzenal entre João Branco e um artista cabo-verdiano, em tom descontraído, sobre a arte, a vida e as nossas pequenas inquietações. Desta vez, em exclusivo para o Jornal A NAÇÃO, a conversa é com o poeta Filinto Elísio, que se prepara para ter um ano de 2010 em grande, com mais quatro livros no prelo, entre os quais um romance, a serem lançados em Cabo Verde, Portugal, França, Brasil e Angola.

“Sou profundamente cosmopolita e universal, mesmo quando abordo a quietude de uma rosa”

A NAÇÃO - Neste momento, estou a falar com o escritor, com o homem, com o poeta, com o romancista, com o político ou com o utópico que quer o melhor para o seu país?
Filinto Elísio - Estás a falar com o escritor, o poeta e o cidadão que quer o melhor para todos e, nesta condição, para todos os que também vivem neste país. Estás também a falar com um cabo-verdiano que, pelo seu sentir humanista, se posiciona como cidadão do mundo.
Ou seja, no fundo, todos somos muitos e ao mesmo tempo a sua própria ilha...
Todos somos a ilha e o cosmos. É a dualidade da terra e céu, luz e sombra, ying e yang. Somos múltiplos, em tudo, em qualquer lugar e em qualquer tempo, mesmo quando nos sentimos uno. E pluribus unum.

É aquela história do macro e do micro, não é? As pessoas esquecem-se que isso não acontece apenas na economia. Em cada um de nós há essa possibilidade de olhar para a imensidão do mundo, de nos preocuparmos com as acções do Obama ou com o aquecimento global, mas em simultâneo, estarmos angustiados, pensarmos no abraço que queremos dar ao nosso filho, ou no momento em que a morte nos bater à porta...
Os grandes problemas são aqueles mais profundos e existenciais e não aqueles necessariamente disformes. A problemática da morte e da existência é o grande residual filosófico, por exemplo. Naturalmente que os problemas circunstanciais e estruturais acabam por interagir com as nossas tensões existenciais. Mas acredita que todo o Ser tem o dilema da sua própria existência e do espaço vazio que ocupa ou deixado pela sua existência.

Pois, mas deixa-me aproveitar a deixa e perguntar-te se não andamos com espaços demasiado vazios, há demasiado tempo, em tantas áreas onde se exigia um outro tipo de intervenção, quer pública quer de mudança de atitude dos próprios artistas? E já agora, tenta responder a esta provocação sem utilizar a expressão “mudança de paradigma” que foi tão banalizada que hoje ninguém acredita nela!

Bem, eu não entendo o termo “mudança de paradigma” como um cliché ou uma frase feita, ademais banalizada pelo discurso político. Admito que na elasticidade semântica desse termo, haja um esboroar do sentido e uma “perda de élan” do conceito.
Pessoalmente, o grande desafio existencial é mudarmo-nos de paradigma. Derrubarmos o império da razão que construímos a cada momento em nós próprios.

Libertação da concepção mecanicista
Está bem, Filinto, agora tenta lá dizer a mesma coisa sem passar pela expressão do paradigma, para que descrentes como eu, possam fazer uma leitura menos pessimista do estado actual de coisas...
Eu não quero profetizar ninguém e muito menos convencer ou mobilizar as pessoas sobre as minhas razões. Em verdade, temos de nos libertar da concepção mecanicista ou do logicismo do Universo. Se alguma coisa nos incomoda, sendo muita coisa que nos circunda negativamente, a questão que se nos coloca é de como mudar, como reconstruir, como desconstruir, enfim, sem nenhuma verborreia, como reformular os paradigmas e os padrões que nos definem as balizas… (pausa) Temos de questionar as coisas e, sobretudo, de nos questionarmos perante as coisas.

