Obras de jovem artista relêem tema caro à literatura do arquipélago
Por Ricardo Riso
A condição insular de Cabo Verde impôs ao ilhéu os dilemas “querer ficar e ter que partir” e/ou “ter que partir e querer ficar” em razão das condições adversas do arquipélago, ora devido às condições climáticas e geográficas desfavoráveis com as persistentes secas e solo árido para o plantio, ora com situações políticas e/ou financeiras como o colonialismo português no passado, e as desigualdades sociais e econômicas que a independência do país não conseguiu resolver. Ou seja, emigrar faz parte da cultura de Cabo Verde.
Disseminadas na literatura cabo-verdiana, a evasão e a emigração foram temas que percorreram todo o século XX gerando profundas polêmicas e atritos entre os escritores de diferentes gerações. O caso mais célebre é o da geração que lançou a revista Claridade (1936), marco da cabo-verdianidade. Seus poetas: Jorge Barbosa, Manuel Lopes e Osvaldo Alcântara (Baltasar Lopes) foram injustamente acusados de evasivos por seus pares nas décadas seguintes.
Entre os claridosos, como eram conhecidos, não havia crítica explícita ao regime colonial português vigente à época, porém, havia, sim, o surgimento de um sentimento nacional independente a Portugal, de apego à terra, fazendo da evasão a válvula de espace para o sonho, como podemos inferir no “Poema de quem ficou” de Manuel Lopes:
Eu não te quero mal
por esse orgulho que tu trazes;
porque este ar de triunfo iluminado
com que voltas...
...O mundo não é maior
que a pupila dos teus olhos
tem a grandeza
da tua inquietação e das tuas revoltas.
...Que teu irmão que ficou
sonhou coisas maiores ainda,
mais belas que aquelas que conheceste...
Crispou as mãos à beira do mar
e teve saudades estranhas, de terras estranhas,
com bosques, com rios, com outras montanhas
– bosques de névoas, rios de prata, montanhas de oiro –
que nunca viram teus olhos
no mundo que percorreste...
(ANDRADE, Mario de. Antologia Temática de Poesia Africana Vol. 1 – Na Noite Grávida de Punhais. Lisboa: Sá da Costa, 1977. 2ª ed. p. 27)
Nos anos seguintes, aparece a revista Certeza (1944), de forte tendência marxista, que explicita o absurdo do colonialismo enfatizando o desejo de liberdade. Na década de 1950, nasce o PAIGC (Partido Africano para a Independência de Guiné e Cabo Verde) comandado por Amílcar Cabral; na década seguinte começam as guerras coloniais nos cinco países africanos dominados por Portugal que levariam à independência após a Revolução dos Cravos, em terras lusas, no ano de 1974.
O sentimento crescente de revolta e a nova relação com o mar, não mais castrador dos sonhos do ilhéu, são bens retratados por Ovídio Martins no poema “Unidos Venceremos”:
Estendemos as mãos
desesperadamente estendemos as mãos
xxxxxxpor sobre o mar
As ondas não são muros
são laços
de sargaços
que servirão de leite
à grande madrugada
Nosso amor de liberdade
xxxxxxxxxxxxe de justiça
será contemplado
e nosso povo terá direito ao pão
Povo que trabalha
xxxxxxxxxxxxMas não come
Povo que sonha
xxxxxxxxxxxxe obterá
Temos a ternura das nossas ilhas
temos as certezas das nossas rochas
Estendemos as mãos
desesperadamente estendemos as mãos
caboverdianamente estendemos as mãos
xxxxxxxpor sobre o mar.
(ANDRADE, Mario de. Antologia Temática de Poesia Africana Vol. 2 – O canto armado. Lisboa: Sá da Costa, 1979. p. 142)
Conquistada a liberdade da nação, o cantalutismo domina a poesia engessando os temas tratados. Somente no final dos anos 1980, a antologia Mirabilis – de veias ao sol marcará uma ruptura com os eternos dilemas do ilhéu, tantas vezes versados pelos poetas cabo-verdianos. A proposta da antologia fica clara no prefácio de José Luís Hopffer Almada:
Fustigada pelos ventos (da incompreensão!), pelo sol (da hipocrisia!), pelos tempos vários do mau tempo literário, desse tempo querendo-se vegetação literária. No deserto, cresce a geração mirabílica, feita signo na margem desértica do mar. De veias ao sol. As veias da indagação. As veias alagadas da terra das estradas, da poeira do dia-a-dia, do massapé dos campos, do lixo dos caminhos suburbanos, do desespero recoberto de moscas, baratas e outros vermes. As veias loucas do mar, do marítimo lirismo dos dias afogados nos ciúmes dos montes. As veias, veias de vida, de morte, de desespero, das quatro estações místicas do que se medita no refúgio do silêncio. Veias do camponês e da enxada neste coito de séculos com a terra. Ao sol, hipócrita por entre a bruma e os cerros. Sol, signo de luz. Sol que ilumina. Sol que queima e ofusca o caminhar. Sol dependurado da perseverança secular. Mirabilis – de veias ao sol. Geração mirabílica indagando o sol. “No Deserto cresce a Mirabilis”. Diz o poeta Orlando Rodrigues. “Embora de veias ao sol”. Adita Rodrigo de Sousa, para que das imagens do deserto cresçam as palavras da nossa geração e delas reste, ao menos, o cadáver da poesia. Sugere Mito, o poeta plástico, ou que o cadáver se metamorfoseie em flor e espinho, num panorama azul, de onírico, sugere Mito, o plástico poeta. Uma única rosa é a Mirabilis, e dela queda um sol de sangue. O sol da poesia mirabílica.
(ALMADA, José Luís Hopffer (ORG.). Mirabilis – de veias ao sol – antologia dos novíssimos poetas cabo-verdianos. Praia: ICL, 1988. p.26-27)
Seguindo os novos rumos da poesia, Euricles Rodrigues escancara o rompimento com o passado literário em seu poema “Revolução – evolução”:
Viola a tua tradição
xxxxxxxxxxxxxenterra a tua paranóia marítima secular
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxrenega a tua estreita visão interior
E busca
xxxxxxxnovas formas
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxnovas artes
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxnovos engenhos
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxnova mente
De
xxcortar as amarras da estagnação
xxengravidar a terra de novo sangue
xxestabelecer nova aliança com o mar
(ALMADA, José Luís Hopffer (ORG.). Mirabilis – de veias ao sol – antologia dos novíssimos poetas cabo-verdianos. Praia: ICL, 1988. p.190)
A emigração hoje
Atualmente, Cabo Verde apresenta elevado número de emigrantes espalhados pelo mundo, principalmente nos Estados Unidos e continente europeu. Devido às dificuldades econômicas, o cabo-verdiano continua a sair do seu país a procura de melhores condições de vida nos lugares citados. Entretanto, a recessão econômica mundial crescente nos últimos anos e com maior evidência nos meses recentes, além do alto número de estrangeiros nos países de primeiro mundo, fez com que a entrada de estrangeiros sofresse sérias restrições e vigilância rigorosa.
Hoje, conseguir o “visto” para entrar em um país desenvolvido é extremamente difícil por causa das inúmeras exigências feitas pelos consulados. A conseqüência desse endurecimento é o aumento do fluxo de pessoas ilegais que arriscam a própria vida em embarcações superlotadas e com péssima estrutura, oriundas do continente africano.