Sejamos práticos, poeta: vais lançar vários livros neste ano. Acreditas mesmo que vai haver muita gente a comprá-los e a lê-los aqui em Cabo Verde, por exemplo? O que podíamos fazer mais nessa vertente do incentivo à leitura?
Mesmo quando teorizo, não abro a mão do aspecto prático. Sou um leitor atento e crítico da prática, no sentido estrito e lato. Muitos dos meus livros não vão ser lidos. Não pretendo fazer nenhum best-seller para o mercado cabo-verdiano. Mas isso não me desconforta, nem me tira sono. Tão pouco me faz viver numa espécie de inferno astral. Aliás, os poetas não são lidos pela maioria. Mas se conseguir emocionar alguém, terei algum gozo. Se alguém se apaixonar pelos meus versos, ficarei numa excitação tremenda. É uma outra dimensão. Quem se preocupa com a distribuição, se tanto, será o meu editor. Já disse noutra ocasião que a escrita criativa não paga as minhas contas. Talvez a consultoria e sua servidão de escriba me garantam alguns honorários. Todavia, é a poesia que me gratifica a alma.

Fomento da leitura
A questão não é os teus livros serem ou não lidos, é não haver quem leia, no sentido mais lato...
Bem, quanto aos incentivos públicos à leitura, defendo uma política mais assertiva e de maior fomento da leitura, das bibliotecas e das novas tecnologias para a leitura, uma das tarefas do Estado no domínio cultural. Quanto aos meus livros, aos nossos, há sempre quem os leia, ao fundo desse túnel.

Bem, sabes que eu serei sempre um leitor atento da tua obra, e um dos aspectos que tenho reparado na tua poesia, não como crítico literário que não sou, mas como simples leitor, é que ela tem vindo a ficar com um grau de complexidade cada vez maior, mais eclética. Eu, que tanto apreciei o teu livro O Lado de Cá da Rosa, com pequenos poemas que nos tocam directamente. Fico por vezes com saudades desse poeta das linhas mais rudes...

O “Do Lado de Cá da Rosa” era um livro iniciático, muito intimista, tacteante ainda da minha liberdade e da minha subjectividade enquanto artífice do meu próprio projecto existencial. Por isso, levava a minha inocência primeva. Talvez tenhas apreciado nesse livro a sua candura e a sua primitiva pöesis…

Apreciei e tenho saudades dela, confesso…
Mas os meus outros livros foram colocando peças mais arrojadas e mais “maliciosas”, se quiseres, no puzzle existencial da minha poética. Tornei-me mais senhor da sintaxe e da semântica. E mais manipulador da força atomizada e metafórica das palavras. Mesmo através da Estética, as palavras são para mim matéria em determinada frequência.

Mas compreendes que haja quem não te entenda... e que haja quem nem se dê ao trabalho, depois de ler a primeira linha da primeira estrofe...

Claro que muita gente não me entende. Eu também não entendo muita gente. Pelo menos, esse entendimento linear, euclidiano e cartesiano. E alguns que me entendem, mesmo de forma percepcionada, não gostam da minha poesia. Mas eu não sou Deus, nem tenho pretensões de agradar a gregos, troianos, cabo-verdianos e seus afluentes. Alexandre O’ Neill dizia desse materialismo das palavras numa metáfora que me apanha: Há palavras que nos beijam/ Como se tivessem boca.

Cosmopolita e universal
Ah, mas por exemplo, essa frase de O’Neill tem um vocabulário que vai em auto-estrada directo para o coração dos leitores... Diria que a tua escrita hoje anda mais sinuosa...
Nada disso. Não ando pelas sinuosas estradas de achadas e cutelos, nem em ruelas de ponta de praia. Sou profundamente cosmopolita e universal, mesmo quando abordo a quietude de uma rosa. Creio que a minha escrita anda pelas estradas da 3ª geração. Mesmo quando “sonetizo”.

O que é que isso quer dizer?
Que sou pós-moderno e que faço parte de um circulo de escrita e de leitura pós moderna, de uma sociabilidade a nível global. Como dizia sempre ao Poeta Dimas Macedo, temos de levar o Clube do Bode para o sideral maior, para além da 3ª vaga.

E não há espaço para a frustração? Num existencialista, há sempre espaço para a frustração...
Sem desmerecer tais referentes, porque eles não têm muito a ver comigo. Naturalmente, tenho muitas, muitíssimas frustrações. Quem não as tem?

Isso alimenta a tua escrita?
Digamos que não me coibiria de as contar ao psicólogo e, numa necessária inconfidência, contá-las aos leitores. Tudo alimenta a minha escrita, as frustrações também.