Por outro lado, há um grave problema vivenciado por Cabo Verde. Por sua posição geográfica, o arquipélago acaba recebendo diversas embarcações ilegais que não conseguem atingir o seu destino, o mais comum são as Ilhas Canárias, território espanhol. Tal fluxo de clandestino gera imensos transtornos a Cabo Verde, pois o país não possui estrutura adequada para receber um grande número de pessoas vindos de várias partes da África, como a Mauritânia, Senegal, Mali e outros países. (Para ver algumas matérias sobre este problema, acesse os links relacionados no final deste texto)
Essa situação simplesmente denuncia o fracasso da política neoliberal dominante em nossos dias, onde os países do primeiro mundo fecham-se e ignoram a situação do continente africano, devastado pela miséria que assola seus países em boa parte causada pelas pressões econômicas dos europeus e americanos.
Os passaportes de Vicente
Nascido na ilha de Santiago em 1980, Abraão Aníbal Fernandes Barbosa Vicente, o Abraão Vicente, vive em Portugal desde 1998, onde se formou em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Abraão Vicente possui um blog - http://abraaovicenti.blogspot.com/ - com diversas séries expostas, carecendo das fichas técnicas das obras.
Vicente surpreende pela variedade das técnicas apresentadas, que vão desde fotografias com cenas de batuques, de senhoras e senhores que sofrem a intervenção da pintura, criando um belo efeito plástico na série “Len di li”, a trabalhos extremamente expressivos como seus óleos sobre papel, delicadas cenas de nu em aquarelas, e instigantes trabalhos conceituais em que alia grafismos e imagens. Diversidade que poderia traduzir indecisão em sua produção, porém, felizmente, demonstra segurança, conhecimento e, principalmente, ousadia na trajetória deste jovem artista cabo-verdiano.
Em duas séries, “Retratos” e “Passports Frames”, Vicente apropria-se de passaportes para criar tensas e inquietantes obras acerca de um documento que, se pode dizer, mais do que nunca se tornou objeto de desejo do homem cabo-verdiano. Entretanto, antenado com o momento em que vive, o artista transcreve o sugestivo título de uma música dos Rolling Stones em um de seus trabalhos: you can’t always get what you want.
Despedaçando o documento do passaporte, rasurando-o, contaminando-o com pinceladas e traços de giz agressivos, pedaços de fotografias, partes do corpo humano desenhadas e textos nervosos e caóticos, Vicente denuncia o desespero a que conduz as pessoas a abandonar suas famílias e o país. Estendendo o olhar, podemos dizer que ao desfigurar tão importante documento, o artista levanta profundas discussões a respeito da identidade desse homem e da diáspora cabo-verdiana em diversos países como Suécia, Eslovênia, Estados Unidos, Brasil, Portugal, Cuba e Venezuela.
Dialongando com os traços viscerais e o grafismo neo-expressionista típico do americano Jean-Michel Basquiat – não há como não lembrar de suas obras –, Vicente mostra, pela impessoalidade das figuras representadas, o cabo-verdiano que emigra, o cidadão comum, que busca suprir suas necessidades no estrangeiro. Figuras fragmentadas, nunca representadas de corpo inteiro, despedaçadas como a vida que pretendem abandonar e a incerteza de um futuro promissor no destino pretendido. Assim como o próprio dilaceramento do documento demonstra a dificuldade de alcançar o objetivo, a saída do país. O próprio dilaceramento de Cabo Verde.
Pluralidade, diversidade, multiplicidade na escolha dos meios para expor suas obras. Abraão Vicente é um artista em sintonia com as questões que afligem o seu tempo, renovando e não se omitindo em denunciar as novas vertentes de um tema que sempre atravessou a cultura cabo-verdiana: a emigração. Seus trabalhos são impacientes e inquietos pelo tratamento dado e pelo o que fazem pensar, deslocando o observador da pura passividade da contemplação.
Abraão Vicente, um novo nome das artes plásticas de Cabo Verde que merece estar ao lado de artistas inovadores e ousados como Mito e Tchalê Figueira.
Bibliografia:
ALMADA, David Hopffer. A identidade cultural cabo-verdiana. In: Caboverdianidade & Tropicalismo – 2ª Jornada de Tropicologia. Recife: Massangana, 1992.