E para terminar, qual a poesia outra que mais te tem alimentado nos últimos tempos?
São muitos os poetas que me dão prazer. Tantos que não gostaria de enumerá-los. Mas vou arriscar alguns: Maiakóvski, Baudelaire, Leminski, Borges, Senghor, Sophia. Dos de casa: Arménio Vieira e José Luiz Tavares. Vou escrever sobre Corsino Fortes, que é um poeta com uma gramática própria. Leio com gosto Oswaldo Osório e e Valentinous Velhinho. Gosto da poesia.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

José Luiz Tavares - “Cidade do Mais Antigo Nome” (livro)




“CIDADE DO MAIS ANTIGO NOME” DE JOSÉ LUIZ TAVARES JÁ SAIU DA TIPOGRAFIA
Lisboa, 21 Dezembro – Editado pela prestigiada Assírio & Alvim, já está nas bancas “Cidade do Mais Antigo Nome”, de José Luiz Tavares, com larga cópia de fotografias da Cidade Velha do português Duarte Bello. Trata-se de um extenso poemário do mais premiado poeta cabo-verdiano (com importantes prémios que lhe foram atribuídos em Portugal, Brasil e Cabo Verde), actualmente a residir em Portugal. É um cancioneiro heróico, mas onde não falta um certo lirismo, sobre a Cidade Velha, Berço da Nação e hoje Património da Humanidade.

Não é um livro fácil: o verso em linguagem de recorte clássico, num português da melhor água, é por vezes duro e quase chocante, não fugindo (quando necessário e sem disfarce) ao vernáculo. É literatura da melhor qualidade.

Duarte Bello, cujos créditos como fotógrafo estão patentes em diversos álbuns e são pautados por significativas exposições, esteve na Cidade Velha, recolhendo com minúcia milhares de imagens, das quais foi feita criteriosa selecção. Duarte Bello é filho do falecido poeta Ruy Bello.

O poema de José Luiz Tavares foi escrito antes de Cidade Velha ser reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade. Depois encalhou por falta de oportunidade de publicação até que a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago se interessou, sensibilizando empresas e Câmaras suas amigas de Portugal. Assim, congraçando apoios, foi possível avançar para esta edição de alta qualidade.

O lançamento do livro chegou a estar previsto para Novembro, em Lisboa (na sede da UCCLA) e em Viseu, aquando da assembleia geral do ForalCPLP. No entanto, atrasos havidos na tipografia inviabilizaram estas apresentações. Agora, a apresentação oficial (lançamento) está marcada para 30 de Janeiro, na Cidade Velha, durante as Festas do Santo Nome. “Cidade do Mais Antigo Nome” será apresentado também no Tarrafal e na cidade da Praia.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Jornal A Nação 124 - 13/01/2010 - "A fortuna dos dias" de José Vicente Lopes, por Ricardo Riso





José Vicente Lopes – A Fortuna dos Dias

Por Ricardo Riso
José Vicente Lopes (JVL), natural da Ilha de São Vicente (1959), reúne pela primeira vez contos dispersos em publicações como as revistas “Ponto & Vírgula” e “Fragmentos” e na antologia Tchuba na Desert (2006). Agora, esses contos estão ao lado de alguns inéditos para compor as 18 narrativas de “A Fortuna dos Dias” (Praia: Spleen Edições 2007).

Diante de um quadro de incertezas e irrealizações deparamo-nos com narrativas que apresentam intensa ironia perante os acontecimentos do cotidiano do ilhéu, permeados por recursos do fantástico ao relatar a caótica, e, por vezes, surreal situação do país.

Os protagonistas são pessoas comuns que não se adaptam à “ordem” estabelecida como em “O buraco”, que narra o misterioso aumento de um buraco na rua de Cleofas Miranda. Saudoso dos tempos coloniais, ele “observou por alguns minutos o buraco, indignado com o descaso das autoridades competentes. ‘Por isso é que esta terra não vai para frente’, (...) ‘Eu sabia que a independência havia de dar nisto’”. (p. 117) E conclui que o buraco “continuava a afundar e a alargar-se, mas não encontrava nenhuma explicação lógica para aquilo” (p.120). O que poderia ser uma metáfora pessimista do futuro de Cabo Verde.

Elementos da oralidade auxiliam o fantástico no conto “Ribeira de Deus”: “e para provar o que estou a dizer, vou contar-vos esta história. (...) de modo que quem me quiser ouvir que ouça (...). Vejam este braço: mesmo depois de tantos anos, só de lembrar, ainda me arrepio todo.” (p. 104).

Em “A convenção”, um encontro com representantes da diáspora não apresenta soluções objetivas e mostra a ganância dos participantes: “Era a hora de as autoridades d’Azilhas reconhecerem de uma vez por todas, a importância que a Décima-Primeira Ilha tem na vida do país, isentando-os de certas taxas aduaneiras para suas importações ou conferindo-lhes certos direitos políticos.” (p. 130-133)

Em “A barragem”, um simples cidadão narra em carta a construção de uma barragem prometida há tempos, reafirmada com a independência: “também era para valer quando os moços do PAIGC apareceram aqui logo depois do 25 de abril e nos prometeram a barragem se aceitássemos a Independência” (p. 139). O uso eleitoral da obra: “Andam por aí a dizer que desta vez nem vai ser preciso fraude” (p. 144); o desperdício e a desesperança revelam-se: “Mas agora que a barragem está pronta, (...) se não houver chuva, qual vai ser a serventia da barragem? Afinal, há quantos anos não cai nesta terra uma pinga decente que seja de chuva? (...) e aí não haverá barragem nenhuma neste mundo capaz de conter a força da nossa desilusão.” (p. 145)

A solidão do homem contemporâneo e a manipulação de um passado histórico glorioso marcam o insólito em “A cidade e o ídolo”. O protagonista torna-se herói, mas não se revela o por quê: “Pouco importa o que aconteceu ou deixou de acontecer, nem o que você é ou deixa de ser... O que importa é o que as pessoas julgam o que aconteceu ou o que pensam quem você é” (p. 30). Forja-se uma biografia “para posterior compilação das suas Obras Completas” (p. 31-32). Todavia, após fugir para o estrangeiro e retornar anos depois, o herói se surpreende por não ser reconhecido e passa a ser tratado como louco. Metáfora de um mundo de imagens que manipula as pessoas ao seu bel prazer.

JVL beira o sarcasmo ao citar aspectos culturais do país. Lê-se em “Morabeza” que um navio encalhado “foi inteiramente pilhado” pela “população – como sabeis amável, hospitaleira e generosa” (p. 89).

Ao utilizar elementos do fantástico em suas narrativas, como as epígrafes que são alegorias dos contos, o uso criativo da oralidade e os diálogos constantes do narrador com o leitor, José Vicente Lopes faz críticas contundentes ao desarranjo por que passa Cabo Verde, assim como revela a solidão e a amargura do homem contemporâneo. “A Fortuna dos Dias” é uma grande contribuição para a evolução da prosa caboverdeana, elevando ao clássico o conto “O sonho do senhor JB”.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Mito Elias & Ana Rita Pires - DE PAREIDOLIA (videoart)



http://www.youtube.com/watch?v=byyT4DZO31Y



CÂMARA MUNICIPAL DA PRAIA

Apresenta

MITO ELIAS & ANA RITA PIRES

DE PAREIDOLIA : RABISLONGO & NHA PAREDI

ANA RITA PIRES - NHA PAREDI - retratos murais da cidade da Praia

12 paredes + 1 projeccão

MITO ELIAS - RABISLONGO - Video-itinerância

Abertura Palácio da Cultura 14 de Janeiro 2010 - 18:30

A expo decorrerá até 19 de Janeiro

MITO ELIAS encarna o papel de FLADOR DI POEMIX apresentando 8 vídeo poemas

1. DE PAREIDOLIA - Vídeo banner de abertura
2. MÁRIO FONSECA X KRONOS - Vídeo poema à memória de MF
3. Poema Contra-idade de Mário Fonseca
4. Poemas Cidade I,II, e III de Filinto Elísio
5. Poema Holanda de Oswaldo Osório
6. Poema Caviar, Champanhe & Fantasia de Arménio Vieira
7. Poema Cidade Minha de Jorge Carlos Fonseca
8. NA FAI MINOTU - Vídeo Postal Frenético sobre a Cidade da Praia

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Calendário do trajecto de Vídeo-itinerância

Dia 18 de Janeiro pelas 19:00 - (Abertura da vídeo itinerância) - Reitoria da Universidade - Plateau
Dia 19 de Janeiro pelas 19:00 - Quebra Canela - parede lateral junto ao K
Dia 20 de Janeiro pelas 19:00 - Brasil da Achada de S.António - Junto da casa Inês.
Dia 21 de Janeiro pelas 19:00 - Rotunda do Palmarejo
Dia 22 de Janeiro pelas 19:00 - Praça Alexandre Albuquerque - no vazio da esplanada. (FINALE).