ALMADA, José Luís Hopffer (ORG.). Mirabilis – de veias ao sol – antologia dos novíssimos poetas cabo-verdianos. Praia: ICL, 1988.
ANDRADE, Mario de. Antologia Temática de Poesia Africana Vol. 1 – Na Noite Grávida de Punhais. Lisboa: Sá da Costa, 1977. 2ª ed.
ANDRADE, Mario de. Antologia Temática de Poesia Africana Vol. 2 – O canto armado. Lisboa: Sá da Costa, 1979.
A emigração hoje
Atualmente, Cabo Verde apresenta elevado número de emigrantes espalhados pelo mundo, principalmente nos Estados Unidos e continente europeu. Devido às dificuldades econômicas, o cabo-verdiano continua a sair do seu país a procura de melhores condições de vida nos lugares citados. Entretanto, a recessão econômica mundial crescente nos últimos anos e com maior evidência nos meses recentes, além do alto número de estrangeiros nos países de primeiro mundo, fez com que a entrada de estrangeiros sofresse sérias restrições e vigilância rigorosa.
Hoje, conseguir o “visto” para entrar em um país desenvolvido é extremamente difícil por causa das inúmeras exigências feitas pelos consulados. A conseqüência desse endurecimento é o aumento do fluxo de pessoas ilegais que arriscam a própria vida em embarcações superlotadas e com péssima estrutura, oriundas do continente africano.
Por outro lado, há um grave problema vivenciado por Cabo Verde. Por sua posição geográfica, o arquipélago acaba recebendo diversas embarcações ilegais que não conseguem atingir o seu destino, o mais comum são as Ilhas Canárias, território espanhol. Tal fluxo de clandestino gera imensos transtornos a Cabo Verde, pois o país não possui estrutura adequada para receber um grande número de pessoas vindos de várias partes da África, como a Mauritânia, Senegal, Mali e outros países. (Para ver algumas matérias sobre este problema, acesse os links relacionados no final deste texto)
Essa situação simplesmente denuncia o fracasso da política neoliberal dominante em nossos dias, onde os países do primeiro mundo fecham-se e ignoram a situação do continente africano, devastado pela miséria que assola seus países em boa parte causada pelas pressões econômicas dos europeus e americanos.
Os passaportes de Vicente
Nascido na ilha de Santiago em 1980, Abraão Aníbal Fernandes Barbosa Vicente, o Abraão Vicente, vive em Portugal desde 1998, onde se formou em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Abraão Vicente possui um blog - http://abraaovicenti.blogspot.com/ - com diversas séries expostas, carecendo das fichas técnicas das obras.
Vicente surpreende pela variedade das técnicas apresentadas, que vão desde fotografias com cenas de batuques, de senhoras e senhores que sofrem a intervenção da pintura, criando um belo efeito plástico na série “Len di li”, a trabalhos extremamente expressivos como seus óleos sobre papel, delicadas cenas de nu em aquarelas, e instigantes trabalhos conceituais em que alia grafismos e imagens. Diversidade que poderia traduzir indecisão em sua produção, porém, felizmente, demonstra segurança, conhecimento e, principalmente, ousadia na trajetória deste jovem artista cabo-verdiano.
Em duas séries, “Retratos” e “Passports Frames”, Vicente apropria-se de passaportes para criar tensas e inquietantes obras acerca de um documento que, se pode dizer, mais do que nunca se tornou objeto de desejo do homem cabo-verdiano. Entretanto, antenado com o momento em que vive, o artista transcreve o sugestivo título de uma música dos Rolling Stones em um de seus trabalhos: you can’t always get what you want.