Vídeos :

1. De Pareidolia
2. Amor Sta La ?
3. Mário Fonseca X Kronos
4. Na Fai Minotu
5. X Fla Nada
6. Santo Di 1 Bez
7. Na Pundi Ki Bu Naci Pa Nácia ?
8. A Blue 4 Horace Silver

Cada projecção terá uma duração de 30 minutos
Sponsor : Câmara Municipal da Praia
 
 
Fonte: e-mail enviado pelo artista plástico Mito Elias (Cabo Verde) em 12 de janeiro de 2010.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Pepetela - O Planalto e a Estepe (livro)




O Planalto e a Estepe

Autor: Pepetela
Editora: Leya Brasil
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance
Lançado no Brasil
JULIO E SARANGEREL eram estudantes em Moscou, no auge da União Soviética, quando se apaixonaram. Ele, um jovem estudante angolano, entusiasmado com a revolução e ansioso por levar os preceitos socialistas ao seu país. Ela, uma jovem da Mongólia, aspirante aos mesmos ideais: um mundo mais justo. Não sabiam eles, porém, que a “união dos povos” não seria algo tão fácil a ser conquistado. Pelo contrário: o amor da juventude tardaria 35 anos a ser concretizado. O autor angolano Pepetela faz um retrato sensível de uma época recente, de um mundo rigidamente dividido por duas ideologias. Um período em que a maioria das decisões eram tomadas na esfera política – até o amor.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Oficina de Introdução às Literaturas Africanas de Língua Portuguesa

A Lei 10.639/03 determina o ensino da História e da Cultura Afro-Brasileira em todo o currículo escolar, o que torna pertinente o ensino das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Entretanto, há uma carência de informações por parte dos professores e do público em geral que encontram dificuldades em trabalhar com essa temática devido à falta de material didático-pedagógico e/ou até por desconhecimento dos autores dessas literaturas.

Por isso, propomos uma oficina para discutirmos aspectos fundamentais das literaturas de Angola, Cabo Verde e Moçambique, que vão desde a metade final do século XIX às manifestações contemporâneas do século XXI. Abordaremos momentos significativos na poesia e na prosa, enfatizando a interdisciplinaridade da Literatura com as Artes Plásticas e a História em temáticas que se confrontam e se encontram em busca da reflexão crítica da história e das tradições.

A Oficina será ministrada por Ricardo Riso

Dia 30/01/2010 – 14 às 17h
Local: Alvo – Curso Preparatório
Rua Vinte e Quatro de Maio, 475 – sala 205 – Méier – Rio de Janeiro
Investimento: R$ 12 (inclui apostila com coletânea de textos e Certificado de Participação ao final da Oficina) - depósito Banco Real, Ag 0907, C/C 3007888-1, para Ricardo S R de Souza. Favor, enviar comprovante de depósito para o e-mail discriminado abaixo.

Vagas limitadas!


Melhores Informações: risoatelie@gmail.com

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Blog A Bola Limpa (Negro no Futebol)

Prezado(a),

Este é o meu novo blog: A Bola Limpa - http://abolalimpa.blogspot.com/ -, dedicado à presença do negro no futebol brasileiro.
Faça sua visita quando puder.
Abraços,
Ricardo Riso


À procura da bola limpa

Bola limpa é aquela bola que o atacante com sua habilidade, astúcia e técnica ganha do seu adversário e a entrega em condições ideais de passe ou finalização ao seu companheiro, ou bola limpa é aquela bola que o zagueiro retira, de forma legal, do seu oponente e a recupera para o seu time, limpando a área e o perigo de gol.

A recente conquista do campeonato brasileiro pelo Flamengo, tendo Andrade como o primeiro técnico negro a ganhar este título, me fez recordar vários momentos em que o negro é inferiorizado e discriminado no futebol, o que poderia ser uma metonímia da sociedade brasileira. A soma dessas lembranças motivou a criação deste blog.

Sendo assim, proponho a discussão das relações étnico-raciais no futebol brasileiro, englobando as situações entre os jogadores, técnicos, dirigentes, torcidas e mídia, ou seja, questões pertinentes que raríssimas vezes são debatidas. Temas que são verdadeiras bolas divididas. Todavia, ao mencioná-las, espero contribuir para a reflexão acerca do racismo em nossa sociedade e quebrar os estereótipos impostos pela perversidade da linguagem estabelecida e sobre a figura do jogador negro, incluído no mundo do futebol como o artista da bola, porém excluído das posições de liderança e de “saber” que cercam este mundo.

E quem sabe um dia a diversidade étnico-racial brasileira seja respeitada não só no futebol, mas em toda a sociedade, e tenha a generosidade de um jogador que passa uma bola limpa ao seu companheiro.

Ricardo Riso

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Coleção Percepções da Diferença – Negros e Brancos na Escola - Gislene Aparecida dos Santos (Org.)


Em 2009, a editora Terceira Margem publicou uma importante coleção voltada para os profissionais e professores da Educação Infantil e Educação Básica, trata-se da “Coleção Percepções da Diferença – Negros e Brancos na Escola” organizada pela Profa. Dra. Gislene Aparecida dos Santos. São dez volumes sobre diversificados temas de como perceber e tratar a diferença entre negros e brancos no cotidiano escolar. São eles:


1 – Percepção da Diferença, de Gislene Aparecida dos Santos

2 – Maternagem. Quando o bebê pede colo, de Maria Aparecida Miranda e Marilza de Souza Martins

3- Moreninho, Neguinho, Pretinho, de Cuti

4- Cabelo Bom, Cabelo Ruim, de Rosangela Malachias

5 – Professora, não quero brincar com aquela negrinha!, de Roseli Figueiredo Martins e Maria Letícia Puglisi Munhoz

6 – Por que riem da África?, de Dilma Melo Silva

7 – Tímidos ou indisciplinados?, de Lúcio Oliveira

8 – Professora, existem santos negros? Histórias de identidade religiosa negra, de Antonia Aparecida Quintão

9 – Brincando e ouvindo histórias, de Sandra Santos

10 – Eles têm a cara preta, de vários autores

A pluralidade temática demonstra as diferentes vertentes da discriminação sofridas pelas crianças negras diariamente na escola. A Coleção pretende oferecer subsídios para os professores que se sentem despreparados para agir quando essas situações acontecem e, assim, colaborar para alterar esse triste cenário em nossas escolas e ocupar um espaço temático ainda carente no mercado editorial nacional.

Ricardo Riso


2010 - novas propostas


Para 2010 pretendo oferecer maior espaço para a literatura afro-brasileira, seu pensamento crítico e as obras dos escritores; divulgar, comentar e propor o debate acerca do material didático lançado para professores da Educação Básica que desejam trabalhar com as pertinentes questões apontadas pelas Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, fundamentais por apresentarem a urgência da inclusão das etnias negra e indígena na escola brasileira, sem os estereótipos e preconceitos a que são submetidas. Com isso, buscar o respeito à diversidade étnico-racial brasileira e equidade nas relações sociais.


Entretanto, isso não significará que o espaço dedicado às Literaturas Africanas de Língua Portuguesa será minorizado. Trata-se, sim, de uma ampliação das temáticas do blog. Permanecerei com a proposta de divulgar livros e escritores, contribuir com o desenvolvimento do pensamento crítico, fornecer espaço para divulgação dos eventos que envolvem essas literaturas e apresentar obras dos artistas plásticos desses países.

Aproveito para agradecer as mensagens de carinho deixadas nas postagens, aos e-mails enviados pelos amigos virtuais, aos que fizeram suas críticas sobre os meus textos e chamaram atenção a outras análises. Aos professores, escritores e artistas plásticos... a todos vocês, meu muito obrigado! Continuaremos juntos em 2010!


Abraços,


Ricardo Riso