Despedaçando o documento do passaporte, rasurando-o, contaminando-o com pinceladas e traços de giz agressivos, pedaços de fotografias, partes do corpo humano desenhadas e textos nervosos e caóticos, Vicente denuncia o desespero a que conduz as pessoas a abandonar suas famílias e o país. Estendendo o olhar, podemos dizer que ao desfigurar tão importante documento, o artista levanta profundas discussões a respeito da identidade desse homem e da diáspora cabo-verdiana em diversos países como Suécia, Eslovênia, Estados Unidos, Brasil, Portugal, Cuba e Venezuela.
Dialongando com os traços viscerais e o grafismo neo-expressionista típico do americano Jean-Michel Basquiat – não há como não lembrar de suas obras –, Vicente mostra, pela impessoalidade das figuras representadas, o cabo-verdiano que emigra, o cidadão comum, que busca suprir suas necessidades no estrangeiro. Figuras fragmentadas, nunca representadas de corpo inteiro, despedaçadas como a vida que pretendem abandonar e a incerteza de um futuro promissor no destino pretendido. Assim como o próprio dilaceramento do documento demonstra a dificuldade de alcançar o objetivo, a saída do país. O próprio dilaceramento de Cabo Verde.
Pluralidade, diversidade, multiplicidade na escolha dos meios para expor suas obras. Abraão Vicente é um artista em sintonia com as questões que afligem o seu tempo, renovando e não se omitindo em denunciar as novas vertentes de um tema que sempre atravessou a cultura cabo-verdiana: a emigração. Seus trabalhos são impacientes e inquietos pelo tratamento dado e pelo o que fazem pensar, deslocando o observador da pura passividade da contemplação.
Abraão Vicente, um novo nome das artes plásticas de Cabo Verde que merece estar ao lado de artistas inovadores e ousados como Mito e Tchalê Figueira.
Bibliografia:
ALMADA, David Hopffer. A identidade cultural cabo-verdiana. In: Caboverdianidade & Tropicalismo – 2ª Jornada de Tropicologia. Recife: Massangana, 1992.
ALMADA, José Luís Hopffer (ORG.). Mirabilis – de veias ao sol – antologia dos novíssimos poetas cabo-verdianos. Praia: ICL, 1988.
ANDRADE, Mario de. Antologia Temática de Poesia Africana Vol. 1 – Na Noite Grávida de Punhais. Lisboa: Sá da Costa, 1977. 2ª ed.
ANDRADE, Mario de. Antologia Temática de Poesia Africana Vol. 2 – O canto armado. Lisboa: Sá da Costa, 1979.
GOMES, Simone Caputo. Rostos, gestos, falas, olhares de mulher: o texto literário de autoria feminina em Cabo Verde. In: CHAVES, Rita e MACEDO, Tânia. (Orgs.) Marcas da diferença: as literaturas africanas de língua portuguesa. São Paulo: Alameda, 2006.
Sobre Abraão Vicente na Internet:
http://www.confrariadovento.com/revista/numero18/artista.htm
http://www.artafrica.info/html/artistas/artistaficha.php?ida=195
Textos sobre emigração na Internet:
http://www.cndhc.org/?sec=5&sub=5&art=170
http://arquivo.vozdipovo-online.com/conteudos/cabo_verde/emigracao_ilegal:_cabo_verde_quer_negociar_restricao_a_entrada_de_africanos/
http://noticias.uol.com.br/ultnot/lusa/2006/05/28/ult611u72222.jhtm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u95700.shtml
Sobre Abraão Vicente na Internet:
http://www.confrariadovento.com/revista/numero18/artista.htm
http://www.artafrica.info/html/artistas/artistaficha.php?ida=195
Textos sobre emigração na Internet:
http://www.cndhc.org/?sec=5&sub=5&art=170
http://arquivo.vozdipovo-online.com/conteudos/cabo_verde/emigracao_ilegal:_cabo_verde_quer_negociar_restricao_a_entrada_de_africanos/
http://noticias.uol.com.br/ultnot/lusa/2006/05/28/ult611u72222.jhtm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u95700.shtml
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